terça-feira, 23 de julho de 2013

O aborto e a parturiente



Coisas que só em Portugal podiam ser paridas. O Tribunal  Administrativo de Lisboa aceitou a providência cautelar interposta em Janeiro por um grupo de cidadãos contra a decisão do Ministério da Saúde de encerrar a Maternidade Alfredo da Costa (MAC) e transferir os partos para o Hospital Dona Estefânia.
Na sentença, a juíza do tribunal dá ao Ministério da Saúde um prazo máximo de 15 dias para repôr o funcionamento de todos os serviços da maternidade, nomeadamente os que foram sendo desactivados ao longo dos últimos meses. "Decreta-se a manutenção da MAC em funcionamento, com todos os seus serviços e valências", refere a sentença.
A providência cautelar foi interposta pelo advogado Ricardo Sá Fernandes e por um grupo de cerca de 30 cidadãos, entre os quais o ex-ministro da Saúde Correia de Campos e o bastonário da Ordem dos Médicos, José Manuel Silva, com o objectivo de travar o fecho da MAC e de manter a instituição em funcionamento até à construção do futuro Hospital Oriental de Lisboa. "É uma decisão histórica do tribunal, que vem evitar um golpe que seria muito prejudicial para o país. A Maternidade Alfredo da Costa é um pilar muito importante do Serviço Nacional de Saúde.
Só porque assim resolveu decidir a Meritíssima Juíza, interessando-lhe pouco que continue haver partos sem os cuidados médicos que só as unidades hospitalares gerais podem disponibilizar. Dar à luz na MAC tem êxito assegurado e garantia completa. Igual entendimento deve ter o Presidente da Câmara de Lisboa. Henrique Raposo 

Sem comentários: