quinta-feira, 15 de setembro de 2011

Quanto custa a saúde pública e como se distribui o dinheiro gasto



Na comunidade autónoma de Madrid entrou hoje em vigor, nos serviços de saúde pública, uma norma destinada, entre outros fins, a consciencializar os utentes para os custos reais que o Estado suporta com os cuidados de saúde de cada cidadão.

Consiste no seguinte: Independentemente de existir ou não pagamento pelo utente de qualquer taxa moderadora, a unidade prestadora dos cuidados de saúde está obrigada a emitir documento detalhado com o custo efecivo desse acto clínico; como sejam: pagamentos aos técnicos de saúde intervenientes e aos serviços e produtos hospitalares, sem nada ficar excluído.

A título de exemplo, a reportagem a que assisti recolheu um caso dos serviços de oftalmologia de um hospital público: Um doente internado pela manhã sairia pelo meio dia depois de realizada uma intervenção cirúrgica, muito comum nos diabéticos quando há derrames internos, a vitroctomia. Na altura o doente acabava de receber o custo discrimanado no montante de 1.085€. Se por exemplo o doente fez um copagamento da taxa de 100€, ficou a saber que o erário público suportou os restantes 985€. Com várias outras vantagens: Sabermos detalhes dos custos com honorários, com instalações, com materiais, numa palavra, permitir supervisionar como e com quem funcionam os serviços, como se gastam os bens públicos.

É muito difícil implementar sistemas de controlo do desperdício público? Não é!... desde que haja vontade... e não haja boicotes.

Ao cuidado do ministro Paulo Macedo e de outros ministérios.

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