segunda-feira, 31 de dezembro de 2012

domingo, 30 de dezembro de 2012

Ainda "Artur Baptista da Silva"


Para que se saiba o que fez no verão passado... "falou de outro rumo político... disse o que todos queriam ouvir..." E por tudo isto é o eleito para liderar a "Alternativa de Esquerda". Sempre em frente e nada de voltar à direita. A vidinha é do lado contrário. Ânimo camarada! 


"Os pontos do vigário" Alberto Gonçalves - DN
"O fabuloso Sr. Artur" André Macedo - DN
"Lição de aviso" João Pereira Coutinho - CM
"Academia do Bacalhau" Luciano Amaral - CM
"Condecoração para A. B. Silva" João Miguel Tavares - CM 

sábado, 29 de dezembro de 2012

Ninguém arrisca mais



"2012 foi um ano de previsões apocalípticas, sobre o Euro, sobre Portugal ou a Grécia, sobre quase tudo. Sobre Portugal, ainda não mergulhou no caos político e social, como foi dito, previsto ou desejado, por todos quantos se abeiraram dum microfone, no ano que agora acaba. De Torgal Ferreira a Pacheco Pereira, passando pelo estridente Mário Soares, não têm faltado os profetas de um Portugal mergulhado em convulsões e outras desgraças. E nada. Tudo esbarrou numa mesma realidade: o que se pode perder com rupturas precipitadas é muito mais do que se pode ganhar. Antes a austeridade que a revolução." (José Manuel Fernandes - Público)  

Por que podemos estar surpreendidos? por não vermos as explosões sociais tão anunciadas? uma coisa é a incomodidade de quase todos, outra coisa é o desespero de alguns. Há as expectativas frustradas das vidinhas estáveis e as experiências dramáticas de tantos desempregados. Isto não deve ser entendido como uma tragédia assim tão generalizada. Está difícil para a maior parte e insuportável para a parte restante. O quotidiano das pessoas na rua e os números que vão traduzindo a realidade são disso prova. Para além de tudo, somos moderados, "de brandos costumes", porque observando com cuidado, ainda há muito que se pode perder. 
A verdade é que, Portugal não é a Grécia, mas os portugueses são bastante parecidos com os gregos, esses mesmos que ainda tentam conservar o impossível. 

sexta-feira, 28 de dezembro de 2012

"Figura do Ano"


Alegado burlão da ONU diz que está a ser alvo de linchamento de caráter

Como isto é Portugal, Artur Baptista da Silva deve ser reconhecido "a figura nacional de 2012". A escolha  do  inconsciente colectivo está feita. No fundamental, o figurão representa o que cada português anseia, ir à televisão dar nas vistas e afrontar os sabichões, para se transformar em entendido figurante público.

Destas singularidades, bem poderíamos dizer que quase tudo nos acontece. Também não é certo que haja muitos especialistas da nossa praça que não o merecessem. Um certo deslumbramento pacóvio, muita pressa de informar sem investigar, dose bastante de facilitismo jornalístico, não podiam acabar melhor. E nesta balbúrdia, não falta quem por aí ande a dizer disparates convenientes e muitos mais que os queiram ouvir. Isto basta para não ser fácil distinguir um discurso coerente duma argumentação falaciosa, quando a cultura caseira é a trapalhada ou a aldrabice. Com jornalistas tão ansiosos por colocar aquilo que pensam na boca de um qualquer especialista, acabaram por ser eles a tornarem credível um burlão. 

Tal como noutros países da nossa igualha, os vigaristas encartados também fazem parte dos produtos genuinamente nacionais. É fácil tropeçar num potencial "Baptista da Silva" à esquina de qualquer rua, pronto a ser reconhecido e acarinhado, para acabar transformado num herói. Gente de currículo especializado e cartão de visita aparatoso, sempre cativou os nativos. Não se esqueça que já elegemos  um sujeito assim para primeiro-ministro. Agora (diz que) estuda filosofia afrancesada para concluir a ilustração.
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quinta-feira, 27 de dezembro de 2012

Falta saber como vai isto acabar




Acabou há pouco na SIC-Notícias uma entrevista a Efromovich, cidadão brasileiro/polaco interessado na compra da TAP. Depois do governo português ter recusado a proposta de compra, por alegada falta das garantias bancárias, apenas se ouviram em repetição as pretensas justificações do interessado, em mais uma passagem pelos canais de televisão nacionais. Segundo o empresário, nada está para concluir e nada está encerrado; tudo está para negociar se o governo assim quiser e disso lhe derem conta. Considerou que houve precipitação e/ou equívoco das autoridades portuguesas, porque seria apenas hoje o dia de conclusão do negócio. Nada mais clarificou da rejeição da proposta e menos ainda do que pretende fazer a seguir. Apenas que o negócio poderia prosseguir já amanhã. Não se percebe por isso porque concedeu a entrevista. Contudo, não descuidou nada daquilo que todos os cariocas tão bem fazem: soltar muito charme frente às câmaras; enaltecer bastante o trabalho negocial dos portugueses; procurar dar a volta ao jornalista que o entrevistava; dizer-lhe tu-cá tu-lá, não perguntes isto, pergunta aquilo, tudo cheio de galhofa e risota com o Mário Crespo. Em suma: não parece que se possa esperar muito mais deste cavalheiro. João Marcelino      

quarta-feira, 26 de dezembro de 2012

Ver cinema


"VERTIGO" - Um regresso aos cinemas portugueses


Vertigo - A Mulher que Viveu Duas Vezes

O cinema da idade de ouro de Hitchcock


Filme premiado de Hitchcock vai ser regravado

“Vertigo – A mulher que viveu duas vezes”, realizado em 1958 e um dos mais conhecidos filmes de Hitchcock, está de volta aos ecrãs nacionais por ocasião da sua entrada para número um do top dos “melhores filmes de sempre”. A reposição digital do que é agora considerado o melhor filme da história do cinema pela “Sight & Sound”, revista do Instituto do Cinema Britânico, é uma das importantes notícias cinematográficas do ano.



A votação de 2012 da revista “Sight & Sound”, uma escolha de especialistas feita a cada dez anos, desta vez elegeu “Vertigo” como “o melhor filme de sempre”. A película de Hitchcock destronou assim “Citizen Kane – O Mundo a seus pés” de Orson Welles (1941), há cinco décadas no topo da lista.

domingo, 23 de dezembro de 2012

sexta-feira, 21 de dezembro de 2012

Preparados para o fim do mundo?





Não vai ser fácil acabar com a coisa.
A não ser do Cosmos.


Tantas incertezas, tantos sacrifícios... E já não falta muito tempo.


Mas não digam que não há quem esteja preocupado com o futuro.  

quinta-feira, 20 de dezembro de 2012

Corrupção e Decadência da Catalunha



Há alguns dias atrás foi publicado mais um relatório anual do organismo que acompanha a corrupção mundial, avaliando o crescimento e/ou diminuição do fenómeno, nos diferentes países da comunidade internacional. Nenhuma alteração significativa se registou, com os países da Europa do sul como Portugal e Espanha mais uma vez colocados lado a lado nos últimos lugares do conjunto da comunidade europeia. 
Como invariavelmente acontece nos momentos de maior aperto das finanças públicas dos Estados mais débeis, ressurge o desgastado imperativo de combater a corrupção com propostas novas que nunca  são para ir além das intenções. Acabar com a corrupção parece ser coisa que a ninguém interessa, já que ninguém se consciencializa da necessidade de eliminar a praga e ninguém acredita ser possível a erradicação da moléstia. Enquanto isso, todos vamos andando, a fazer pela vida e a fazer de conta, por aí, como potenciais criminosos, misturados com os aspirantes e os diplomados trafulhas, porque mais ninguém frequenta o sítio.
Na Catalunha, desde as eleições locais do passado mês não param os desenvolvimentos sobre casos de corrupção envolvendo políticos catalães. É por isso oportuno reflectir sobre a facilidade e a frequência com que se multiplicam actos corruptos e ainda sobre a passividade e a complacência dos cidadãos eleitores, sejam catalães ou de qualquer outra zona da península ibérica, sempre que  estas situações são conhecidas. 
Como as mudanças têm significado apenas retrocessos, bem distante vai o tempo duma Catalunha cosmopolita e moderna, liderada por uma burguesia dinâmica e culta, acolhedora de tantos espanhóis das zonas mais pobres, modelo invejado por qualquer região da Espanha mais pobre. Produto do que de pior vai tendo a política, a actual realidade catalã não se recomenda.
Quando no início dos anos 80 tomava posse Jordi Pujol para um longo trajecto de mais de 20 anos à frente do governo autonómico catalão, começava uma paulatina caminhada nacionalista de enfrentamento com o Estado central espanhol e de propagação do sentimento independentista. Tivesse sido este o único propósito que manteve no poder esta figura do catalanismo nas sucessivas eleições e apenas se discutiriam os procedimentos desenvolvidos ou a legitimidade duma Catalunha independente. 
Até agora, primeiro com Pujol e a seguir com o seu delfim Artur Mas, os governos da Catalunha chantagearam o governo central quanto puderam, desobedeceram às decisões dos tribunais centrais para contornar leis, enquanto a economia catalã afrouxava e o poder autonómico esbanjava recursos. Desde o ano passado, o monstrozinho da Generalitat apenas se sustenta com o dinheiro de Madrid e não corta um chavo em tudo o que seja gasto com a treta independentista. 
O mais preocupante é a corrupção instalada onde haja que chafurdar. Em plena campanha eleitoral do passado Novembro, enquanto os independentistas agitavam a bandeira da opressão sem discutirem o que fosse sobre a iminente bancarrota da autonomia a que presidiam, alguns jornais espanhóis publicavam dados relevantes sobre corrupção e fuga de capitais para a Suíça, tanto do clã Pujol como da família Mas. Nas eleições que se seguiram o eleitorado vota em força e apenas retira a hipótese de maioria à CIU, votando noutros partidos independentistas que em aliança governarão e repartirão influência. Daí para cá, continuam as revelações comprometendo Pujol com os filhos atrelados pelas benesses, bem como outros dirigentes partidários actualmente no poder. Toda esta gente com ligações a casos de corrupção, em conluio com políticos doutras regiões e que transitam pelos tribunais do território espanhol, da Galiza à Andaluzia.
E nisto se transformou a Catalunha destes tempos: numa região decadente, onde apenas os dissimulados prosperam com manhosa vitimização; num depauperado território onde os iludidos se limitam a agitar bandeiras de libertação; num dos piores exemplos de legitimação do poder autónomo ou independente ao serviço de demagogos populistas.
Pela Catalunha ou por qualquer canto de Espanha, por Portugal ou por qualquer das nossas ilhas, que sentido fará dar a oportunidade ao povo de se pronunciar sobre questões desta importância? Que se pode esperar de quem tanto se indigna com corruptos e em sequer é capaz de lhe negar o seu voto? Não passamos duma cambada de "chorizos", como se diz pelo reino vizinho.  

   

quarta-feira, 19 de dezembro de 2012

Mais uma vez o "Estado Social"



Há alguns dias, o Hospital de São João no Porto foi classificado, pelo terceiro ano consecutivo, como o melhor hospital público do País, pela Escola Nacional de Saúde Pública. Uma ordenação que nunca foi reconhecida pela classe dos médicos, a mais poderosa dos agentes avaliados. Vá lá saber-se porquê.   
Dias depois, em entrevista televisiva, o presidente do conselho de administração esclareceu algumas das situações que mais sobrecarregam o colossal orçamento do Serviço Nacional de Saúde, enunciando os pontos mais sensíveis do funcionamento deste hospital nortenho, o que deveria ser tido em boa conta.
Segundo declarações do Dr. António Ferreira, “cada cirurgião faz em média uma cirurgia por semana e há no Hospital de São João uns trinta cirurgiões que nunca foram ao bloco operatório”.
Isto bastou para despertar a reacção corporativa do presidente da Ordem dos Médicos que se manifestou “perplexo e indignado com as declarações de quem é o  principal responsável por tal inoperância”. E acrescentou em tom de desafio que “em vez de estigmatizar a classe médica devia explicar as razões de tais ocorrências e despedir os médicos que não trabalham”.  
Como se não soubéssemos de sobra o enorme contributo dos médicos, para tanta promiscuidade entre os serviços públicos e privados, para o escandaloso absentismo dos clínicos e técnicos afins nas instituições públicas, para os nefastos efeitos causados no funcionamento e nos encargos que suportam o SNS… Nenhum outro sector do chamado “Estado Social” estará mais necessitado de "refundação" como o sector da saúde.  Paulo Pinto Mascarenhas

terça-feira, 18 de dezembro de 2012

Portugueses em Espanha



Ser português com êxitos nos países que tradicionalmente acolhem bem os estrangeiros representa ser reconhecido pelo talento ou competência  com sucesso quase garantido. Mas não é o que se passa em Espanha com os que em português se distinguem pelo mérito. Que mais não seja, por serem portugueses. Que o digam J. Mourinho e C. Ronaldo.
Tal como a história o demonstra com casos exemplares de tantos lusos ibéricos, a vida destes ilustres consagrados pelo mundo do futebol, não tem sido nada fácil no reino dos espanhóis. Com Ronaldo, a situação muda conforme variam as suas prestações e também ao sabor das suas impertinências. Com Mourinho, a coisa atinge outros níveis de crispação e controvérsia, tão do gosto do "Special One".
Quem acompanhou a carreira do treinador português no estrangeiro, sabe da maneira como geriu o seu trabalho e dos resultados que obteve com os seus métodos. Da mesma forma se sabe, desde a sua chegada a Espanha, das dificuldades que o esperavam por Madrid. E nada disto tem a ver com exigências competitivas ou místicas desportivas de que tanto presumem "nuestros hermanos". Apenas reflecte o carácter do indígena espanhol, bastante primário e grosseiro, impetuoso e arrebatado, sem meios termos. Tudo isto, para além da questão de fundo.
E o fundamental não é porque Mourinho careça de profissionalismo e competência, é por ser português. Podem dizer que é vaidoso, arrogante, agitador, excessivo... que noutras fases de melhores resultados nunca lhe faltou carinho, que só depois do desgaste que provocou é que o madridismo reagiu... Só que não é isso o essencial. Se a qualquer jogador ou treinador se acrescenta português ou francês, é adequado porque qualifica; quando o epíteto do "português" é referido isoladamente, nomeia intencionalmente, como se nomeia o marreco ou o maneta. E é desta forma depreciativa que tantas vezes se referem a Mourinho e algumas vezes a Cristiano Ronaldo, nas muitas ocasiões em que descobrem motivos para fazer reparos.
O que há dias surpreendeu foi a conclusão do director do programa televisivo "Punto Pelota" sobre a perseguição da imprensa desportiva de Madrid feita a Mourinho e por tabela a Ronaldo. O jornalista desportivo foi categórico: "há uma discriminação xenófoba por serem portugueses".      
           


segunda-feira, 17 de dezembro de 2012

Do manicómio nacional


Neste Portugal de brincalhões e trapalhões, a classe mais ou menos dirigente e mais para menos responsável, vai-se entretendo enquanto espera com excitação de sobra a chegada da última colecção de brinquedos natalícios. Entrementes, a populaça vai vagueando por aí aos emboléus de intempéries sortidas com variados tons de alerta. 
Para que não se note muito a confusão e tudo continue na mesma, tanto a administração do território como o grémio sportinguista, na tentativa de melhor reformar as entranhas da coisa, criaram novos órgãos: para as autarquias surgiram os híbridos organismos intermunicipais com o fim de pôr ordem na barafunda atalhando a meio do caminho; para o Sporting foi resgatado Jesualdo Ferreira para superintendente do futebol leonino ainda sem funções atribuídas mas com a promessa de que agora é que vai ser. Que País e que Sporting...
Quanto ao grande problema filosófico do momento, o da distinção entre caridade e solidariedade, multiplicam-se as cabeças bem-pensantes em afincado esforço reflexivo procurando destrinçar o busílis de tal questão. Nem na época em que se separou a Fé da Razão se trabalhou tanto. E tudo pela "côdea à Jonet".  
Com posturas de autênticos estadistas, apesar de tremeliques e sonolentos, Cavaco Silva deambula pelos salões de Belém procurando decidir sobre o orçamento de Estado da forma em que menos se comprometa, não importa qual seja a saída, basta que em coro lhe digam: muito bem; Mário Soares não se conforma e insiste no ridículo do disparate vociferando que nem no tempo de Salazar havia tantos pobres com tanta fome (sic). Alberto Gonçalves

Certamente por se tratar dum “território de pasmados” é que Passos Coelho quer que lhe falem a cantar.        



domingo, 16 de dezembro de 2012

Som músicas


"Dois em um"

'D' de Diana...


...'E' de Elvis



sexta-feira, 14 de dezembro de 2012

O Estado do País

Como (não) se fazem as reformas do Estado


Portugal atravessa um momento único para empreender reformas há muito tempo adiadas. Só que, o maior problema do País é a maneira como esta oportunidade para reformar está ser desperdiçada. 
Para além da pouca vontade reformadora, o governo actual manifesta muita incapacidade política para introduzir as mudanças exigidas. Temos um Estado monstruoso e moribundo que está a ser destruído por uma turba de insaciáveis egoístas, dispostos a absorver todos os recursos que se encontrem ao alcance da cobiça de tantos instalados.       
O exemplo do projecto reformador da administração territorial é elucidativo. Esta suposta reforma autárquica, tal como  muitas outras pretendidas reformas da antiquada "máquina estatal", não passam de famigerados embustes. 
É uma lástima termos um Estado incapaz de pensar o País, como bem salienta João Marcelino 

quinta-feira, 13 de dezembro de 2012

Num dia como hoje



Foi há 25 anos que na madrugada deste dia, um grupo de amigos de sempre, mas adeptos diferenciados, se reuniu para assistir pela TV à final da Taça Intercontinental em Tóquio, disputada sob neve intensa. Porque se tratava duma ocasião especial, os preparativos para a tardia transmissão do jogo decorreram com cerimonial adequado. Contamos com a disponibilidade de um amigo comum para nos receber no seu restaurante. Como habitualmente, fomos acolhidos de forma familiar, para demorada e abundantemente nos dedicarmos à ceia, pela noite dentro. Com o saber e a simpatia das grandes cozinheiras, a dedicada esposa do proprietário deliciou-nos com um magnífico “arroz de cabidela”, acompanhado do melhor vinho, seguido da melhor sobremesa e melhores digestivos, para todos acabarem bem comidos e bem bebidos… e o F. C. Porto com uma extraordinária vitória.  


quarta-feira, 12 de dezembro de 2012

Portugal - sítio perigoso ou manhoso?



Nesta espécie de país, em que cada um desconfia do outro, em que todos são suspeitos de qualquer coisa, em que tudo se promete investigar sem nada se concluir, não há dia em que não se noticie nova fraude a fazer esquecer a anterior. De resultados, continuamos à espera. 
Com a excitação habitual e na ânsia de tudo investigar, não faltam excessos e atropelos da lei, levando a frequentes precipitações dos diversos agentes envolvidos. Foi o que aconteceu com o suposto envolvimento do nome de Medina Carreira num caso de corrupção, para depois se reconhecer ter sido uma lamentável falha dos órgãos judiciários.
Da justiça portuguesa, nem uma palavra pelo enxovalho do antigo ministro... E se Medina Carreira resolvesse processar o Estado?    

terça-feira, 11 de dezembro de 2012

"Sentimento que se baila"


Hoje 11 de Dezembro é o "Dia Internacional do Tango". 

A escolha deste dia é justificada por ser a data comemorativa do nascimento dos dois mais importantes criadores do Tango, ambos nascidos a 11 de Dezembro: Carlos Gardel, a voz mais representativa e idolatrada; Julio de Caro, o músico e compositor mais célebre. Estas grandes figuras da expressão musical de Buenos Aires foram os maiores responsáveis pela divulgação da cultura do Tango pelo mundo artístico.  


"Al tango hay que sentirlo, descubrir su pasión, e abrir el corazón para poder vivir su espíritu." (Carlos Gardel 1890-1935)


"El tango te espera. El tango siempre espera a los que aún no se animaron , a explorarlo, a sentirlo, a abrazarlo." (Julio de Caro 1899-1980)

segunda-feira, 10 de dezembro de 2012

O Mundo continua perigoso - do lado da Europa não está melhor



Hoje, a União Europeia recebe o Prémio Nobel da Paz, por muito ter contribuído para transformar "um continente de guerra num continente de paz", para fortalecer "políticas democráticas" e "direitos humanos"... Estiveram presentes os líderes dos países membros, na sua maioria, mas com a significativa ausência do chefe do governo britânico, David Cameron.
Como se não bastassem os sinais de divisão entre alguns dos países mais influentes da comunidade, a Itália acordava em sobressalto com o anúncio duma "tempestade política". Mário Monti, essa espécie de "eminência parda" para os resgatados do Euro, deixou de ter apoio maioritário para o seu governo e anunciou estar de saída. Isto porque Berlusconi se cansou das tréguas e lhe retirou o apoio, para voltar à corrida eleitoral no início do próximo ano. Esta hipótese do regresso de 'El Cavaliere' à chefia do governo italiano, para além de ser grotesca, fez soar os alarmes da Europa acomodada. Quanto ao  modelar super-Mário, tão apreciado pela rigidez com que faz frente à implacável chanceler Merkel, não se recandidatará, podendo estar disponível para outras missões salvíficas na Europa. 
Como pelo cantinho lusitano nunca se encontrou luminária capaz de imitar o admirado cinzentão, quem sabe se o nosso indignado Mário da "fundação menos-fundos" não conseguirá convencer o tecnocrata a vir para cá pôr ordem na caserna.
        

Entre os pelintras, há visões de desafogo e a manha espreita. João Pereira Coutinho

domingo, 9 de dezembro de 2012

Som músicas


É bom...


...recordar



sábado, 8 de dezembro de 2012

E claro se fez escuro


Os programas sobre cultura devem continuar a existir. E é sempre possível continuar haver melhor e mais barato. Ou não estará o País em tempos de contenção de gastos?


De câmara clara a câmara ardente. Fala quem sabe.




Ah, e os teus olhos verdes... Mas isso é outra história.

sexta-feira, 7 de dezembro de 2012

"Solidariedade europeia?"


“Que raio levou o Presidente da República e o primeiro-ministro a declararem ‘inaceitável’ o projecto de Orçamento da EU, porque ele nos tira 17% da esmola habitual? Não compreendem eles que os contribuintes líquidos, também numa fase de austeridade, se fartaram do nosso chorinho e que a chamada ‘solidariedade europeia’ é um mito para crianças? Manifestamente, não compreenderam, como compreenderam pouco ou nada da tragédia a que alegremente presidem.” (Vasco Pulido Valente)

 

A ILUSÃO DA EUROPA SOLIDÁRIA

A crise que atingiu a Europa não podia ter igual impacto em todos os países membros da comunidade. Jamais se poderia esperar que as economias mais sustentáveis do norte da Europa fossem vítimas do descalabro financeiro que assolou as frágeis e endividadas economias periféricas. Mais robustas e mais prevenidas, as economias que melhor anteciparam a crise acabaram por aguentar melhor os danos sofridos, o que fez delas os maiores participantes das ajudas aos mais atingidos e necessitados. 
Se para os mais optimistas a União Europeia ainda caminha e continuará a progredir para uma unificação mais ampla, as actuais intervenções comunitárias de emergência  acabam por provar o contrário. Nunca como agora foi tão notória a fragilidade da coesão europeia. E existem, cada vez mais, sinais de recuo dos mais fortes, menos disponíveis para ajudar os mais fracos. Daí parecer uma irresponsabilidade dos que continuam a pedir auxílio, não darem sinais claros de mudança de rumo. O bom senso dos mais débeis e dependentes, como Portugal, deveria contribuir para não esperar impossíveis: ajudas e mais ajudas, com tudo como dantes.
A propósito. Só a crónica estupidez de certos representantes políticos da nossa praça os pode levar a defender posições políticas tão absurdas e contraditórias como esta: "estamos com a Catalunha oprimida e geradora de riqueza que se recusa a ser explorada pelo centralismo espanhol... (acrescentem, egoísta e falida); exigimos da Europa comunitária a solidariedade dos países ricos do norte para ajudar os mais pobres do sul... (digam também, os que muito estragam e pouco produzem) porque ser solidário é ajudar quem precise de ajuda...". Não basta deste discurso?      
       

quinta-feira, 6 de dezembro de 2012

Ver cinema




A pensar nos Óscares. João Pereira Coutinho



ARGO
Género: Drama, Suspense
Origem: Estados Unidos
Direcção: Ben Affleck
Público: 14 anos
Ano: 2012

quarta-feira, 5 de dezembro de 2012

"A democracia das petições"


A carta aberta escrita a Passos Coelho por Mário Soares e outras personalidades converteu-se numa petição para a Assembleia da República por iniciativa de jovens. (jornal i)



O antigo líder dos socialistas portugueses, não satisfeito com juntar à sua volta os "esquerdistas de serviço permanente", para em coro exigirem a demissão do primeiro-ministro e do governo, resolveu elevar o tom das críticas a Passos Coelho, com o artigo escrito ontem para um jornal diário. Continuou a explorar a via do medo e chegou ao ponto de exclamar: "oxalá fôssemos a Grécia." Ficamos perplexos e sem saber em quê, se na miséria ou na violência, se noutra coisa pior. De tal disparate restou o silêncio dos seus companheiros de cruzada e ninguém surgiu para o apoiar. Por fim, consta que pela espontaneidade de certa juventude, a famigerada carta deu lugar a petição. Uma espécie de imitação da democracia na forma de pedido, tão popular nos últimos tempos. Senão veja-se até onde chega já a vulgarização e o ridículo de tais reclamações. (Ler no Expresso: Henrique Raposo)

terça-feira, 4 de dezembro de 2012

Um recado do "pai da democracia"


Mário Soares sugere a Passos Coelho que tenha "cuidado com o que lhe possa acontecer"

O antigo Presidente da República escreve hoje no Diário de Notícias um artigo de opinião muito crítico de Passos Coelho, avisando-o de "que corre grandes riscos". "Tem Portugal inteiro contra ele: sacerdotes, militares, de alta e baixa patente, cientistas, académicos, universitários, rurais, sindicalistas, empresários, banqueiros, pescadores, portuários, médicos e enfermeiros e, sobretudo, a maioria dos seus próprios correligionários do PSD", acusa o velho socialista. Para acrescentar: "O povo não existe para o primeiro-ministro e para o seu Governo. Tenha, pois, cuidado com o que lhe possa acontecer".
Não se preocupe tanto Dr. Mário Soares. Até o Dr. Pacheco Pereira terá em boa conta os seus avisos.



Kalashnikov...? Nada de exageros. A palavra ainda continua a ser uma arma eficaz.


Recordemos que também foi neste dia, há 32 anos, que uma grande tragédia aconteceu: 

segunda-feira, 3 de dezembro de 2012

Marca Salazar


Qualquer iniciativa capaz de promover a moribunda economia nacional deve ser desenvolvida e apoiada... desde que não seja com provocações reaccionárias que ofendam a consciência colectiva dos nativos.
Como é de vinho que se trata, pergunta-se: não estará tudo bêbado? 




Teor alcoólico do vinho "Memórias de Salazar"Alberto Gonçalves