E que tal, amanhã, nova comissão de inquérito parlamentar? Força camaradas!
quarta-feira, 31 de julho de 2013
Sócrates com a lata de sempre
Os deputados estão muito mais interessados em desacreditar a ministra das Finanças do que preocupados com os desvarios desastrosos que originaram os contratos swaps. Portugal insiste em ser dirigido por criminosos sem vergonha e não deixa de ter memória curta. Assistir ao inenarrável Sócrates a vociferar contra as mentiras dos actuais responsáveis é um escândalo chocante, capaz de indignar os mais tolerantes com a sua nefasta passagem pelos governos do País. Sócrates é o rosto dos swaps.
Forçoso dar nas vistas
Se por mero absurdo as "escutas" do Rato existissem
de facto, o caso assumiria enorme gravidade, exigindo intervenção eficaz e a
detenção urgente dos perpetradores. Não para os punir, mas para os tratar. Se
houvesse à face da Terra uma única criatura interessada em ouvir as conversas
mantidas pelo dr. Seguro e respectivo séquito, esse infeliz careceria de ajuda
especializada e imensa compaixão. Pelo amor de Deus: a cada intervenção pública
do estado-maior socialista há militantes (nem me refiro aos populares
desprevenidos) que, sempre que não adormecem, tentam cortar os pulsos. Que
espécie de desarranjo mental seria necessário para espiolhar deliberadamente as
intervenções privadas daquela gente? A medicina ainda não sabe. Se soubesse, o
dr. Francisco George teria emitido um alerta a propósito... Alberto Gonçalves
terça-feira, 30 de julho de 2013
É um desabafo ou será febre?
OS VELHOS
Um dos grupos sociais que têm pago e sofrido mais com a
crise é sem dúvida o dos reformados; e o governo usa e abusa deles como não usa
e abusa da população activa. Isto já vem desde 2005-2006 e continua
imperturbavelmente na balbúrdia de hoje. Esmagar os fracos nunca foi um plano
de batalha muito difícil de perceber, nem infelizmente muito impopular. Desde o
inominável eng. Sócrates (que, esperemos, não voltará) ao iluminado sr. Gaspar,
nem um único ministro resistiu à atracção de espremer a massa inerte dos
reformados. Que suportavam, e suportam tudo, perante a indiferença dos partidos
políticos, da imprensa, da televisão e da opinião pública, que tanto se aflige
com as desgraças do desemprego juvenil. Os jovens merecem uma vida, mas parece
que os velhos não merecem nada.
O dr. João Salgueiro chegou a sugerir que os reformados
fizessem um sindicato deles. Não percebeu, como é óbvio, a manifesta
impossibilidade do exercício. A primeira praga dos velhos é o isolamento. Sem
amigos, nem camaradas, porque uns morreram, ou estão doentes no hospital ou em
casa, ou vivem numa miséria tão profunda que ficaram sem forças para resistir.
De resto, os poucos privilegiados, a quem sobra um vestígio de energia e de
indignação, perderam o lugar por excelência para se encontrarem e se
organizarem: o lugar do trabalho. Aos vários governos, que nos trouxeram à
presente desgraça, não escapou esta impotência essencial. E a troika, que teme
distúrbios, concorda alegremente com a receita. Se um belo ano morrermos todos
simultaneamente, haverá uma grande festa nas Finanças.
Entretanto, se a pensão não chegar ou diminuir para além do
tolerável, os velhos, tirando uma pequeníssima minoria, não conseguem, como os
jovens, encontrar trabalho. Mesmo fortes, mesmo lúcidos, mesmo competentes e,
às vezes, competentíssimos, ninguém os quer. Pior do que isso: no bom tempo, os
velhos mereciam o respeito da generalidade da populaça. Agora, não. A
deferência e a delicadeza com que eram tratados desapareceram e, no lugar
delas, apareceu uma arrogância e um desprezo, uma espécie de ironia perversa
que os põe firmemente à margem como se eles não tivessem também o direito de
viver. E, segundo Passos Coelho, um perene jovem, e os seus sócios na
"Europa", de facto não têm. Esse minúsculo bando que nos pastoreia
prepara em público e com a boa consciência da loucura um plano para o
extermínio democrático dos velhos. E nós, claro, marcharemos sem um pio para o
nosso destino.
