segunda-feira, 30 de setembro de 2013

É com o senhor presidente



Para o cidadão comum, aquilo que acontece numa cidade como Lisboa, é necessariamente resultado das decisões - ou da falta delas - dos senhores que ocupam a autarquia. Em países civilizados, é possível visitar uma cidade ou ler sobre uma cidade e nem sequer notar a existência do senhor presidente da câmara. Em Portugal, isso seria estranho. Não há "apontamento de reportagem" acerca de qualquer lugarejo sem depoimento do senhor presidente. Não há jornal local sem 30 fotografias do senhor presidente. Não há procissão de Nossa Senhora dos Aflitos sem a presença do senhor presidente junto da protagonista. Não há instalação instalada em galeria sem autorização do senhor presidente. Não há garrafa de vodca aberta às duas da madrugada sem uma vénia ao senhor presidente, que afinal criou as "condições" para que os súbditos se embriagassem com galhardia. O senhor presidente, emanação do Estado, encontra-se por toda a parte, numa consumação assustadora das "políticas de proximidade" que o jargão da classe promete "incrementar". Puro Terceiro Mundo? Obviamente... Alberto Gonçalves

Sem comentários: