segunda-feira, 30 de setembro de 2013

A razão e a gratidão



Caravana automóvel dos eleitores de Oeiras apoiantes do movimento de Isaltino, foram festejar vitória para junto da prisão da Carregueira, onde o ex autarca se encontra detido. Das fraquezas, forças.

É com o senhor presidente



Para o cidadão comum, aquilo que acontece numa cidade como Lisboa, é necessariamente resultado das decisões - ou da falta delas - dos senhores que ocupam a autarquia. Em países civilizados, é possível visitar uma cidade ou ler sobre uma cidade e nem sequer notar a existência do senhor presidente da câmara. Em Portugal, isso seria estranho. Não há "apontamento de reportagem" acerca de qualquer lugarejo sem depoimento do senhor presidente. Não há jornal local sem 30 fotografias do senhor presidente. Não há procissão de Nossa Senhora dos Aflitos sem a presença do senhor presidente junto da protagonista. Não há instalação instalada em galeria sem autorização do senhor presidente. Não há garrafa de vodca aberta às duas da madrugada sem uma vénia ao senhor presidente, que afinal criou as "condições" para que os súbditos se embriagassem com galhardia. O senhor presidente, emanação do Estado, encontra-se por toda a parte, numa consumação assustadora das "políticas de proximidade" que o jargão da classe promete "incrementar". Puro Terceiro Mundo? Obviamente... Alberto Gonçalves

"Segurem-me!"


António José Seguro ganhou as eleições autárquicas porque conquistou a maioria das câmaras. Venceu folgadamente, perdeu e ganhou câmaras emblemáticas mas não esmagou a direita. Ficou longe do resultado extraordinário de António Costa e da pretendida dinâmica para a maioria absoluta nas legislativas. O PSD foi derrotado sem contemplações, pelo peso de ser governo e das medidas de ajustamento impostas aos portugueses. Na situação actual o desfecho só podia ser este. Para complemento, a estrondosa hecatombe que atingiu o feudo laranja da Madeira, com consequências imprevisíveis. O CDS conseguiu juntar mais quatro câmaras à única a que presidia, parecendo também ser dos ganhadores. A CDU obteve os resultados que melhor traduzem quem aumentou a influência. Cresceu em votos, em câmaras e voltamos aos tempos de um Alentejo avermelhado. O Bloco de Esquerda passou a "berloque" e por mais que tente não conseguirá disfarçar os números ridículos alcançados. Por fim os candidatos independentes (os dignos desse nome e não os encapotados) com resultados surpreendentes, como foi o caso da cidade do Porto. Podem significar o início duma autêntica renovação. João Marcelino

domingo, 29 de setembro de 2013

Mais um português campeão


Rui Costa sagra-se campeão mundial em Florença

Rui Costa campeão do mundo de ciclismo
O português sagrou-se campeão do mundo de ciclismo, ao vencer a prova de fundo dos Mundiais realizados em Florença, Itália. Rui Costa ganhou assim o direito a usar a camisola arco-íris durante toda a época de 2014. O ciclista nacional superiorizou-se nos metros finais ao espanhol Joaquim Rodríguez. Tal como há um ano, o espanhol Alejandro Valverde foi o terceiro medalhado da prova.

CLASSIFICAÇÃO
1. Rui Costa (Portugal), 7h25m44s
2. Joaquim Rodríguez (Espanha), m.t.
3. Alejandro Valverde (Espanha), a 16s
4. Vincenzo Nibali (Itália), a 16s
5. Andriy Grivko (Ucrânia), a 31s
6. Peter Sagan (Eslováquia), a 34s
7. Simon Clarke (Austrália), m.t.
8. Maxim Iglinskiy (Cazaquistão), m.t.
9. Philippe Gilbert (Bélgica), m.t.
10. Fabian Cancellara (Suíça), m.t.

Só pela contagem dos votos...



O  ESPECTRO

Os comentadores discutem acaloradamente o critério que determinará quem ganhou amanhã: se o número de votos, se o número de câmaras, se o resultado nas grandes cidades do litoral, onde se concentra a parte do país mais bem informada e mais bem-educada. Quase todos se pronunciam por uma combinação dos três e dizem, com o olhinho a brilhar, que a noite de 29 vai ser muito "interessante". Mas, no fundo, não têm razão, ou só a terão se a coligação e o PS ficarem muito próximos, coisa que, pelo menos para mim, não é de esperar. Nesta matéria de eleições locais, nunca se consegue saber ao certo o que leva, em conjunto, Portugal para um lado ou para o outro. E, agora, a complicação adicional de 80 independentes baralha irremediavelmente as contas.
De qualquer maneira, suspeito que a reacção à crise ou, se quiserem, à "política de austeridade", irá prevalecer por Portugal inteiro, como os próprios candidatos do PSD não ignoram. Ora a legitimidade de 2011 é o último refúgio do Governo; e ninguém ignora, como Passos Coelho por aí preveniu, que uma derrota no próximo domingo não implica a sua demissão. Constitucionalmente de facto não implica. Mas não por acaso Balsemão acabou com um pequeno desastre autárquico e Guterres se demitiu, resmungando furioso sobre o "pântano" da política portuguesa. Se a coligação que nos pastoreia perder claramente em votos (não interessam as câmaras, nem as grandes cidades), perderá o resto da legitimidade que lhe sobra e ficará tão esvaída e fraca que não voltará a poder impor nada a ninguém, por muito que chore e que se esforce.
A qualquer gesto do Governo, a resposta será sempre a que ele já não tem a legitimidade de 2011 e que a maioria parlamentar em que se apoia já vale muito pouco perante a desautorização do eleitorado. A guerra com o Tribunal Constitucional e com o PS não passam de guerras de palavreado. Uma guerra com o país, fortalecido pela consciência da fragilidade do CDS e do PSD, promete uma agitação constante e um obstáculo real às miríficas reformas que a troika exige. Os comentadores não gostaram que na campanha não se discutissem as "questões locais", que interessavam à população local. Erro deles. Nenhuma parte da população está interessada em "questões" locais. Na campanha, por detrás das ridículas cerimónias do costume, pairava infalivelmente o espectro da "crise". E esse espectro decidirá tudo.

Vasco Pulido Valente - Público

Vencedores e derrotados



Que "leitura nacional" há a fazer para o PSD e o Governo? Que efeito terá uma previsível derrota no domingo sobre este ciborgue pastrano? Nenhum. No PS é diferente. Para além de Costa, Sócrates anda cada vez mais pela Rua Braancamp. Seguro que se prepare para um período de tortura. Agora há um especialista de olho nele... Luciano Amaral

Apesar de tudo, votemos



Por muito que nos custe perceber, a Democracia (o poder do voto) é a melhor forma de nos defendermos do livre arbítrio dos poderes instituídos. Com o voto determinamos quem, em nosso nome, deve exercer o poder. Abster-se também é uma opção, mas está longe de ser a melhor das soluções, porque isso significa que optamos por deixar para todos os outros o poder de decidir quem nos representa… Paulo Baldaia

Apesar de tudo, apesar da desconfiança geral, o nosso dever é votar. Se queremos direitos, aceitemos deveres. E votar é um dever, não sendo justificável que o voto seja obrigatório. As obrigações cívicas devem, sempre que possível, resultar da consciência pessoal e não da imposição externa... Henrique Monteiro

sábado, 28 de setembro de 2013

Fracasso a mais, sucesso a menos



Sintomaticamente, tanto PS como PSD fogem de leituras nacionais do resultado das autárquicas, como o diabo foge da cruz. Mas é o que vai acontecer, porque nunca umas eleições locais reflectiram tanto um castigo eleitoral.

Um povo anestesiado




Normalmente, só se chama nomes ao povo em surdina. Mas andam por aí alguns revolucionários a explodir em público, verberando a nula adesão popular às suas imperdíveis manifestações. Ora, o que se lastima é que gente dessa espécie continue a lidar com o poder e que o povo ainda não faça da desobediência uma lei de milhões.

Deslumbramentos ameaçadores


ANTIGA, MUI NOBRE, | SEMPRE LEAL | E INVICTA CIDADE DO PORTO

Perspectivas destas sobre uma cidade do Porto renovada, após longo trajecto de profunda apatia, exigem uma conveniente avaliação dos primeiros resultados de tão grande transformação, a começar pelo dinheiro aplicado, se alguma vez tais anseios se tornarem realidade. Para já, lamentar por ter decorrido tanto tempo e só agora ter aparecido uma criatura capaz de pensar a "metrópole do norte", aportando ideias e soluções inovadoras para uma cidade em grande. Apesar das misérias, o indigenato ainda produz "mentes brilhantes".  

Voto e combate político



Há por aí umas teorias que reclamam pela abstenção, como instrumento de descredibilização do sistema. Mas este sistema não será recuperável à conta de mais alheamento. Quem faltar às urnas no domingo – seja por desinteresse ou falta de pachorra – está a reforçar o poder partidário instalado e a ajudar aqueles que mais odeia – os políticos do costume, a partidocracia.

sexta-feira, 27 de setembro de 2013

E já vamos no sexto chumbo



Os juízes do Tribunal Constitucional tornaram-se, definitivamente, actores políticos a quem falta apenas uma candidatura eleitoral. Mais de um ano após um pedido de fiscalização de um conjunto de normas do código laboral, os juízes entenderam publicar um acórdão na semana em que a ‘troika' está em Portugal, ajudando a um clima de desconfiança internacional crescente sobre a estabilidade política e jurídica no País… António Costa

Avisar ou não do que por aí vem



Aumenta o número daqueles que reconhecem ser inevitável um segundo resgate. Enquanto não se confirma o reforço da ajuda externa, Portugal assiste a esquizofrenia dos agentes políticos que irresponsavelmente não se sentem convocados para consensos políticos fundamentais... João Marcelino  

Anedota da reforma do Estado



A TRINCHEIRA

No Verão de 2011, quando já a troika tinha passado por cá e Passos Coelho se instalara no Governo, escrevi nesta que a reforma do Estado seria impossível, ou quase impossível, apesar da perseverança e das convicções que a nova direita proclamava. Por uma razão simples. Desde o "25 de Abril" que se criara, directa ou indirectamente, uma classe média que vivia do Estado e que não se deixaria eliminar em sossego. Na administração central e na administração local centenas de milhares de portugueses, com alguma educação e uma certa ambição, deviam o seu estatuto e a sua inesperada prosperidade ao facto de pertencerem vitaliciamente ao funcionalismo público e aos "negócios" de vária espécie, que a sua influência, grande ou pequena, lhes permitia fazer.
Sem um sector privado a crescer com regularidade e depressa, e que pagasse mais do que pagavam as tristes repartições do Estado, não havia maneira de reordenar e diminuir o "monstro", que a partir de Cavaco se criara. Nenhum governo podia pacificamente liquidar essa especial "conquista" da revolução. Como, de resto, sucedera, com as consequências que se conhecem, na Monarquia Constitucional e durante a República até à ditadura de Salazar. Na ordem democrática da "Europa" de Bruxelas, Pedro Passos Coelho estava num beco sem saída. Daí a relutância em publicar o famoso "guião", que nunca apareceu, e suspeito que nunca aparecerá. O "guião", mesmo por agora metido numa gaveta, é uma ameaça para uma parte considerável do país, que provavelmente não ficaria quieto.
O veto do Tribunal Constitucional ao chamado "regime de requalificação" não espanta ninguém com algum conhecimento da sociedade indígena. Entre os funcionários públicos os juízes desse tribunal são de longe os mais privilegiados (o que teoricamente se percebe). Mas também se percebe que não estejam inclinados a autorizar uma limpeza que por baixo deles provocaria uma instabilidade endémica e abriria um precedente perigoso para eles próprios. Nada, portanto, mais natural e previsível que o Tribunal Constitucional defenda o Estado como o encontrou e de que é o mais refinado e protegido símbolo. Passos Coelho e Paulo Portas não têm razão de se queixar. Era óbvio que a classe média do Estado, tarde ou cedo encontraria uma trincheira. Encontrou esta.

Vasco Pulido Valente - Público

quinta-feira, 26 de setembro de 2013

Costa "concórdia" encalhado



António Costa transformou-se num rumor. O rumor de que um dia será. Um dia chegará. Um dia assumirá. Há uma expectativa silenciosa, um capital de esperança que lhe serve de legitimação e que lhe assegura espaço nacional, tudo por materializar. Na verdade, o socialista não é só rumor, é um rumor que mantém uma parte do PS refém desta expectativa lírica. Eu para mim não quero nada, diz sem dizer António Costa, o candidato a primeiro-ministro que não é candidato nem deixa que alguém venha a sê-lo em tempo útil. No município da capital, o autarca é a candura, uma mão aberta que se vira na direcção de cada lisboeta, como muitos testemunham. Diz-se por aí que Costa não diz nada; está, aparece, é, não divide. E isso chega... André Macedo

Pobres e mal-agradecidos



Não se percebe aquilo que a malta quer dos alemães. Quando se ouve a lamúria dos países do sul contra o Alemanha opressora, fica a ideia que as pessoas acham mesmo que os alemães têm de pagar as dívidas dos outros sem exigir nada em troca. As boas almas querem compreender toda a gente, excepto os alemães. Toda a gente merece uma folga, excepto os alemães, que têm de continuar a pagar sem refilar... Henrique Raposo

Medo da desgraça e da demagogia


 

Tenho medo do dia em que a ‘troika' deixará de aterrar em Lisboa para nos verificar as contas, lembrar os compromissos assumidos e passar o cheque. Este medo aumenta cada vez que vejo o que se promete nos cartazes dos candidatos às autarquias: manuais escolares gratuitos; medicamentos gratuitos; residências assistidas gratuitas; vacinas gratuitas, tanto delírio de gratuitidade. Um medo que se acentua ainda mais quando ouço António José Seguro dizer que não aceita mais cortes sem explicar que isso só é possível aumentando muito mais os impostos e quando entrevejo a ânsia do PSD e do CDS por se verem livres da canga do controlo externo e imediatamente poderem dar largas a promessas e promessas de mais "gratuito já"... Helena Matos

quarta-feira, 25 de setembro de 2013

O que nos faltava


Numa altura em que andamos zangados com o País e com tantos candidatos autárquicos, a Espanha resolveu que tem de garantir as águas das Selvagens, com o argumento de que não se trata de um território habitado. Com marcação cerrada da Inglaterra, por causa de Gibraltar, obrigados a dormir encolhidos pelos marroquinos, espanhóis resolvem vir esticar-se para cima de nós. Francisco José Viegas

Estrelas provincianas


   
Paulo Portas reuniu-se em Nova Iorque com a equipa de Woody Allen. O objectivo foi conhecer as exigências do realizador e demonstrar o interesse de Portugal. António Costa quer o cineasta a filmar em Lisboa e não no Porto, como pretende Menezes. O dinheiro parece ser o maior problema. Falta dinheiro mas sobram protagonistas. Não fôssemos um país de artistas

Reformar o Estado. Com quanto?


GOVERNO FRACO, GOVERNO FORTE

O Governo que vai empobrecendo Portugal - e não haja a menor dúvida a este respeito - prometeu também em 2011 que faria uma reforma drástica do Estado, que permitiria uma competitividade maior, mais crescimento e uma simplificação nunca vista da burocracia central e local. Até agora, ignorou tudo isto e ficou por malabarismos contabilísticos e remendos de ocasião: aumento de impostos, diminuição de salários e um assalto desordenado às pensões dos reformados (do público e do privado). Quando lhe pedem uma reorganização a sério do país, não responde ou adia. Não tem para isso um plano A, nem um plano B. Anda à deriva entre o que a troika lhe exige e a intensidade das reacções internas, que dia a dia variam de espécie e de eficácia. O resultado é que nenhum português sabe hoje o que o espera no futuro, amanhã ou, digamos, daqui a vinte anos.
A paralisia e o caos do Governo derivam de um facto essencial: o Governo é fraco. À superfície - com a maioria no Parlamento, o apoio do Presidente da República e a garantia de um mandato completo -, parece forte. Mas, na realidade, a maioria vociferante da esquerda não o deixa passar um estreito limite: o limite do que não lhe custará inverter em 2015. Quanto ao resto, a raiva militante entre o PS e PSD mata à partida qualquer hipótese de colaboração; e Cavaco não se tenciona imiscuir no que ele considera a sopa perigosa e turva da política. O Governo acaba assim forçado a buscar o dinheiro àqueles com menor capacidade de resistência. Não por uma tendência ideológica ou natural, mas porque as circunstâncias não o ajudam.
Imaginemos que Passos Coelho e Paulo Portas resolviam pôr alguma ordem na administração local e reduziam o número de concelhos para 150, um número mais do que suficiente para um país com o nosso território. Quase de certeza caía o céu e não é de excluir um levantamento nacional, apoiado pelos partidos da esquerda e da direita, incluindo o PSD, ou talvez mesmo com o PSD à cabeça. Imaginemos também que o Governo anunciava a eliminação de uma ou duas centenas de organismos do Estado, que não servem para nada, excepto para emperrar e complicar a vida do cidadão comum. Isto que, em teoria, é um acto benemérito e de bom senso traria fatalmente à rua dezenas de milhares de pessoas e provocaria manifestações que talvez não tardassem a degenerar em violência. Muita gente começa por aí a desesperar da democracia. Com alguma razão: um Governo fraco costuma ser o caminho para um Governo forte.

Vasco Pulido Valente - Público

terça-feira, 24 de setembro de 2013

"Reviravolta na Igreja"



“O Papa quer recentrar a Igreja no Evangelho. Antes da religião, está esta busca pela justiça e pela felicidade das pessoas. O edifício moral da Igreja corre o risco de ruir porque não pode continuar obcecada por temas como o sexo, não pode estar constantemente centrada nisso”. É como o teólogo Anselmo Borges classifica as críticas que o novo Papa faz ao “moralismo” e ao “legalismo” reinantes entre os responsáveis eclesiásticos. O que considera uma reviravolta na Igreja.

Biscoito interrompido



Não sei por quantos portugueses perpassa esta sensação. Mas eu estou farto da nossa pequenez e mesquinhice política. Não quero atacar os partidos, defendo a democracia e não há democracia sem partidos. Só que estou farto desta malta toda. Não do país, mas da gente que manda nele... Henrique Monteiro

Pândegos em tempos de crise



Quem é a Catarina? E a outra Catarina? E quem diz as Catarinas, diz a Sandra ou o Marco. Quem são? Que partidos representam? Chiu!... São candidatos a autarquias mas nem um sinal que denuncie os patrocinadores destes cabeças de cartaz. Pouco importa e não se esqueçam: no dia 29, corram às urnas. O voto é um direito e um dever. E, para eles, uma festa e uma alegria. Alberto Gonçalves

segunda-feira, 23 de setembro de 2013

Agora, mais do mesmo




PS e outros socialistas portugueses mais ou menos radicais, consideram a reeleição de Merkel para um terceiro mandato uma má notícia para Portugal e para a Europa. Bom para a comunidade europeia foi a eleição de Hollande. Ninguém deu por isso...? Viriato Soromenho Marques

Soares já espera sentado



Mário Soares aguarda a penalização ao PSD nas eleições autárquicas. Enquanto isso, uma tal de Ângela (aquela que sempre considerou incompetente) acaba de lhe fazer chegar de Berlim o último desgosto. Penosamente, pelas calçadas de Sintra, no centro histórico da vila património mundial da humanidade, o antigo presidente da República esteve com Basílio Horta onde apelou ao voto no candidato socialista. Ambos relembraram os tempos em que foram candidatos e adversários noutras eleições. "Espero que penalizem o PSD, o do Governo. Porque há dois PSD: o PSD Governo e o PSD de várias personalidades que muito admiro, como por exemplo o Pacheco Pereira. Pessoas que não são deste PSD. O PSD é uma coisa especial". Disse o antigo presidente da República durante esta iniciativa de campanha do PS. Uma sessão onde surgiram até conversas com turistas, em francês, nas quais Mário Soares falava sobre a amizade que mantinha com o falecido ex presidente François Mitterrand... a cereja no topo do bolo.

Com pés, sem cabeça



SEM LIMITES

Não se sabe por onde o sr. Fernando Seara andou desde 2010. Na China? Em lugares ainda mais proibitivos, sem nenhuma comunicação com o mundo exterior? Na lua? Ou simplesmente mergulhado nas profundas trevas da sua inconsciência? E é ele, como pretende, um ex-comentador de futebol e um antigo presidente da Câmara de Sintra? A sua verdadeira identidade intriga toda a gente. Seja como for, o sr. Seara não tem com certeza vivido em Portugal e, por isso, caiu do céu num estado de inocência e de ignorância que deixou Lisboa de boca aberta. Um destes dias, saí de casa e, olhando para os cartazes da criatura, julguei que se tratava da provocação de um milionário louco, como nos filmes de 1930. Mas, pouco a pouco, acabei por me convencer de que a coisa era a sério.
Os cartazes do sr. Seara, que o CDS e o PSD, os partidos do Governo, autorizaram e apoiam, prometem só isto: "estacionamento gratuito para residentes em qualquer zona da cidade"; "manuais escolares gratuitos para todos" (uma promessa ambígua, que tanto pode incluir os manuais do 1.º ciclo como os manuais de Biologia ou de Medicina); "residências sociais para os mais carenciados"; "túnel no Saldanha (eixo central)"; "brigadas permanentes de limpeza" para garantir que Lisboa se torna num sítio muito "limpo", presumo que gabado na Europa pelo seu asseio. Estas promessas do sr. Seara ou são absolutamente inviáveis (como o "estacionamento gratuito para residentes", por exemplo) ou sintomas de uma megalomania patológica (o túnel do Saldanha), que é um perigo para o cidadão desprevenido. 
António Costa conseguiu ao fim de muito tempo e de muito esforço reduzir a dívida da Câmara de Lisboa e chegar a uma situação financeira sustentável. O "programa" de Seara (se merece o nome) iria numa dúzia de meses criar uma nova dívida muitas vezes superior à antiga. Mas parece que ninguém lhe chamou a atenção para esse ridículo pormenor; e nem o CDS e o PSD se importam que ele faça uma campanha destinada a arruinar o Estado e a ludibriar o eleitorado. Esta prática não escandaliza agremiações que por ela sempre manifestaram uma especial preferência. Só não se percebe como, no meio do regabofe estabelecido, o Governo ainda arranja coragem para "cortar" dez por cento aos pensionistas do Estado e aos pobres reformados do "regime geral". A desvergonha é ilimitada.

Vasco Pulido Valente - Público

domingo, 22 de setembro de 2013

Filósofo António José de Brito


António José de Brito em 2007

Faleceu hoje a figura do pensamento português que protagonizou as discussões filosóficas mais intensas a que tive oportunidade de assistir, na universidade onde estudei. Que lamentável era ver muitas das insignificantes luminárias da academia, incapazes de aprofundar o debate de ideias com o controverso professor, limitarem-se a apelidar o pensador de fascista.  

Chapéus há muitos...



Não deve ser nada fácil, aparecer a seguir. O mundo mudou, o mundo vai mudando, e ser Primeira-Dama ou Primeiro-Cavalheiro nos tempos que correm deve ser muito exigente... Pedro Santana Lopes

Passos Coelho e Mutti Merkel



Numa decisão arrojada, o primeiro-ministro resolveu seguir os conselhos de um dos sábios do regime, tomar o avião e ir a Berlim, falar “olhos nos olhos” com Frau Merkel. Imaginem a situação… José Manuel Fernandes

sábado, 21 de setembro de 2013

Viver intensamente



Stephen Hawking: a singularidade de um ser humano extraordinário e um testemunho da alegria de viver. Francisco José Viegas

Banqueiros não estão a salvo



Banco de Portugal tem a obrigação de ser tão rigoroso com Ricardo Salgado como foi com Jardim Gonçalves. Ninguém entenderá a passividade e o silêncio do supervisor bancário sobre a situação do BES

Pedro e os lobos

Com Sócrates desacreditado, o PSD hesitou ente Ferreira Leite e Passos Coelho: perante o "mofo", preferiu a "juventude", para suceder ao obreiro da bancarrota. Depois de um sujeito capaz de tudo, os portugueses escolheram alguém capaz de muito pouco. Pedro Passos Coelho não mudou: mudou a atitude dos que o elogiavam contra a dra. Ferreira Leite, contra o eng. Sócrates ou contra ambos, em benefício de estratégias de bando ou privadas… Alberto Gonçalves

sexta-feira, 20 de setembro de 2013

Merkel, o rival e a missão





Não vale a pena achar que a melhor solução era convocar os europeus dependentes do dinheiro germânico para votar nas eleições alemãs. A Alemanha nada tem contra nós. Só está cansada de sustentar criaturas sem emenda. Luciano Amaral

Disparates de socialistas



Um salário mínimo europeu seria nefasto: criaria inflação galopante nos países fora do euro e milhões de desempregados dentro do euro... Pedro Braz Teixeira

Votar nos habilidosos



ABAFAR O PAÍS

Seria de esperar que a execração universal pelos partidos que existem, os do "arco governativo" e os da extrema-esquerda, tivesse feito nascer novos partidos mais de acordo com os sentimentos do país. Mas não fez. Nem sequer as grandes cisões do fim da monarquia: os Dissidentes Progressistas e os Regeneradores-Liberais. Ficou tudo na mesma, com uma troca de "chefes" no PS e no PSD e a relativa desgraça das clientelas que os seguiam. Isto sugere duas perguntas fundamentais. Houve sempre um abismo entre o regime e o cidadão comum, que vota mecanicamente ou conforme o seu interesse e o seu capricho? Ou a própria organização do regime (incluindo a lei eleitoral) impede o aparecimento de novas forças políticas, susceptíveis de perturbar o concubinato vigente?
Para a eleição de 29 de Setembro, caíram do céu ou saíram do chão umas dezenas de candidatos que se dizem independentes. Duvido que algum deles ganhe. Por várias razões. Primeiro, porque precisam de dinheiro, que não se vê onde o irão arranjar. Segundo, porque (com uma ou duas excepções) lhes falta o apoio dos "notáveis" locais, que ainda comandam muitos votos. Terceiro, porque a televisão e os jornais não os mostram, nem falam deles, senão por acaso. E, quarto, porque o indígena médio não aprendeu a distinguir e a avaliar o que politicamente lhe propõem. Só com entusiasmo de café e meia dúzia de amigos, nenhum independente, por mais que se esforce, conseguirá ganhar. Os velhos senhores voltarão aos seus lugares, com a maior tranquilidade e o respeito geral. 
O que, de resto, se compreende dentro da lógica do sistema, porque os candidatos dos partidos (e, principalmente, os do "arco governativo), conhecendo as luminárias de Lisboa (do governo e da oposição), podem distribuir favores, por muito que a crise tenha reduzido essa benemérita missão. Favores pessoais: contratos, "negócios", empregos, privilégios; e favores para a "terra", como subsídios para a festa do sítio ou a conservação de uma escola ou de um centro de saúde. Sem uma "entrada" segura no Estado central, qualquer presidente de câmara acaba paralisado e triste, tanto mais quanto mais pequeno for o seu concelho. O eleitorado sabe disto e por isso escolhe e torna a escolher as "figuras", que se mexem bem no partido e na burocracia. O Estado central, por que hoje se tangem lacrimosos lamentos, conseguiu abafar o país.

Vasco Pulido Valente - Público

quinta-feira, 19 de setembro de 2013

Aguenta Mourinho


Contestaçãoa José Mourinho após a derrota na Champions, com adepto a mostrar cartaz onde se pode ler: "José, o lugar de Mata é no campo e não no banco"

José Mourinho contestado após derrota em Londres frente aos suíços do Basileia, com adeptos a mostrar cartaz onde se pode ler: "José, o lugar de Mata é no campo e não no banco". É a vida de treinador.

Mais um ano de incêndios



Verão prestes a terminar, o calor continua e o país ainda arde. Este ano, com vários bombeiros vitimados pelo fogo. Uma história que se repete: continua haver falta de meios... Com algumas variações. Houve diversos responsáveis de unidades de prevenção e combate aos incêndios que se pronunciaram sobre uma época de incêndios com tantos bombeiros mortos. Que concluíram: "Dispuseram de meios aéreos suficientes para atender às situações que os exigiam; contaram com uma adequada mobilidade das corporações pelas zonas mais atingidas; reconheceram estarem equipados com os mais modernos meios para apetrechar os bombeiros nas operações de maior risco". Assim, o que faltou ou sobrou? preparação/treino das acções de combate? competência na intervenção/comando? Ou fará sentido reflectir sobre aquilo que costuma contribuir para a irresponsabilidade? Com os meios referidos, como se justifica o elevado número de mortes? Alberto Gonçalves 
O Senhor Engenheiro lembra que ainda há muito por fazer. Ângelo Correia

quarta-feira, 18 de setembro de 2013

Empreender e logo se vê



Nesta crise mais recente surgiu a ideia desesperada de que o país se salva com uma boa dose de empreendedorismo. E o problema do empreendedorismo é não ter nenhum valor só por si, separado de conhecimento, seriedade e sentido prático... Carla Hilário Quevedo

O problema não é o IVA



A QUESTÃO É OUTRA

Há uma década atrás, Portugal tinha o maior número de restaurantes per capita entre os seus parceiros europeus. Situação estranha num país acabado de sair da penúria, mesmo que o aumento do consumo seja o primeiro reflexo de algum crescimento nas economias subdesenvolvidas. Foi o que por cá se passou com o aumento do poder de compra a ser dirigido para um acelerado consumo do imediato e efémero conforto, disfarçado de subsistência. É verdade que muitos dos que trabalham nos centros urbanos vindos das periferias precisam de almoçar fora de casa, tal como é verdade que muitos dos que sofrem apertos na economia doméstica se fazem acompanhar da marmita. E porque a vida não é só trabalho, depois da oficina, é preciso passear, sei lá, pelo menos, jantar fora. Com certeza, porque não. Mas viver é muito mais que sair do trabalho e entrar na Casa de Pasto. Querendo exemplos esclarecedores, basta verificar o número de restaurantes existentes nos países do norte da Europa e a reduzida frequência com que essas criaturas vão celebrar ou jantar fora de casa. Essa gente parece o português comedido do início da prosperidade, antes de se dedicar aos nefastos excessos. Agora, o indígena constata como duraram tão pouco esses hábitos e com que pressa voltou a cair na pelintra realidade dos nativos. 
Considerar o aumento do IVA na restauração (de 13% para 23%) a principal causa do desaparecimento de muitas empresas do sector, é iludir o problema. Foi com os primeiros sinais da crise e ainda nos últimos anos de taxa reduzida que se iniciou a ruptura, com muitos estabelecimentos do ramo a não resistirem. A razão fundamental que acentuou a crise nesta área dos serviços foi a progressiva perda do poder de compra e a consequente diminuição do consumo. Para agravar a situação, foi implementada uma vigilância fiscal mais organizada e exigente dessas empresas, com incidência na facturação e na cobrança de impostos, processo ainda bem longe de ser eficaz e produzir resultados que se traduzam numa tributação mais controlada e equitativa. Motivos suficientes para ser uma insensatez pensar na redução de taxa deste imposto, tal como se mantém nos países comunitários mais próximos. Antes de qualquer desagravamento, deve estar assegurado um rigoroso combate à evasão fiscal na hotelaria e restauração. Entretanto, não falta quem agite a bandeira da baixa do IVA mas ninguém está contar almoçar mais barato. Seria higiénico se nos deixássemos de inventar novos embustes para acrescentar a tantas ilusões que têm sido postas a nu. Já nos bastou a pesada dose de prosperidade fictícia.

terça-feira, 17 de setembro de 2013

Tó Zé: temos crescimento



Logo agora, com todos os autarcas a prometerem ciclovias... O que terá crescido? O território tem aumentado, tudo se encontra mais distante, a água é o novo combustível, ou é maior o cansaço?

A pior altura do ano



Voltar à escola é uma coisa séria, chata, responsável e muito pouco lúdica. E toda a gente sabe. Por isso não entendo as caras sorridentes dos meninos dos anúncios a comprarem mochilas e a felicidade dos pais a pagarem a conta. Até esses anúncios me irritam. Detesto. O regresso às aulas cheira a Inverno apesar do sol radiante. É neurótico. Amanhã vou à praia esquecer que os meus filhos regressaram às aulas e esquecer as centenas de euros que já gastei nesta triste viagem... Inês Teotónio Pereira

Hora da Rússia de Putin



A RÚSSIA GANHA

A intervenção "cirúrgica" que Obama prometeu foi felizmente comprometida pela inabilidade dele e por causa de uma coisa de que já ninguém se lembrava, excepto para a desprezar: a opinião pública. A data estava marcada e o plano pronto, quando Cameron e Obama descobriram, para sua surpresa, que a Inglaterra e a América não queriam qualquer espécie de guerra. O Parlamento paralisou Cameron; e Obama, isolado doméstica e diplomaticamente, resolveu adquirir alguma legitimidade e pedir ao Congresso que o apoiasse, mas logo se viu que esse apoio era duvidoso, mesmo entre os representantes do seu próprio partido. De fora, só ficou a França, que sempre viveu entre o autoritarismo e as revoluções. Bastou a Hollande uma discussão sem votos na Assembleia Nacional para reafirmar uma aventura que mais de 60 por cento do eleitorado rejeita. 
A incerteza e as demoras que estas peripécias provocaram deram à Rússia uma grande oportunidade: a oportunidade de aparecer como intermediária entre a Síria e Obama numa situação em que o Ocidente se tinha metido num beco sem saída. Que vantagens tira a Rússia disso? Fora o prestígio de Estado "normal" (que anda longe de ser), mete a América, se ela por acaso aceitar, num sarilho sem fim. A proposta de retirar ou destruir o arsenal químico de Assad (que se calcula entre 1000 e 10.000 toneladas de gás) é manifestamente absurda. Para começar, exige que Assad confesse onde o escondeu, ou seja, por outras palavras, concede a Assad uma grotesca confiança. Em segundo lugar, exige à volta de 1000 peritos, que, para se moverem em segurança, precisam de tropas da América, da Europa e da Rússia. Em terceiro lugar, exige dinheiro: muito dinheiro. Em quarto lugar, exige um armistício entre as várias partes da guerra civil, que pode durar, com optimismo, quatro ou cinco anos. Finalmente, exige o fortalecimento de Assad - como se compreenderá, indispensável a tudo isto. 
A situação agora é esta. Se as negociações entre a América e a Rússia falharem, a Rússia acusará, como de costume, a América de imperialismo e má-fé; e Obama ficará praticamente impedido de avançar com a sua "intervenção cirúrgica". Se as negociações não falharem, a América entregará sem um gesto a Síria ao sr. Putin. Mas, pior do que isso, a incapacidade da esquerda (americana ou não) para perceber as realidades do poder será arrasadoramente provada e a América voltará tarde ou cedo a uma forma atenuada de isolacionismo. O que de certeza não fará bem nenhum ao mundo.

Vasco Pulido Valente - Público

segunda-feira, 16 de setembro de 2013

Obama e a América no Mundo



Putin acaba de se afirmar como o verdadeiro mestre no complexo xadrez do Médio Oriente. Ou como um autocrata que fez da nascente democracia russa uma caricatura grotesca se permite dar lições de moral e de bons costumes. Os que não gostavam de um Mundo onde a América intervinha com frequência, vão ver agora se gostam de um mundo de onde ela está ausente... José Manuel Fernandes

Democracia à portuguesa



Destes já estamos aliviados. Quanto à informação livre para saciar a populaça, faz todo o sentido. Mas ter de conviver com malabarismos de artistas manhosos em doses industriais, é penoso. Paulo Pinto Mascarenhas

Fragilidade da política



“Estão a acontecer mais mudanças do que aquelas que conseguimos compreender. Ninguém sabe ao certo para onde vai. Por isso é errada a tendência muito na moda de dizer que sabemos o que devia ser feito. E devemos ser sinceros e reconhecer que também não sabemos o que deve ser feito. Por vezes estamos a criticar o que é feito pelos políticos com base na ideia de que os cidadãos saberiam perfeitamente o que deveria ser feito, mas que infelizmente tivemos o azar de nos ter caído em cima uma classe política que não sabe o que fazer”.
“As pessoas que conseguem mudar o mundo  são os moderados e não os radicais. São os moderados dos diferentes partidos que mudam as coisas. Como por exemplos, os negociadores da paz na Irlanda do Norte ou Nelson Mandela. Foram Gandhi e muitos outros que alteraram para sempre a forma de ver as relações de poder, sem ser no sentido caótico, bárbaro e assassino que foram os de Hitler, Estaline ou Mao”.
“A política, na sua essência, é a arte do possível e da escolha do mal menor. A decepção fará sempre parte dela, porque a política é sempre a escolha entre uma coisa mal e uma muito pior. Na verdade, a ideia de podermos criar uma espécie de paraíso na terra tem-nos custado muito caro. Seria bom que percebêssemos que ninguém, nenhum de nós, sabe sair deste atoleiro. Mas que há uma forma simples de descobrir quem sabe ainda menos: os que fazem de conta que sabem”.

Ideias a reter que ajudarão a compreender melhor o momento actual. Henrique Monteiro

domingo, 15 de setembro de 2013

Mundos com lados estranhos


Cristiano Ronaldo vai ganhar 47 mil euros por dia

Que mundo será este, que realidade será esta, que criaturas serão estas, que sentido fará tudo isto?... Como o problema não deve ser o Cristiano Ronaldo nem o Real Madrid, o que será, então?... Ou não será problema?

Fora da toca



Nas televisões, já se esticou por quase todas e até foi burro numa delas. Quanto a mocinhas, não é novidade que dê para ficar grilado. Notícia seria se o Grillo fosse outro.