quinta-feira, 18 de julho de 2013

Cavaco entretido com passarinhos



Certamente, os que de fora pensam nos chamados superiores interesses de Portugal, aguardarão o acordo de "salvação nacional" como uma das últimas hipóteses que restam ao País para sobreviver dignamente. E os protagonistas políticos envolvidos nas discussões? É do interesse nacional que se ocupam, ou dos ganhos e perdas das agremiações próprias? 
Os que têm dilema de simples escolha são o PSD e o CDS. Existindo acordo, gozarão de alguma solidariedade dos socialistas e ganharão algum tempo para preparar o futuro. Mas perdem a possibilidade de estarem no governo até final da legislatura e qualquer autonomia política da que lhe restava. Se o acordo ficar pelo caminho só desaparecerá a compreensão dos fiéis de Seguro. Em qualquer dos casos, sempre terão enormes prejuízos e diminutos benefícios. 
O caso do PS é bem mais complexo. Com acordo fica ligado às políticas que sempre disse recusar; Seguro será o alvo abater onde se centrará toda a contestação rebelde; aumentará a guerrilha interna conforme diminua a força eleitoral. Sem acordo fica reduzido a partido de protesto e assumirá de seguida as políticas que afundaram o actual governo. Se houver acordo vai-se a popularidade, se não houver vai-se a credibilidade.
Entretanto a populaça aguarda e continua haver quem espere ou acredite no tão ansiado acordo. Nicolau Santos - Henrique Monteiro    

Sem comentários: