Caravana automóvel dos eleitores de Oeiras apoiantes do movimento de Isaltino, foram festejar vitória para junto da prisão da Carregueira, onde o ex autarca se encontra detido. Das fraquezas, forças.
segunda-feira, 30 de setembro de 2013
É com o senhor presidente
Para o cidadão comum, aquilo que acontece numa cidade como
Lisboa, é necessariamente resultado das decisões - ou da falta delas - dos
senhores que ocupam a autarquia. Em países civilizados, é possível visitar uma
cidade ou ler sobre uma cidade e nem sequer notar a existência do senhor
presidente da câmara. Em Portugal, isso seria estranho. Não há
"apontamento de reportagem" acerca de qualquer lugarejo sem
depoimento do senhor presidente. Não há jornal local sem 30 fotografias do
senhor presidente. Não há procissão de Nossa Senhora dos Aflitos sem a presença
do senhor presidente junto da protagonista. Não há instalação instalada em
galeria sem autorização do senhor presidente. Não há garrafa de vodca aberta às
duas da madrugada sem uma vénia ao senhor presidente, que afinal criou as
"condições" para que os súbditos se embriagassem com galhardia. O
senhor presidente, emanação do Estado, encontra-se por toda a parte, numa
consumação assustadora das "políticas de proximidade" que o jargão da
classe promete "incrementar". Puro Terceiro Mundo? Obviamente... Alberto Gonçalves
"Segurem-me!"
António José Seguro ganhou as eleições autárquicas porque conquistou a maioria das câmaras. Venceu folgadamente, perdeu e ganhou câmaras emblemáticas mas não esmagou a direita. Ficou longe do resultado extraordinário de António Costa e da pretendida dinâmica para a maioria absoluta nas legislativas. O PSD foi derrotado sem contemplações, pelo peso de ser governo e das medidas de ajustamento impostas aos portugueses. Na situação actual o desfecho só podia ser este. Para complemento, a estrondosa hecatombe que atingiu o feudo laranja da Madeira, com consequências imprevisíveis. O CDS conseguiu juntar mais quatro câmaras à única a que presidia, parecendo também ser dos ganhadores. A CDU obteve os resultados que melhor traduzem quem aumentou a influência. Cresceu em votos, em câmaras e voltamos aos tempos de um Alentejo avermelhado. O Bloco de Esquerda passou a "berloque" e por mais que tente não conseguirá disfarçar os números ridículos alcançados. Por fim os candidatos independentes (os dignos desse nome e não os encapotados) com resultados surpreendentes, como foi o caso da cidade do Porto. Podem significar o início duma autêntica renovação. João Marcelino
domingo, 29 de setembro de 2013
Mais um português campeão
Rui Costa campeão do mundo de ciclismo
O português sagrou-se campeão do mundo de ciclismo, ao
vencer a prova de fundo dos Mundiais realizados em Florença, Itália. Rui Costa
ganhou assim o direito a usar a camisola arco-íris durante toda a época de
2014. O ciclista nacional superiorizou-se nos metros finais ao
espanhol Joaquim Rodríguez. Tal como há um ano, o espanhol Alejandro Valverde
foi o terceiro medalhado da prova.
CLASSIFICAÇÃO
1. Rui Costa (Portugal), 7h25m44s
2. Joaquim Rodríguez (Espanha), m.t.
3. Alejandro Valverde (Espanha), a 16s
4. Vincenzo Nibali (Itália), a 16s
5. Andriy Grivko (Ucrânia), a 31s
6. Peter Sagan (Eslováquia), a 34s
7. Simon Clarke (Austrália), m.t.
8. Maxim Iglinskiy (Cazaquistão), m.t.
9. Philippe
Gilbert (Bélgica), m.t.
10. Fabian Cancellara (Suíça), m.t.
Só pela contagem dos votos...
O ESPECTRO
Os comentadores discutem acaloradamente o critério que
determinará quem ganhou amanhã: se o número de votos, se o número de câmaras,
se o resultado nas grandes cidades do litoral, onde se concentra a parte do
país mais bem informada e mais bem-educada. Quase todos se pronunciam por uma
combinação dos três e dizem, com o olhinho a brilhar, que a noite de 29 vai ser
muito "interessante". Mas, no fundo, não têm razão, ou só a terão se
a coligação e o PS ficarem muito próximos, coisa que, pelo menos para mim, não
é de esperar. Nesta matéria de eleições locais, nunca se consegue saber ao
certo o que leva, em conjunto, Portugal para um lado ou para o outro. E, agora,
a complicação adicional de 80 independentes baralha irremediavelmente as
contas.
De qualquer maneira, suspeito que a reacção à crise ou, se
quiserem, à "política de austeridade", irá prevalecer por Portugal
inteiro, como os próprios candidatos do PSD não ignoram. Ora a legitimidade de
2011 é o último refúgio do Governo; e ninguém ignora, como Passos Coelho por aí
preveniu, que uma derrota no próximo domingo não implica a sua demissão.
Constitucionalmente de facto não implica. Mas não por acaso Balsemão acabou com
um pequeno desastre autárquico e Guterres se demitiu, resmungando furioso sobre
o "pântano" da política portuguesa. Se a coligação que nos pastoreia
perder claramente em votos (não interessam as câmaras, nem as grandes cidades),
perderá o resto da legitimidade que lhe sobra e ficará tão esvaída e fraca que
não voltará a poder impor nada a ninguém, por muito que chore e que se esforce.
A qualquer gesto do Governo, a resposta será sempre a que
ele já não tem a legitimidade de 2011 e que a maioria parlamentar em que se
apoia já vale muito pouco perante a desautorização do eleitorado. A guerra com
o Tribunal Constitucional e com o PS não passam de guerras de palavreado. Uma
guerra com o país, fortalecido pela consciência da fragilidade do CDS e do PSD,
promete uma agitação constante e um obstáculo real às miríficas reformas que a
troika exige. Os comentadores não gostaram que na campanha não se discutissem
as "questões locais", que interessavam à população local. Erro deles.
Nenhuma parte da população está interessada em "questões" locais. Na
campanha, por detrás das ridículas cerimónias do costume, pairava
infalivelmente o espectro da "crise". E esse espectro decidirá tudo.
Vasco Pulido Valente - Público
Vencedores e derrotados
Que "leitura nacional" há a fazer para o PSD e o
Governo? Que efeito terá uma previsível derrota no domingo sobre este ciborgue
pastrano? Nenhum. No PS é diferente. Para além de Costa, Sócrates anda cada
vez mais pela Rua Braancamp. Seguro que se prepare para um período de tortura.
Agora há um especialista de olho nele... Luciano Amaral
Apesar de tudo, votemos
Por muito que nos custe perceber, a Democracia (o poder do
voto) é a melhor forma de nos defendermos do livre arbítrio dos poderes instituídos.
Com o voto determinamos quem, em nosso nome, deve exercer o poder. Abster-se
também é uma opção, mas está longe de ser a melhor das soluções, porque isso
significa que optamos por deixar para todos os outros o poder de decidir quem
nos representa… Paulo Baldaia
Apesar de tudo, apesar da desconfiança geral, o nosso dever é votar. Se queremos direitos, aceitemos deveres. E votar é um dever, não sendo justificável que o voto seja obrigatório. As obrigações cívicas devem, sempre que possível, resultar da consciência pessoal e não da imposição externa... Henrique Monteiro
sábado, 28 de setembro de 2013
Fracasso a mais, sucesso a menos
Sintomaticamente, tanto PS como PSD fogem de leituras
nacionais do resultado das autárquicas, como o diabo foge da cruz. Mas é o que vai acontecer, porque nunca umas eleições locais reflectiram tanto um castigo eleitoral.
Um povo anestesiado
Normalmente, só se chama nomes ao povo em surdina. Mas andam
por aí alguns revolucionários a explodir em público, verberando a nula adesão
popular às suas imperdíveis manifestações. Ora, o que se lastima é que gente dessa
espécie continue a lidar com o poder e que o povo ainda não faça da desobediência
uma lei de milhões.
Deslumbramentos ameaçadores
Perspectivas destas sobre uma cidade do Porto renovada, após longo trajecto de profunda apatia, exigem uma conveniente avaliação dos primeiros resultados de tão grande transformação, a começar pelo dinheiro aplicado, se alguma vez tais anseios se tornarem realidade. Para já, lamentar por ter decorrido tanto tempo e só agora ter aparecido uma criatura capaz de pensar a "metrópole do norte", aportando ideias e soluções inovadoras para uma cidade em grande. Apesar das misérias, o indigenato ainda produz "mentes brilhantes".
Voto e combate político
Há por aí umas teorias que reclamam pela
abstenção, como instrumento de descredibilização do sistema. Mas este sistema
não será recuperável à conta de mais alheamento. Quem faltar às urnas no
domingo – seja por desinteresse ou falta de pachorra – está a reforçar o poder
partidário instalado e a ajudar aqueles que mais odeia – os políticos do
costume, a partidocracia.
sexta-feira, 27 de setembro de 2013
E já vamos no sexto chumbo
Os juízes do Tribunal Constitucional tornaram-se,
definitivamente, actores políticos a quem falta apenas uma candidatura
eleitoral. Mais de um ano após um pedido de fiscalização de um conjunto de
normas do código laboral, os juízes entenderam publicar um acórdão na semana em
que a ‘troika' está em Portugal, ajudando a um clima de desconfiança
internacional crescente sobre a estabilidade política e jurídica no País… António Costa
Avisar ou não do que por aí vem
Aumenta o número daqueles que reconhecem ser inevitável um segundo resgate. Enquanto não se confirma o reforço da ajuda externa, Portugal assiste a esquizofrenia dos agentes políticos que irresponsavelmente não se sentem convocados para consensos políticos fundamentais... João Marcelino
Anedota da reforma do Estado
A TRINCHEIRA
No Verão de 2011, quando já a troika tinha passado por cá e
Passos Coelho se instalara no Governo, escrevi nesta que a reforma do
Estado seria impossível, ou quase impossível, apesar da perseverança e das
convicções que a nova direita proclamava. Por uma razão simples. Desde o
"25 de Abril" que se criara, directa ou indirectamente, uma classe
média que vivia do Estado e que não se deixaria eliminar em sossego. Na administração
central e na administração local centenas de milhares de portugueses, com
alguma educação e uma certa ambição, deviam o seu estatuto e a sua inesperada
prosperidade ao facto de pertencerem vitaliciamente ao funcionalismo público e
aos "negócios" de vária espécie, que a sua influência, grande ou
pequena, lhes permitia fazer.
Sem um sector privado a crescer com regularidade e depressa,
e que pagasse mais do que pagavam as tristes repartições do Estado, não havia
maneira de reordenar e diminuir o "monstro", que a partir de Cavaco
se criara. Nenhum governo podia pacificamente liquidar essa especial
"conquista" da revolução. Como, de resto, sucedera, com as
consequências que se conhecem, na Monarquia Constitucional e durante a
República até à ditadura de Salazar. Na ordem democrática da "Europa"
de Bruxelas, Pedro Passos Coelho estava num beco sem saída. Daí a relutância em
publicar o famoso "guião", que nunca apareceu, e suspeito que nunca
aparecerá. O "guião", mesmo por agora metido numa gaveta, é uma ameaça
para uma parte considerável do país, que provavelmente não ficaria quieto.
O veto do Tribunal Constitucional ao chamado "regime de
requalificação" não espanta ninguém com algum conhecimento da sociedade
indígena. Entre os funcionários públicos os juízes desse tribunal são de longe
os mais privilegiados (o que teoricamente se percebe). Mas também se percebe
que não estejam inclinados a autorizar uma limpeza que por baixo deles
provocaria uma instabilidade endémica e abriria um precedente perigoso para
eles próprios. Nada, portanto, mais natural e previsível que o Tribunal
Constitucional defenda o Estado como o encontrou e de que é o mais refinado e
protegido símbolo. Passos Coelho e Paulo Portas não têm razão de se queixar.
Era óbvio que a classe média do Estado, tarde ou cedo encontraria uma
trincheira. Encontrou esta.
Vasco Pulido Valente - Público
quinta-feira, 26 de setembro de 2013
Costa "concórdia" encalhado
António Costa transformou-se num rumor. O rumor de que um
dia será. Um dia chegará. Um dia assumirá. Há uma expectativa silenciosa, um
capital de esperança que lhe serve de legitimação e que lhe assegura espaço nacional,
tudo por materializar. Na verdade, o socialista não é só rumor, é um rumor que
mantém uma parte do PS refém desta expectativa lírica. Eu para mim não quero
nada, diz sem dizer António Costa, o candidato a primeiro-ministro que não é
candidato nem deixa que alguém venha a sê-lo em tempo útil. No município da
capital, o autarca é a candura, uma mão aberta que se vira na direcção de
cada lisboeta, como muitos testemunham. Diz-se por aí que Costa não diz nada;
está, aparece, é, não divide. E isso chega... André Macedo
Pobres e mal-agradecidos
Não se percebe aquilo que a malta quer dos alemães. Quando
se ouve a lamúria dos países do sul contra o Alemanha opressora, fica a ideia
que as pessoas acham mesmo que os alemães têm de pagar as dívidas dos outros
sem exigir nada em troca. As boas almas querem compreender toda a gente,
excepto os alemães. Toda a gente merece uma folga, excepto os alemães, que têm de
continuar a pagar sem refilar... Henrique Raposo
Medo da desgraça e da demagogia
Tenho medo do dia em que a ‘troika' deixará de aterrar em
Lisboa para nos verificar as contas, lembrar os compromissos assumidos e passar
o cheque. Este medo aumenta cada vez que vejo o que se promete nos cartazes dos
candidatos às autarquias: manuais escolares gratuitos; medicamentos gratuitos;
residências assistidas gratuitas; vacinas gratuitas, tanto delírio de
gratuitidade. Um medo que se acentua ainda mais quando ouço António José Seguro
dizer que não aceita mais cortes sem explicar que isso só é possível aumentando
muito mais os impostos e quando entrevejo a ânsia do PSD e do CDS por se verem
livres da canga do controlo externo e imediatamente poderem dar largas a
promessas e promessas de mais "gratuito já"... Helena Matos
quarta-feira, 25 de setembro de 2013
O que nos faltava
Numa altura em que andamos zangados com o País e com tantos
candidatos autárquicos, a Espanha resolveu que tem de garantir as águas das
Selvagens, com o argumento de que não se trata de um território habitado. Com
marcação cerrada da Inglaterra, por causa de Gibraltar, obrigados a dormir encolhidos
pelos marroquinos, espanhóis resolvem vir esticar-se para cima de nós. Francisco José Viegas
Estrelas provincianas
Paulo Portas reuniu-se em Nova Iorque com a equipa de Woody
Allen. O objectivo foi conhecer as exigências do realizador e demonstrar o
interesse de Portugal. António Costa quer o cineasta a filmar em Lisboa e não
no Porto, como pretende Menezes. O dinheiro parece ser o maior problema. Falta dinheiro mas sobram protagonistas. Não fôssemos um país de artistas.
Reformar o Estado. Com quanto?
GOVERNO FRACO, GOVERNO FORTE
O Governo que vai empobrecendo Portugal - e não haja a menor
dúvida a este respeito - prometeu também em 2011 que faria uma reforma drástica
do Estado, que permitiria uma competitividade maior, mais crescimento e uma
simplificação nunca vista da burocracia central e local. Até agora, ignorou
tudo isto e ficou por malabarismos contabilísticos e remendos de ocasião:
aumento de impostos, diminuição de salários e um assalto desordenado às pensões
dos reformados (do público e do privado). Quando lhe pedem uma reorganização a
sério do país, não responde ou adia. Não tem para isso um plano A, nem um plano
B. Anda à deriva entre o que a troika lhe exige e a intensidade das reacções
internas, que dia a dia variam de espécie e de eficácia. O resultado é que
nenhum português sabe hoje o que o espera no futuro, amanhã ou, digamos, daqui
a vinte anos.
A paralisia e o caos do Governo derivam de um facto
essencial: o Governo é fraco. À superfície - com a maioria no Parlamento, o
apoio do Presidente da República e a garantia de um mandato completo -, parece
forte. Mas, na realidade, a maioria vociferante da esquerda não o deixa passar
um estreito limite: o limite do que não lhe custará inverter em 2015. Quanto ao
resto, a raiva militante entre o PS e PSD mata à partida qualquer hipótese de
colaboração; e Cavaco não se tenciona imiscuir no que ele considera a sopa
perigosa e turva da política. O Governo acaba assim forçado a buscar o dinheiro
àqueles com menor capacidade de resistência. Não por uma tendência ideológica
ou natural, mas porque as circunstâncias não o ajudam.
Imaginemos que Passos Coelho e Paulo Portas resolviam pôr
alguma ordem na administração local e reduziam o número de concelhos para 150,
um número mais do que suficiente para um país com o nosso território. Quase de
certeza caía o céu e não é de excluir um levantamento nacional, apoiado pelos
partidos da esquerda e da direita, incluindo o PSD, ou talvez mesmo com o PSD à
cabeça. Imaginemos também que o Governo anunciava a eliminação de uma ou duas
centenas de organismos do Estado, que não servem para nada, excepto para
emperrar e complicar a vida do cidadão comum. Isto que, em teoria, é um acto
benemérito e de bom senso traria fatalmente à rua dezenas de milhares de
pessoas e provocaria manifestações que talvez não tardassem a degenerar em
violência. Muita gente começa por aí a desesperar da democracia. Com alguma
razão: um Governo fraco costuma ser o caminho para um Governo forte.
Vasco Pulido Valente - Público
terça-feira, 24 de setembro de 2013
"Reviravolta na Igreja"
“O Papa quer recentrar a Igreja no Evangelho. Antes da
religião, está esta busca pela justiça e pela felicidade das pessoas. O
edifício moral da Igreja corre o risco de ruir porque não pode continuar
obcecada por temas como o sexo, não pode estar constantemente centrada nisso”.
É como o teólogo Anselmo Borges classifica as críticas que o novo Papa faz ao
“moralismo” e ao “legalismo” reinantes entre os responsáveis eclesiásticos. O que
considera uma reviravolta na Igreja.
Biscoito interrompido
Não sei por quantos portugueses perpassa esta sensação. Mas
eu estou farto da nossa pequenez e mesquinhice política. Não quero atacar os
partidos, defendo a democracia e não há democracia sem partidos. Só que estou
farto desta malta toda. Não do país, mas da gente que manda nele... Henrique Monteiro
Pândegos em tempos de crise
Quem é a Catarina? E a outra Catarina? E quem diz as
Catarinas, diz a Sandra ou o Marco. Quem são? Que partidos representam? Chiu!...
São candidatos a autarquias mas nem um sinal que denuncie os patrocinadores destes
cabeças de cartaz. Pouco importa e não se esqueçam: no dia 29, corram às urnas.
O voto é um direito e um dever. E, para eles, uma festa e uma alegria. Alberto Gonçalves
segunda-feira, 23 de setembro de 2013
Agora, mais do mesmo
PS e outros socialistas portugueses mais ou menos radicais, consideram a reeleição de Merkel para um terceiro mandato uma má notícia para Portugal e para a Europa. Bom para a comunidade europeia foi a eleição de Hollande. Ninguém deu por isso...? Viriato Soromenho Marques
Soares já espera sentado
Mário Soares aguarda a penalização ao PSD nas eleições
autárquicas. Enquanto isso, uma tal de Ângela (aquela que sempre considerou incompetente) acaba de lhe fazer chegar de Berlim o último desgosto. Penosamente, pelas calçadas de Sintra, no centro histórico da vila património mundial da
humanidade, o antigo presidente da República esteve com Basílio Horta onde apelou ao voto no candidato socialista. Ambos relembraram os tempos em que
foram candidatos e adversários noutras eleições. "Espero que penalizem o
PSD, o do Governo. Porque há dois PSD: o PSD Governo e o PSD de várias
personalidades que muito admiro, como por exemplo o Pacheco Pereira. Pessoas que não
são deste PSD. O PSD é uma coisa especial". Disse o antigo presidente da
República durante esta iniciativa de campanha do PS. Uma sessão onde surgiram
até conversas com turistas, em francês, nas quais Mário Soares falava sobre a
amizade que mantinha com o falecido ex presidente François Mitterrand... a cereja no topo do bolo.
Com pés, sem cabeça
SEM LIMITES
Não se sabe por onde o sr. Fernando Seara andou desde 2010.
Na China? Em lugares ainda mais proibitivos, sem nenhuma comunicação com o
mundo exterior? Na lua? Ou simplesmente mergulhado nas profundas trevas da sua
inconsciência? E é ele, como pretende, um ex-comentador de futebol e um antigo
presidente da Câmara de Sintra? A sua verdadeira identidade intriga toda a
gente. Seja como for, o sr. Seara não tem com certeza vivido em Portugal e, por
isso, caiu do céu num estado de inocência e de ignorância que deixou Lisboa de
boca aberta. Um destes dias, saí de casa e, olhando para os cartazes da
criatura, julguei que se tratava da provocação de um milionário louco, como nos
filmes de 1930. Mas, pouco a pouco, acabei por me convencer de que a coisa era
a sério.
Os cartazes do sr. Seara, que o CDS e o PSD, os partidos do
Governo, autorizaram e apoiam, prometem só isto: "estacionamento gratuito
para residentes em qualquer zona da cidade"; "manuais escolares
gratuitos para todos" (uma promessa ambígua, que tanto pode incluir os
manuais do 1.º ciclo como os manuais de Biologia ou de Medicina);
"residências sociais para os mais carenciados"; "túnel no
Saldanha (eixo central)"; "brigadas permanentes de limpeza" para
garantir que Lisboa se torna num sítio muito "limpo", presumo que
gabado na Europa pelo seu asseio. Estas promessas do sr. Seara ou são
absolutamente inviáveis (como o "estacionamento gratuito para
residentes", por exemplo) ou sintomas de uma megalomania patológica (o
túnel do Saldanha), que é um perigo para o cidadão desprevenido.
António Costa conseguiu ao fim de muito tempo e de muito
esforço reduzir a dívida da Câmara de Lisboa e chegar a uma situação financeira
sustentável. O "programa" de Seara (se merece o nome) iria numa dúzia
de meses criar uma nova dívida muitas vezes superior à antiga. Mas parece que
ninguém lhe chamou a atenção para esse ridículo pormenor; e nem o CDS e o PSD
se importam que ele faça uma campanha destinada a arruinar o Estado e a
ludibriar o eleitorado. Esta prática não escandaliza agremiações que por ela
sempre manifestaram uma especial preferência. Só não se percebe como, no meio
do regabofe estabelecido, o Governo ainda arranja coragem para
"cortar" dez por cento aos pensionistas do Estado e aos pobres
reformados do "regime geral". A desvergonha é ilimitada.
Vasco Pulido Valente - Público
domingo, 22 de setembro de 2013
Filósofo António José de Brito
Faleceu hoje a figura do pensamento português que protagonizou as discussões filosóficas mais intensas a que tive oportunidade de assistir, na universidade onde estudei. Que lamentável era ver muitas das insignificantes luminárias da academia, incapazes de aprofundar o debate de ideias com o controverso professor, limitarem-se a apelidar o pensador de fascista.
Chapéus há muitos...
Não deve ser nada fácil, aparecer a seguir. O mundo mudou, o mundo vai mudando,
e ser Primeira-Dama ou Primeiro-Cavalheiro nos tempos que correm deve ser muito
exigente... Pedro Santana Lopes
Passos Coelho e Mutti Merkel
Numa decisão arrojada, o primeiro-ministro resolveu seguir
os conselhos de um dos sábios do regime, tomar o avião e ir a Berlim, falar “olhos
nos olhos” com Frau Merkel. Imaginem a situação… José Manuel Fernandes
sábado, 21 de setembro de 2013
Viver intensamente
Stephen Hawking: a singularidade de um ser humano extraordinário e um testemunho da alegria de viver. Francisco José Viegas
Banqueiros não estão a salvo
Banco de Portugal tem a obrigação de ser tão rigoroso com
Ricardo Salgado como foi com Jardim Gonçalves. Ninguém entenderá a passividade
e o silêncio do supervisor bancário sobre a situação do BES.
Pedro e os lobos
Com Sócrates desacreditado, o PSD hesitou ente Ferreira
Leite e Passos Coelho: perante o "mofo", preferiu a
"juventude", para suceder ao obreiro da bancarrota. Depois de um
sujeito capaz de tudo, os portugueses escolheram alguém capaz de muito pouco. Pedro
Passos Coelho não mudou: mudou a atitude dos que o elogiavam contra a dra.
Ferreira Leite, contra o eng. Sócrates ou contra ambos, em benefício de
estratégias de bando ou privadas… Alberto Gonçalves
sexta-feira, 20 de setembro de 2013
Merkel, o rival e a missão
Não vale a pena achar que a melhor solução era convocar os europeus dependentes do dinheiro germânico para votar nas eleições alemãs. A Alemanha nada tem contra nós. Só está cansada de sustentar criaturas sem emenda. Luciano Amaral
Disparates de socialistas
Um salário mínimo europeu seria nefasto: criaria inflação
galopante nos países fora do euro e milhões de desempregados dentro do euro... Pedro Braz Teixeira
Votar nos habilidosos
ABAFAR O PAÍS
Seria de esperar que a execração universal pelos partidos
que existem, os do "arco governativo" e os da extrema-esquerda,
tivesse feito nascer novos partidos mais de acordo com os sentimentos do país.
Mas não fez. Nem sequer as grandes cisões do fim da monarquia: os Dissidentes
Progressistas e os Regeneradores-Liberais. Ficou tudo na mesma, com uma troca
de "chefes" no PS e no PSD e a relativa desgraça das clientelas que
os seguiam. Isto sugere duas perguntas fundamentais. Houve sempre um abismo
entre o regime e o cidadão comum, que vota mecanicamente ou conforme o seu
interesse e o seu capricho? Ou a própria organização do regime (incluindo a lei
eleitoral) impede o aparecimento de novas forças políticas, susceptíveis de
perturbar o concubinato vigente?
Para a eleição de 29 de Setembro, caíram do céu ou saíram do
chão umas dezenas de candidatos que se dizem independentes. Duvido que algum
deles ganhe. Por várias razões. Primeiro, porque precisam de dinheiro, que não
se vê onde o irão arranjar. Segundo, porque (com uma ou duas excepções) lhes
falta o apoio dos "notáveis" locais, que ainda comandam muitos votos.
Terceiro, porque a televisão e os jornais não os mostram, nem falam deles,
senão por acaso. E, quarto, porque o indígena médio não aprendeu a distinguir e
a avaliar o que politicamente lhe propõem. Só com entusiasmo de café e meia
dúzia de amigos, nenhum independente, por mais que se esforce, conseguirá
ganhar. Os velhos senhores voltarão aos seus lugares, com a maior tranquilidade
e o respeito geral.
O que, de resto, se compreende dentro da lógica do sistema,
porque os candidatos dos partidos (e, principalmente, os do "arco
governativo), conhecendo as luminárias de Lisboa (do governo e da oposição),
podem distribuir favores, por muito que a crise tenha reduzido essa benemérita
missão. Favores pessoais: contratos, "negócios", empregos,
privilégios; e favores para a "terra", como subsídios para a festa do
sítio ou a conservação de uma escola ou de um centro de saúde. Sem uma
"entrada" segura no Estado central, qualquer presidente de câmara
acaba paralisado e triste, tanto mais quanto mais pequeno for o seu concelho. O
eleitorado sabe disto e por isso escolhe e torna a escolher as
"figuras", que se mexem bem no partido e na burocracia. O Estado
central, por que hoje se tangem lacrimosos lamentos, conseguiu abafar o país.
Vasco Pulido Valente - Público
quinta-feira, 19 de setembro de 2013
Aguenta Mourinho
José Mourinho contestado após derrota em Londres frente aos suíços
do Basileia, com adeptos a mostrar cartaz onde se pode ler: "José, o lugar
de Mata é no campo e não no banco". É a vida de treinador.
Mais um ano de incêndios
Verão prestes a terminar, o calor continua e o país ainda arde. Este ano, com vários bombeiros vitimados pelo fogo. Uma história que se repete: continua haver falta de meios... Com algumas variações. Houve diversos responsáveis de unidades de prevenção e combate aos incêndios que se pronunciaram sobre uma época de incêndios com tantos bombeiros mortos. Que concluíram: "Dispuseram de meios aéreos suficientes para atender às situações que os exigiam; contaram com uma adequada mobilidade das corporações pelas zonas mais atingidas; reconheceram estarem equipados com os mais modernos meios para apetrechar os bombeiros nas operações de maior risco". Assim, o que faltou ou sobrou? preparação/treino das acções de combate? competência na intervenção/comando? Ou fará sentido reflectir sobre aquilo que costuma contribuir para a irresponsabilidade? Com os meios referidos, como se justifica o elevado número de mortes? Alberto Gonçalves
O Senhor Engenheiro lembra que ainda há muito por fazer. Ângelo Correia
quarta-feira, 18 de setembro de 2013
Empreender e logo se vê
Nesta
crise mais recente surgiu a ideia desesperada de que o país se salva com uma
boa dose de empreendedorismo. E o problema do empreendedorismo é não ter nenhum
valor só por si, separado de conhecimento, seriedade e sentido prático... Carla Hilário Quevedo
O problema não é o IVA
A QUESTÃO É OUTRA
Há uma década atrás, Portugal tinha o maior número de
restaurantes per capita entre os seus
parceiros europeus. Situação estranha num país acabado de sair da penúria,
mesmo que o aumento do consumo seja o primeiro reflexo de algum crescimento nas
economias subdesenvolvidas. Foi o que por cá se passou com o aumento do poder
de compra a ser dirigido para um acelerado consumo do imediato e efémero conforto,
disfarçado de subsistência. É verdade que muitos dos que trabalham nos centros
urbanos vindos das periferias precisam de almoçar fora de casa, tal como é verdade
que muitos dos que sofrem apertos na economia doméstica se fazem acompanhar da
marmita. E porque a vida não é só trabalho, depois da oficina, é preciso passear,
sei lá, pelo menos, jantar fora. Com certeza, porque não. Mas viver é muito
mais que sair do trabalho e entrar na Casa de Pasto. Querendo exemplos esclarecedores, basta verificar o número de restaurantes existentes nos países do
norte da Europa e a reduzida frequência com que essas criaturas vão celebrar ou
jantar fora de casa. Essa gente parece o português comedido do início da
prosperidade, antes de se dedicar aos nefastos excessos. Agora, o indígena constata como
duraram tão pouco esses hábitos e com que pressa voltou a cair na pelintra
realidade dos nativos.
Considerar o aumento do IVA na restauração (de 13% para 23%)
a principal causa do desaparecimento de muitas empresas do sector, é iludir o
problema. Foi com os primeiros sinais da crise e ainda nos últimos anos de taxa
reduzida que se iniciou a ruptura, com muitos estabelecimentos do ramo a não
resistirem. A razão fundamental que acentuou a crise nesta área dos serviços foi
a progressiva perda do poder de compra e a consequente diminuição do consumo.
Para agravar a situação, foi implementada uma vigilância fiscal mais organizada e
exigente dessas empresas, com incidência na facturação e na cobrança de impostos,
processo ainda bem longe de ser eficaz e produzir resultados que se traduzam numa
tributação mais controlada e equitativa. Motivos suficientes para ser uma insensatez pensar na redução de taxa deste imposto, tal como se mantém nos países comunitários
mais próximos. Antes de qualquer desagravamento, deve estar assegurado um rigoroso combate à evasão fiscal na
hotelaria e restauração. Entretanto, não falta quem agite a bandeira da baixa
do IVA mas ninguém está contar almoçar mais barato. Seria higiénico se nos
deixássemos de inventar novos embustes para acrescentar a tantas ilusões que têm
sido postas a nu. Já nos bastou a pesada dose de prosperidade fictícia.
terça-feira, 17 de setembro de 2013
Tó Zé: temos crescimento
Logo agora, com todos os autarcas a prometerem ciclovias... O que terá crescido? O território tem aumentado, tudo se encontra mais distante, a água é o novo combustível, ou é maior o cansaço?
A pior altura do ano
Voltar à escola é uma coisa séria, chata, responsável e
muito pouco lúdica. E toda a gente sabe. Por isso não entendo as caras
sorridentes dos meninos dos anúncios a comprarem mochilas e a felicidade dos
pais a pagarem a conta. Até esses anúncios me irritam. Detesto. O regresso às
aulas cheira a Inverno apesar do sol radiante. É neurótico. Amanhã vou à praia
esquecer que os meus filhos regressaram às aulas e esquecer as centenas de
euros que já gastei nesta triste viagem... Inês Teotónio Pereira
Hora da Rússia de Putin
A RÚSSIA GANHA
A intervenção "cirúrgica" que Obama prometeu foi
felizmente comprometida pela inabilidade dele e por causa de uma coisa de que
já ninguém se lembrava, excepto para a desprezar: a opinião pública. A data
estava marcada e o plano pronto, quando Cameron e Obama descobriram, para sua
surpresa, que a Inglaterra e a América não queriam qualquer espécie de guerra.
O Parlamento paralisou Cameron; e Obama, isolado doméstica e diplomaticamente,
resolveu adquirir alguma legitimidade e pedir ao Congresso que o apoiasse, mas
logo se viu que esse apoio era duvidoso, mesmo entre os representantes do seu
próprio partido. De fora, só ficou a França, que sempre viveu entre o
autoritarismo e as revoluções. Bastou a Hollande uma discussão sem votos na
Assembleia Nacional para reafirmar uma aventura que mais de 60 por cento do
eleitorado rejeita.
A incerteza e as demoras que estas peripécias provocaram
deram à Rússia uma grande oportunidade: a oportunidade de aparecer como
intermediária entre a Síria e Obama numa situação em que o Ocidente se tinha
metido num beco sem saída. Que vantagens tira a Rússia disso? Fora o prestígio
de Estado "normal" (que anda longe de ser), mete a América, se ela
por acaso aceitar, num sarilho sem fim. A proposta de retirar ou destruir o
arsenal químico de Assad (que se calcula entre 1000 e 10.000 toneladas de gás)
é manifestamente absurda. Para começar, exige que Assad confesse onde o
escondeu, ou seja, por outras palavras, concede a Assad uma grotesca confiança.
Em segundo lugar, exige à volta de 1000 peritos, que, para se moverem em
segurança, precisam de tropas da América, da Europa e da Rússia. Em terceiro
lugar, exige dinheiro: muito dinheiro. Em quarto lugar, exige um armistício
entre as várias partes da guerra civil, que pode durar, com optimismo, quatro
ou cinco anos. Finalmente, exige o fortalecimento de Assad - como se
compreenderá, indispensável a tudo isto.
A situação agora é esta. Se as negociações entre a América e
a Rússia falharem, a Rússia acusará, como de costume, a América de imperialismo
e má-fé; e Obama ficará praticamente impedido de avançar com a sua
"intervenção cirúrgica". Se as negociações não falharem, a América
entregará sem um gesto a Síria ao sr. Putin. Mas, pior do que isso, a
incapacidade da esquerda (americana ou não) para perceber as realidades do
poder será arrasadoramente provada e a América voltará tarde ou cedo a uma
forma atenuada de isolacionismo. O que de certeza não fará bem nenhum ao mundo.
Vasco Pulido Valente - Público
segunda-feira, 16 de setembro de 2013
Obama e a América no Mundo
Putin acaba de se afirmar como o verdadeiro mestre no
complexo xadrez do Médio Oriente. Ou como um autocrata que fez da nascente
democracia russa uma caricatura grotesca se permite dar lições de moral e de
bons costumes. Os que não gostavam de um Mundo onde a América intervinha com
frequência, vão ver agora se gostam de um mundo de onde ela está ausente... José Manuel Fernandes
Democracia à portuguesa
Destes já estamos aliviados. Quanto à informação livre para saciar a populaça, faz todo o sentido. Mas ter de conviver com malabarismos de artistas manhosos em doses industriais, é penoso. Paulo Pinto Mascarenhas
Fragilidade da política
“Estão a acontecer mais mudanças do que aquelas que
conseguimos compreender. Ninguém sabe ao certo para onde vai. Por isso é errada
a tendência muito na moda de dizer que sabemos o que devia ser feito. E devemos
ser sinceros e reconhecer que também não sabemos o que deve ser feito. Por vezes
estamos a criticar o que é feito pelos políticos com base na ideia de que os
cidadãos saberiam perfeitamente o que deveria ser feito, mas que infelizmente
tivemos o azar de nos ter caído em cima uma classe política que não sabe o que
fazer”.
“As pessoas que conseguem mudar o mundo são os moderados e não os radicais. São os
moderados dos diferentes partidos que mudam as coisas. Como por exemplos, os
negociadores da paz na Irlanda do Norte ou Nelson Mandela. Foram Gandhi e
muitos outros que alteraram para sempre a forma de ver as relações de poder,
sem ser no sentido caótico, bárbaro e assassino que foram os de Hitler,
Estaline ou Mao”.
“A política, na sua essência, é a arte do possível e da
escolha do mal menor. A decepção fará sempre parte dela, porque a política é
sempre a escolha entre uma coisa mal e uma muito pior. Na verdade, a ideia de
podermos criar uma espécie de paraíso na terra tem-nos custado muito caro.
Seria bom que percebêssemos que ninguém, nenhum de nós, sabe sair deste
atoleiro. Mas que há uma forma simples de descobrir quem sabe ainda menos: os
que fazem de conta que sabem”.
Ideias a reter que ajudarão a compreender melhor o momento actual. Henrique Monteiro
domingo, 15 de setembro de 2013
Mundos com lados estranhos
Que mundo será este, que realidade será esta, que criaturas serão estas, que sentido fará tudo isto?... Como o problema não deve ser o Cristiano Ronaldo nem o Real Madrid, o que será, então?... Ou não será problema?
Fora da toca
Nas televisões, já se esticou por quase todas e até foi burro numa delas. Quanto a mocinhas, não é novidade que dê para ficar grilado. Notícia seria se o Grillo fosse outro.