Vasco Pulido Valente - Público
Repetir o que importa saber
Os incêndios foram ateados no tempo do PS. A ministra Maria
Luís Albuquerque pode ter sido uma bombeira demasiado lenta ou até cobarde. Mas a propagação
dos contratos swap e contratos PPP é filha do tempo socrático, do tempo em que
o socialismo cavalgava o tal capitalismo de casino. O que interessa saber,
portanto, é o seguinte: por que razão foi o dossier swap construído ao logo da
década? Estava Teixeira dos Santos a dormir? Onde estavam os reguladores, os vigilantes deputados e jornalistas no momento da concepção destas pérolas financeiras? A
espuma criada nos últimos dias só beneficia o prevaricador e, como sempre, branqueia
o pesadelo socrático… Henrique Raposo
Novo diagnóstico, velha terapêutica
Neste país de esbanjadores, sorvedouro de dinheiro mergulhado na ruína, a populaça vai despertando do sonho ilusório e contempla o descrédito atingido pela nação. Eis a degradante penúria justificada com os pecados capitais de uns quantos políticos irresponsáveis. Tudo assim, sem grande agitação e sem muitas mudanças. Uma coisa é o Tribunal de Contas outra o Tribunal Constitucional, que não se esqueça. Bruno Proença
segunda-feira, 29 de julho de 2013
Olha quem fala!
Como fala e onde fala... O povo português devia tentar conhecer os "enormes
progressos" alcançados em Angola e não fixar-se nas "coisas
negativas", defendeu hoje em Luanda o secretário-geral da União das
Cidades Capitais de Língua Portuguesa (UCCLA). Vigilantes da alma lusa.
Culto da personalidade (?)
Com a Jornada Mundial da Juventude, a Cidade Maravilhosa,
tradicionalmente, mais voltada para os prazeres do pecado (se é que existe
pecado do lado de baixo do Equador), foi, por uns dias, envolvida pelas brumas
da bem-aventurança e pelo caos nos transportes públicos - no Brasil não há
bichas… Nessa espécie de Woodstock do Papa Francisco, de regresso a Niterói. no
barco que atravessa a baía da Guanabara, grupos de jovens cantaram e gritaram
incessantemente que eram a juventude do Papa, enquanto a um canto um casalzinho
totalmente alheio à militância mística dos companheiros se deixara envolver
pelas névoas da concupiscência e atentava ostensivamente contra a castidade,
beijando-se com um fervor claramente pecaminoso… Marinho Pinto
Há quem esteja à espreita
A pose, uma questão incontornável. Tó Zé Seguro é uma criatura esforçada com o difícil papel de ser oposição numa fase complexa e a quem todos vão dando razão sem relutância. Só que nos bonecos da política, é retratado como um inseguro cheio de dúvidas e hesitações, o que é demolidor para a reputação de um líder político. À beira desta nefasta imagem, os desabafos de Soares são mimos. Nicolau Santos
domingo, 28 de julho de 2013
Páginas amarelas
Não perca a paciência à espera de um operador; prima no diabo que o carregue. Já temos que chegue para nos aborrecer. Santana Lopes
Onde isto já vai
Ainda que mal pergunte: não gosta de ovos e tomates, ou são manias de certas repúblicas? "Mamma mia"
Estender Jel em Cascais
Mais um candidato às autárquicas? Não podia escolher melhor partido de causas difíceis, melhor director de campanha, por acréscimo, a fina flor do eleitorado tuguês. O homem certo, na luta certa, bem assessorado.
sábado, 27 de julho de 2013
Escolha, por muito que lhe custe
Exige-se um esclarecimento. Afinal, que Governo é este? O da
pancadaria dos cortes ou o dos beijinhos do crescimento? Convém saber, que é
para não levarmos pancada quando esperávamos um beijinho... Luciano Amaral
Livraria Sá da Costa no Chiado
O sítio de livros que melhor conhecia e que mais visitei na capital, à procura de edições exclusivas de alguns dos mais interessantes autores nacionais. Onde sempre se reconhecia alguém da especialidade.
Lucidez manhosa
Sempre que Mário Soares começar com a lengalenga de muito admirar qualquer criatura influente, é melhor desconfiar de tal consideração. Não será preciso muito para entrar no saco das desilusões. Foi assim com Passos Coelho, é assim com Tó Zé Seguro. E o Papa Francisco anda a ser ameaçado. Senão veja-se como tanto se indignou com D. Manuel Clemente no dia em que se tornou Cardeal Patriarca. É possível que estejam a lembrar-se como insistia na inabalável amizade por Mitterrand...? Isso não era consideração, era inveja de lambe-botas. Nunca a qualquer indígena foi tolerado tanto disparate, sob a capa de superior luminária. Ser criança sempre que um velho quiser, e pronto. Entrevista ao Jornal i
sexta-feira, 26 de julho de 2013
Homem certo no lugar errado
Álvaro, um ministro desprezado pela snobeira nativa, espécie de palhaço nacional que não cuidou da Lisboa do almocinho, da palmadinha, do empurrãozinho, do jeitinho naquela cena... O que bastou para as nossas elites provincianas transformarem um tótó vindo da estranja num saco de boxe, sempre a jeito para ser socado durante dois anos. Desafiou a ética almoçarista dos manhosos e foi o que se viu... Henrique Raposo
quinta-feira, 25 de julho de 2013
Pontualizando, como por lá se diz
Dos duzentos e poucos passageiros que viajavam no "Alvia" da ligação Madrid-Ferrol, há 80 mortos confirmados. É muita gente. Como é possível que numa linha nova, com comboios recentes e
sistemas de controlo e limitação de velocidade remotos, se circule a 190 km/h
numa zona limitada a 80 km/h? Não estamos livres, de um destes dias, a ligação diária Porto-Vigo ser conduzida por um destes loucos.
As causas e os malandros
Eles falam, falam, falam... e parece que já ninguém os ouve. O pior é que há tanto por fazer e não os vemos fazer nada. E com um tempo tão bom, até ajudava. Paulo Morais
Só podia ser obra de Soares
Há coisas que apenas alguns eleitos conseguem alcançar. Como a salvação de um moribundo contribuiu para a mudança de rumo na vida dos sul-africanos:
O mundo inteiro festejou os 95 anos de Mandela, um homem que
esteve longos anos preso e que, uma vez libertado, pela pressão internacional,
acabou com o apartheid, graças também ao Presidente De Klerk, que finalmente
compreendeu, contra a pressão dos militares, que sem a sua libertação era
impossível acabar com o isolamento internacional a que a África do Sul estava
sujeita pela ONU e quase todos os países do mundo.
O azar e a circunstância de o meu filho, João Soares, ter
tido um desastre de avião, com outros portugueses, e serem depois levados a fim
de serem tratados num hospital em Pretória. O meu filho era o único que estava
à beira da morte, o que levou a minha mulher, filha e a minha nora, bem como o
meu sobrinho, médico, Eduardo Barroso e o meu médico Daniel de Matos a viajar
de imediato para Pretória.
Eu era, nessa altura, Presidente da República e tinha, nesse
mesmo dia, que partir numa visita oficial a dois países europeus (Hungria e
Holanda). Por isso não pude ir logo, como desejava.
Mas quando regressei a Lisboa fui para Pretória, apesar de,
por decisão da ONU, nenhuma autoridade política dever ir à África do Sul.
Contudo, não hesitei, porque acima de tudo, estava a vida do meu filho.
Fui. E os sul-africanos tiraram algum partido disso. Tinha à
minha espera no aeroporto o ministro dos Negócios Estrangeiros, Pik Botha, que
me apresentou cumprimentos do Presidente De Klerk. Fui imediatamente para o
hospital e o médico director, excelente, explicou-me, com grande rigor, que o
meu filho estava em coma, com poucas possibilidades de viver. Foi terrível para
mim, como para toda a família. Contudo, dias depois, começou a dar sinais de
vida.
Foi então que recebi de novo a visita de Pik Botha, que me
transmitiu um convite de De Klerk para almoçar. Entendi dever ir. É aqui que volto a Mandela, que continuava preso. De Klerk
disse-me que não queria a África do Sul isolada do mundo. Desejava, de seguida,
acabar com o apartheid. Respondi-lhe: "Isso é impossível." Mas
disse-me tencionar, nos próximos dias, pôr em liberdade outros presos
políticos. Citei-lhe o exemplo espanhol de Adolfo Suarez, então
primeiro-ministro, que também quis abrir a porta a todos os exilados excepto ao
líder do Partido Comunista espanhol, Santiago Carrillo.
De Klerk ficou a pensar. E no dia em que, dadas as melhoras
do meu filho, regressei a Lisboa, o ministro Pik Botha esteve de novo no
aeroporto à minha espera e disse-me: "Hoje à noite vamos libertar dez
prisioneiros políticos, como verá quando chegar a Lisboa. Mas não
Mandela." Respondi-lhe: "É bom, mas não consegue resolver o problema
do isolamento da África do Sul." Passaram as semanas até que Mandela foi
finalmente libertado. Foi uma explosão de alegria universal. Nelson Mandela
algum tempo mais tarde foi eleito Presidente da República.
Mário Soares - DN
quarta-feira, 24 de julho de 2013
Para não descuidar o laranjal
A anunciada remodelação da maioria governamental engendrada por Cavaco está concluída. Dos únicos ministros que deixaram produção à vista, o Álvaro seguiu o caminho do Gaspar, por serem ambos exemplares doutra reserva. O PSD aliviou as suas tarefas e aumentou na representação. O CDS fez outra partilha e distribuição. Para a economia chegou Pires de Lima, para mais política e menos acção, como tantos pediam. Assunção Cristas vai reduzir no palavrório e compensar na amamentação. Pedro Mota Soares ficou com o trabalho restante e foi promovido a Lambreta. Passos Coelho não merecia a sorte que teve. Henrique Monteiro
Marco António Costa, até agora secretário de Estado, troca governo pelo PSD, para substituir o novo ministro social democrata, Jorge Moreira da Silva. Vai assumir a coordenação política por indicação do líder do partido, Pedro Passos Coelho. O aparelho partidário laranja sempre exigiu cuidados especiais. Sem surpresas, é um regresso de um homem da máquina ao seu lugar natural.
Má gestação no Largo do Rato
Negar a Cavaco o momento triunfal em que Passos, Seguro e
Portas assinariam o Acordo de Salvação Nacional foi o grande objectivo de
Soares e Sócrates. O ódio dos socialistas do passado a Cavaco falou mais alto
que o seu amor pelo PS do futuro. E Seguro não percebeu que ao rejeitar o
acordo comprometia o seu futuro como primeiro-ministro e alienava o único
aliado que teve até agora: Cavaco Silva... Helena Matos
Quanto a combater o tédio, na falta de melhor, manter Tó Zé Seguro debaixo de olho e sob escuta. Paulo Pinto Mascarenhas
Depois do acordo que não houve
O acordo imaginado pelo Presidente Cavaco falhou e tinha de
falhar. Como seria difícil supor que a Nação se salvaria assim, não se perdeu
nem se ganhou nada. Ainda que alcançado - e ainda que sincero - o acordo apenas
constituiria um pacto entre uma coligação empenhada em mudar pouquinho para que
tudo fique na mesma e uma oposição convicta de que o pouquinho é demasiado. O
PSD (e, pelo menos teoricamente, o CDS) sujeita o país à inevitável penúria
quase sem beliscar as causas da dita. O PS rejeita a penúria e propõe-se
insistir nos delírios que a provocaram. De um lado, empobrecimento sem
reformas; do outro, crescimento sem realidade. Seja como for, o Estado acabará
reformado, mas com uma pensão baixíssima, dívidas a rodos, um diagnóstico de
demência e a típica agonia solitária em lar clandestino. Quem sobrar para
recordar a actual austeridade, terá saudades. Mas o que seria de Portugal sem
criaturas capazes de certas produções… Alberto Gonçalves
terça-feira, 23 de julho de 2013
Arranjinhos ao léu
Pouco adianta ser da melhor nata se nasceu para pastel. Foi para isto que se lembraram de ir buscar o Álvaro? Os dos amanhos ficam.
O aborto e a parturiente
Coisas que só em Portugal podiam ser paridas. O Tribunal Administrativo
de Lisboa aceitou a providência cautelar interposta em Janeiro por um grupo de
cidadãos contra a decisão do Ministério da Saúde de encerrar a Maternidade
Alfredo da Costa (MAC) e transferir os partos para o Hospital Dona Estefânia.
Na sentença, a juíza do tribunal dá ao Ministério da Saúde
um prazo máximo de 15 dias para repôr o funcionamento de todos os serviços da
maternidade, nomeadamente os que foram sendo desactivados ao longo dos últimos
meses. "Decreta-se a manutenção da MAC em funcionamento, com todos os seus
serviços e valências", refere a sentença.
A providência cautelar foi interposta pelo advogado Ricardo
Sá Fernandes e por um grupo de cerca de 30 cidadãos, entre os quais o
ex-ministro da Saúde Correia de Campos e o bastonário da Ordem dos Médicos,
José Manuel Silva, com o objectivo de travar o fecho da MAC e de manter a
instituição em funcionamento até à construção do futuro Hospital Oriental de Lisboa.
"É uma decisão histórica do tribunal, que vem evitar um golpe que seria
muito prejudicial para o país. A Maternidade Alfredo da Costa é um pilar muito
importante do Serviço Nacional de Saúde.
Só porque assim resolveu decidir a Meritíssima Juíza,
interessando-lhe pouco que continue haver partos sem os cuidados médicos que só
as unidades hospitalares gerais podem disponibilizar. Dar à luz na MAC tem
êxito assegurado e garantia completa. Igual entendimento deve ter o Presidente da Câmara de
Lisboa. Henrique Raposo
Para juntar à felicidade de William e Kate
Mas se o Presidente tivesse ficado pelo Cabo da Roca, o resultado teria sido
o mesmo compromisso, com a vantagem de poupar uns milhares de euros do erário
público. Mania das grandezas.
segunda-feira, 22 de julho de 2013
Delírio em negócios da China
Salvação nacional é rendimento familiar disponível para
haver crescimento da população. Sem isso não haverá sustentabilidade económica
nem geracional. Necessária mais gente para evitar falência do Estado. Os nossos credores
têm de perceber o muito que fizemos em pouco tempo e darem-nos mais tempo. Nós
temos de perceber que não podemos beneficiar de um Portugal moderno sem custos.
Mas não foi caminho perdido o que conseguimos até aqui. Que pensarão as massas consumistas? (continuação) Entendimento por Deus dado.
Não passou de um equívoco
O que nem ao diabo lembraria. Por isso, não se percebe
porque é que uma plêiade de pessoas tão ilustres aplaudiram e requereram um
compromisso nos termos em que foi feito. É do catano! Ângelo Correia
Fim do Big Brother de Bélem
Terminou um compasso de espera inadmissível que transformou uma hipotética salvação nacional num lamentável jogo do faz de conta. Lamentavelmente, foi assim que saiu vencedor o improvável Passos Coelho
domingo, 21 de julho de 2013
Da casa dos outros
Muito bem. Como tantas outras interessantes, coisas que não merecem ser levadas a sério. Paulo Pinto Mascarenhas
Geração de políticos menores
O que verdadeiramente importa é aquilo "cagarra". Paulo Fonte
Foi para isto que estiveram tantos dias a "negociar"? João Pereira Coutinho
Casa onde não há pão... e Cavaco quis ter razão. Moita Flores
Belém terá visto no previsível desentendimento dos partidos uma hipótese de também readquirir popularidade e reocupar o centro de decisão no país. Fernando Santos
Os partidos decidiram sentar-se à mesa anunciando boas intenções. Mas com um acordo inconfessado: nenhum deles acreditava que o consenso fosse possível. Viriato Soromenho Marques
Um pedido de desculpas às gerações futuras: esta é a
primeira geração, em muitas décadas, que se prepara para deixar aos filhos
menos do que recebeu dos pais - e isso envergonha. Paulo Baldaia
Que mais pode acontecer
Portugal não muda, nem mudará facilmente. Continua nas mãos de garotada irresponsável. Mais uma vez, com a populaça a lamentar por serem todos uns malandros e com um patriarca impotente prestes a voltar ao silêncio. Aguente quem não tiver alternativa a esta balbúrdia. Henrique Monteiro
sábado, 20 de julho de 2013
Soares, um dos mais fixes
Soares é mesmo fixe. Nunca ninguém dinamitou tão bem a
direita nos períodos de fragilidade, ao mesmo tempo que ajudava a esquerda a
recuperar das fases mais aflitivas. Ainda agora voltou a ser um excelente
"adesivo", útil para Tó Zé (In)Seguro fixar os seus receios de dizer
não. Alberto Gonçalves
Sinais da tensão à esquerda
Como a boa-fé pode trair expectativas. Pode ser que no quotidiano dos partidos, nada continue a ser como até agora, no que é bem difícil de acreditar. Oxalá o problema fosse Sócrates. José Manuel Fernandes
Tó Zero, à esquerda ou à direita
Pois não... para acabar com a austeridade e promover o crescimento. Quem diria, ser capaz de tanta firmeza e determinação. Henrique Monteiro
sexta-feira, 19 de julho de 2013
Portugal no seu melhor
Barbearias da Carris? Coisas que fazem dos nativos uma casta esquisita, entre as criaturas que ocultam vergonhas com as roupas que vestem. Que anedota de país.
quinta-feira, 18 de julho de 2013
Cavaco entretido com passarinhos
Certamente, os que de fora pensam nos chamados superiores interesses de Portugal, aguardarão o acordo de "salvação nacional" como uma das últimas hipóteses que restam ao País para sobreviver dignamente. E os protagonistas políticos envolvidos nas discussões? É do interesse nacional que se ocupam, ou dos ganhos e perdas das agremiações próprias?
Os que têm dilema de simples escolha são o PSD e o CDS. Existindo acordo, gozarão de alguma solidariedade dos socialistas e ganharão algum tempo para preparar o futuro. Mas perdem a possibilidade de estarem no governo até final da legislatura e qualquer autonomia política da que lhe restava. Se o acordo ficar pelo caminho só desaparecerá a compreensão dos fiéis de Seguro. Em qualquer dos casos, sempre terão enormes prejuízos e diminutos benefícios.
O caso do PS é bem mais complexo. Com acordo fica ligado às políticas que sempre disse recusar; Seguro será o alvo abater onde se centrará toda a contestação rebelde; aumentará a guerrilha interna conforme diminua a força eleitoral. Sem acordo fica reduzido a partido de protesto e assumirá de seguida as políticas que afundaram o actual governo. Se houver acordo vai-se a popularidade, se não houver vai-se a credibilidade.
Entretanto a populaça aguarda e continua haver quem espere ou acredite no tão ansiado acordo. Nicolau Santos - Henrique Monteiro
Seguros a cortar carnes verdes
O Partido Socialista recebeu do Presidente da República a promessa de chafurdar no "pote". No entanto, a posição de António José Seguro não está fácil. Complicado ajudar a reparar estragos socráticos de ontem e leviandades da coligação actual. Pelo caminho, é afrontado pela esquerda da contestação e ameaçado pelos rebeldes da família socialista. Um problema a exigir audácia bastante. Mas é de ficar verde, pelo menos por fora. Paulo Pinto Mascarenhas
Como se esforça a troika nacional
Enquanto decorrem as solenidades partidárias, ora em casa de um, ora em casa de outro, o alto dignitário da jangada ocidental, partiu equipado a rigor para uma pausa nas "Ilhas Selvagens". Mas com a bagagem cheia dos muitos enigmas que as cabeças dos nativos não conseguem decifrar. Alberto Gonçalves
quarta-feira, 17 de julho de 2013
Acordo na ordem de outro dia
A troika partidária e governativa continua a fazer chegar sinais de que ainda se discute o assunto. Que pelo menos ultrapassem as banalidades de que tantas vezes se ocupam. Haverá razões para ter fé e acreditar num acordo, quando todos os envolvidos apenas repetem que estão reunidos de boa-fé? Isso não basta. Que Deus nos ajude a escolher a crença certa. Entretanto, as pressões sucedem-se. Pode ser um contributo decisivo para o pouco empenho até agora manifestado. O dia começou com o apelo dos parceiros sociais (confederações patronais e sindicais) e termina com empresários e economistas a solicitarem entendimento dos partidos através de manifesto.
E a crise fará o seu caminho
Ao mesmo tempo claro e obscuro, errado e ambíguo, tardio e
antecipado. Que desconcerto de Cavaco. O que não tem remédio remediado está senhor engenheiro. Ângelo Correia
O problema é a Inglaterra
O Rei de Espanha está de visita à Monarquia de Marrocos. Don Juan Carlos, em vez de ir para o norte de África mostrar que está em boa forma para continuar a reinar com os espanhóis, melhor ajustasse contas com os marroquinos sobre o Sáara Ocidental, território que Espanha administrava e acossada abandonou à sorte da Frente Polisário. Hoje é Marrocos que tem sob seu controlo a zona rica em minérios para uma exploração completa e segura das terras usurpadas.
Quando tratam de relações internacionais, no início de novo ciclo político, os espanhóis visitam em primeiro lugar Marrocos para, com subserviência, aguentar Ceuta e Melilla com o sossego possível. De seguida, correm para o beija-mão com a França, à espera de qualquer dia se reconhecerem do mesmo tamanho. Por fim, passam (sempre dizem de passagem) por Portugal, a caminho dos países sulamericanos amigos. Inglaterra é de outro mundo e por isso ainda existe Gibraltar. Quem mandaria Portugal ser amigo dos ingleses? Para não esquecer Olivença.
terça-feira, 16 de julho de 2013
Deserto de ideias e tanta criatura
SEM PASSADO E SEM FUTURO
Depois de arrasado este país pela "Europa" e pelos
políticos, fica ainda alguma memória política útil para recomeçar uma vida
normal? Para não passar do século XX, porque o século XIX não se recomenda, é
preciso ver se a herança da I República nos deixou tradições que possam unir e
servir os portugueses. Não deixou com certeza uma tradição democrática ou de
reverência pelo direito estabelecido. Não deixou também uma tradição de
"fomento" económico (como à época se dizia). Mesmo com o intervalo da
Ditadura, não sobra desse tempo tumultuoso e violento mais do que a separação
do Estado e da Igreja, um ponto que hoje ninguém discute e ninguém quer mudar.
Originária de uma revolução acabou com um pronunciamento militar, que nos
trouxe, para nosso mal, o dr. Oliveira Salazar.
O dr. Oliveira Salazar não se esforçou muito para tornar
Portugal menos pobre, até porque sabia (e não se enganava) que um Portugal sem
fome e sem miséria o punha em risco. Liquidou pelas mesmas razões qualquer
vestígio de liberdade (fosse ela inócua) e, ajudado pela polícia secreta, criou
na classe média uma inclinação tenaz para a irresponsabilidade e a
subserviência, que persistem até hoje no funcionalismo e nos partidos. A
Ditadura caiu, como a República perante um pronunciamento militar, já quando
Salazar morrera e Marcelo Caetano governava numa situação desesperada. Do
regime, que um e outro se esforçaram por perpetuar, nada se aproveita; e os
portugueses colectivamente esqueceram essa longa tragédia que se abateu sobre
eles. Nem a direita gosta de se lembrar ou ser lembrada do seu triste reino em
Portugal.
Não vale a pena falar do PREC, que desapareceu depressa. Mas
vale a pena falar dos 30 anos de democracia a seguir a 1976. Dos quatro
partidos que emergiram na nova democracia, nenhum conseguiu criar a sua
história ou a sua própria memória. As reviravoltas do CDS não permitiram que
emergisse a mais leve forma de continuidade. No PSD, Sá Carneiro é usado de
quando em quando para sossego dos "notáveis" da casa, mas por si só
não chega para fundar uma tradição ou sequer um estilo. Cavaco, sendo um
indivíduo sem o menor atractivo humano, não convenceu os portugueses, tirando
um grupinho de fiéis que se agarra a ele por ambição. O PC, que se transformou
num arcaísmo, na prática não existe. E o PS, na falta de Soares, que nos livrou
do PREC, foi pouco a pouco corrompido por um bando de espertalhões, que não se
distinguem bem dos seus colegas do PSD e do CDS. Se houver um dia a necessidade
de pôr em pé um novo regime político, onde o vamos buscar?
Vasco Pulido Valente - Público
"Celtas da Tabacalera e da Renfe"
"Celtas largos, cortos, selectos", o tabaco dos pelintras, a fumaça nacionalista do franquismo. Agora continua a fumegar mas virou "tren de espera gallego". Porquê Celta?
O que não é para suspender
Não faltam exemplos que ilustram o insignificante apreço pela liberdade e a menoridade democrática do indígena... Até prova em contrário. As exigências do momento dizem respeito à capacidade dos partidos políticos demonstrarem que estão altura do que deles se espera. Henrique Monteiro
segunda-feira, 15 de julho de 2013
Cavacologia aplicada ao momento do País
O Presidente da República surpreendeu e procurou forçar um acordo. E fez
bem ao exigir um entendimento entre os três partidos subscritores do memorando. Mas é
porventura demasiado tarde. Dentro de alguns dias perceberemos melhor se jogou
póquer ou xadrez. José Manuel Fernandes
Jamais causas perdidas
DESCULPE, PRESIDENTE EVO MORALES
Esperei uma semana que o Governo do meu país lhe pedisse
formalmente desculpas pelo ato de pirataria aérea e de terrorismo de Estado que
cometeu, juntamente com a Espanha, a França e a Itália, ao não autorizar a
escala técnica do seu avião no regresso à Bolívia depois de uma reunião em
Moscovo, ofendendo a dignidade e a soberania do seu país e pondo em risco a sua
própria vida. Não esperava que o fizesse, pois conheço e sofro o colapso diário
da legalidade nacional e internacional em curso no meu país e nos países
vizinhos, a mediocridade moral e política das elites que nos governam, e o
refúgio precário da dignidade e da esperança nas consciências, nas ruas e nas
praças, depois de há muito terem sido expulsas das instituições. Não pediu
desculpa. Peço eu, cidadão comum, envergonhado por pertencer a um país e a um
continente que são capazes de cometer esta afronta e de o fazer de modo impune,
já que nenhuma instância internacional se atreve a enfrentar os autores e os
mandantes deste crime internacional. O meu pedido de desculpas não tem qualquer
valor diplomático mas tem um valor talvez ainda superior, na medida em que,
longe de ser um acto individual, é a expressão de um sentimento coletivo, muito
mais vasto do que pode imaginar, por parte de cidadãos indignados que todos os
dias juntam mais razões para não se sentirem representados pelos seus
representantes…
Boaventura de Sousa Santos - Público
Caro cidadão comum
Em nome do nosso país e também envergonhado, nem sabe como lhe agradeço. Nem consigo sair à rua, quanto mais do país.