segunda-feira, 16 de setembro de 2013

Fragilidade da política



“Estão a acontecer mais mudanças do que aquelas que conseguimos compreender. Ninguém sabe ao certo para onde vai. Por isso é errada a tendência muito na moda de dizer que sabemos o que devia ser feito. E devemos ser sinceros e reconhecer que também não sabemos o que deve ser feito. Por vezes estamos a criticar o que é feito pelos políticos com base na ideia de que os cidadãos saberiam perfeitamente o que deveria ser feito, mas que infelizmente tivemos o azar de nos ter caído em cima uma classe política que não sabe o que fazer”.
“As pessoas que conseguem mudar o mundo  são os moderados e não os radicais. São os moderados dos diferentes partidos que mudam as coisas. Como por exemplos, os negociadores da paz na Irlanda do Norte ou Nelson Mandela. Foram Gandhi e muitos outros que alteraram para sempre a forma de ver as relações de poder, sem ser no sentido caótico, bárbaro e assassino que foram os de Hitler, Estaline ou Mao”.
“A política, na sua essência, é a arte do possível e da escolha do mal menor. A decepção fará sempre parte dela, porque a política é sempre a escolha entre uma coisa mal e uma muito pior. Na verdade, a ideia de podermos criar uma espécie de paraíso na terra tem-nos custado muito caro. Seria bom que percebêssemos que ninguém, nenhum de nós, sabe sair deste atoleiro. Mas que há uma forma simples de descobrir quem sabe ainda menos: os que fazem de conta que sabem”.

Ideias a reter que ajudarão a compreender melhor o momento actual. Henrique Monteiro

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