sexta-feira, 31 de maio de 2013

"Fenómeno Mourinho"



FIM DA PASSAGEM DO PORTUGUÊS POR MADRID

Este fim-de-semana chega ao fim a tarefa do melhor treinador da actualidade no complicado mundo do futebol espanhol. E como a experiência tem provado, a vida de treinador estrangeiro em Espanha não é fácil. Bem pior, se for um português no comando técnico do principal clube da capital espanhola.

Entre muitas das tradições madridistas sustentadas por um histórico de títulos invulgar, o Real Madrid é também o clube do mais exacerbado e controverso centralismo nacionalista, onde os profissionais estrangeiros com algumas afinidades com Espanha têm vida mais difícil: se forem jogadores, apenas são tolerados enquanto forem excepcionais, como é o caso de C. Ronaldo; se forem treinadores, dificilmente são reconhecidos, a não ser os originários de países que considerem superiores, como no caso de holandeses ou italianos. Com tal presunção, são implacáveis com os melhores jogadores e técnicos argentinos ou portugueses. Por essa excessiva defesa da sua gente, chegam a presumir ter grandes estrelas a jogar e a treinar nas principais ligas de futebol, como a inglesa.

Para quem conheça e tenha acompanhado o percurso de José Mourinho como treinador de excepção, teve oportunidade de verificar os principais traços da sua personalidade, sobretudo naquilo que caracteriza a postura profissional. Não seremos excessivos se considerarmos Mourinho um homem que mistura com todas as qualidades humanas e profissionais, quanto baste de arrogância ou prepotência que todos os bem sucedidos no ofício da condução de futebolistas jamais poderão dispensar. Também não será descabido referir o imenso egocentrismo do José, capaz de descuidar a super protecção que muita irresponsabilidade de alguns dos seus jogadores exigiria. Quanto à arrogância, o próprio se tem encarregado de ser peremptório: todos os grandes líderes são arrogantes (pelo menos, no caso do pontapé na bola, concordaremos). Quanto ao carácter egocêntrico, quem não reconhecer algo de fundamental que está associado ao dito culto da personalidade está ser tendencioso. Referimo-nos aos méritos na arte da comunicação, que tão bem domina e tão útil é à indústria futebolística. Só que as maldades dos media não se ficaram por aqui.        

Em relação à ancestral animosidade dos espanhóis para com os portugueses, quando Mourinho chegou a Espanha já tinha toda a imprensa castelhana munida de desconfiança e preparada para o atingir por todos os flancos. Apesar do seu curriculum e do reconhecimento universal de que beneficiava seria visado sem contemplações na primeira ocasião. E essa campanha iniciou depressa a caminhada, para delícia do José e em prejuízo dos nativos. Com as insinuações e suspeições mais desestabilizadoras, com as informações e manipulações mais deturpadoras, os mais conhecidos e influentes jornalistas foram verbalizando continuadamente a sua hostilidade contra o português. O mais estranho desta travessia de três anos, sempre foi a facilidade com que um homem só, exímio na gestão do espaço mediático que lhe pudesse corresponder, tudo conduziu como quis, contra um colectivo de profissionais da comunicação que invariavelmente, nem conseguiram ultrapassar um sectarismo do mais primário.

As principais bandeiras dos inimigos de Mourinho foram acusações pueris do tipo: não se permite que um treinador falte ao respeito aos jogadores - deviam dizer, a duas ou três“vacas sagradas” que jogam na selecção; não se aceita que um treinador se sobreponha à mística de um clube como o Real Madrid - queriam dizer, a sua obrigação era dar exemplo dos valores da casa. Só disparates de despeitados. Enquanto isso, contra Mou, qualquer birra ou traição dos espanhóis da selecção era tolerada pela subserviente imprensa de Madrid; se fossem portugueses como Pepe ou Coentrão, tanto melhor por serem do seu país; quem prejudicava o clube era um treinador que tinha acabado com um balneário habituado à auto-gestão. Se nada mais houvesse para dizer, carecia de desportivismo. Desde sempre, os adeptos acusaram a imprensa de perseguição ao técnico enquanto se mantinham incondicionais do treinador, até que a saída de Mou se confirmasse. A comunicação social acabava a sua cruzada reconhecendo que deixou enormes saudades nos jogadores do Chelsea e do Inter, quando abandonou esses clubes, sem se interrogarem porque seria tão diferente com os do Real Madrid. 

Mourinho regressa ao ponto de partida. Certamente para recomeçar novo ciclo. Em Espanha ficaram os seus principais inimigos absorvidos por uma última irritação: os jornalistas verificaram que ninguém ganhou a guerra contra Mourinho. Como simbólico estertor convidaram o presidente do Real Madrid para uma entrevista de balanço. Objectivo: questionar Florentino Pérez sobre o fracasso do treinador português. Como grande senhor que sempre foi, esteve irrepreensível no reconhecimento do trabalho realizado, agradeceu ao treinador José o que fez pelo seu clube, desejou-lhe sucesso na continuação da carreira, tudo sem qualquer acusação a Mourinho.          

quinta-feira, 30 de maio de 2013

Contrariedades por demais


Quem está contra a mobilidade especial, contra isto, conta aquilo, contra tudo?




Agora delírios. Sobre a Ordem da Natureza, vaginas e berros, são dos melhores. Falta saber se esta recordação do primeiro beijo encaixa no perfil de um presidenciável.




Acosso de primitivos com causa. Há provas fracturantes. Acudam ao petiz




Ainda para mais, até o Verão desistiu de passar por aqui. Sem dinheiro e sem calor, agora é que o Tuga deprime. Melhor tentar pelo 760 123 ...

quarta-feira, 29 de maio de 2013

País de bananas e sacanas


PELA ESQUERDA COM SOARES 

"Portugal pode vir a ser o primeiro País a acabar com a austeridade como acabou com a ditadura"

"Urgente uma frente comum de esquerda que reclame o fim da actual política e a demissão do Governo"

"Pacheco Pereira apoia a iniciativa por ser muito crítico deste Governo e um patriota social-democrata que não aceita a degradação do País"

"Paulo Portas continua no Governo porque tem sido chantageado por causa do processo dos submarinos"

"O Presidente da República devia demitir um Governo que não dialoga nem tem a legitimidade que o povo reconheça em vez de insistir na sua defesa" 

"No tempo de Hitler os comunistas alemães atacavam os social-democratas e ambos morreram nos campos de concentração"

"A grande figura moral deste tempo é o Papa Francisco uma dádiva (não sei de quem) contra a austeridade e pelos pobres"

Sobre o encontro das esquerdas mais uma entrevista-frete. Jornal i

E a PGR ignora dado o topete socialista da criatura. Helena Matos

Com vénia ao inimputável sempre fixe. Paulo Pinto Mascarenhas

terça-feira, 28 de maio de 2013

Do que não se quer saber



Todos os portugueses participaram da loucura dos últimos 20 anos. O povo não foi só vítima inocente de uma festa de que gozou durante décadas. João César das Neves



 E no entanto vagueia por aí muita insensatez à fresca demasiado absorvida com exercícios de irresponsabilidade. Henrique Monteiro 



segunda-feira, 27 de maio de 2013

Quotidiano do indigenato



UMA OFENSA

O dr. Cavaco - que ele me desculpe se por acaso o entristeço - não é a rainha de Inglaterra. Toda a legitimidade que tem veio de uma eleição, que não perdeu por um fio, cujo carácter político não se pode discutir. E a legitimidade do seu mandato depende da opinião política dos portugueses. Não há distinção alguma entre o chefe do Estado (criatura aparentemente intocável) e o dr. Cavaco, peça importante e activa do regime que o país deve dia a dia julgar e criticar, se bem o entender. Numa república democrática, ninguém está acima das partes, de um simples comentador de jornal ou de televisão ao homem expressamente escolhido para garantir o "regular funcionamento" de instituições em que só manda através de intermediários, mas de que é de qualquer maneira o último responsável.
Ora o dr. Cavaco resolveu "solicitar" à Procuradoria-Geral da República que abrisse um inquérito às declarações do jornalista Miguel Sousa Tavares, por serem "injuriosas" e "uma ofensa à sua honra" de chefe do Estado. Não vou repetir essa perigosa e famigerada palavra. Mas gostaria de observar que a reacção, quase instantânea, de Belém é, antes de mais nada, o sinal de uma enorme fraqueza. Nenhum Presidente, seguro de si mesmo e dos seus propósitos, com uma popularidade acima dos 60 por cento, se iria importar com o que acha ou não acha o dr. Miguel Sousa Tavares. Centenas de políticos com certeza que ouviram pior e, pelo menos, os três predecessores do dr. Cavaco. Para chegar ao grau de susceptibilidade a que o dr. Cavaco chegou é preciso uma grande e horrível aflição.
Os portugueses partilham com ele essa aflição. Sucede que não a queriam partilhar e que foi exactamente por essa razão que o elegeram. Para ele se arrepelar com os males da Pátria - desde a austeridade às dissidências do Governo - enquanto eles tratavam da sua pobre vida e tentavam resistir à miséria. O que Miguel Sousa Tavares chama ou não chama ao Presidente não engorda, não emagrece, não paga contas, nem impostos. Levantar esta questão no meio da balbúrdia e da miséria do país será sempre tomado como um mau sinal. Escuso de explicar ao Presidente que a dignidade em que ele tanto insiste sofrerá, talvez mortalmente, com um "inquérito" ou um processo a Miguel Sousa Tavares. A verdadeira dignidade consistiria em não o ouvir. Agora, infelizmente, é tarde.

Vasco Pulido Valente - Público


Um artista que não concorda com o sítio escolhido pelos palhaços para colocar a batatinha. A bem do faro cuide do nariz

domingo, 26 de maio de 2013

Em lume brando


Não era preciso pedir tanto. Luciano Amaral




Cresça e apareça com corpanzil. João Pereira Coutinho



 "La vie d'Adèle" é o vencedor da Palma de Ouro

Cannes palm d'or  "La vie d'Adèle" (le coup de foudre)


sábado, 25 de maio de 2013

Sempre as criancinhas



PORQUE AINDA SE VERTEM LÁGRIMAS DE JÚBILO 

O que por aí vai (acusações de hipocrisia e estupidez) pelas comunidades que afirmam ter acabado o medo, a angústia, a incerteza, o sofrimento. Até parece que “a culpa é da natureza que não respeita a igualdade dos indivíduos e é homofóbica, porque não permite que todos tenham de tudo conforme queiram, numa espécie de mercado em que vigorem leis da oferta e da procura”. Dizem ter prevalecido o princípio de que as crianças são o que mais importa. Pois seja essa coisa de que tantos duvidam. Já que “as crianças precisam de amor, não se esqueçam dos milhares estacionadas pelas instituições à espera de serem adoptadas”. E enquanto decorrem desfiles de contentamento, fico do lado de Marinho Pinto.

Criaturas sem direitos e direitos dos outros. António Marinho Pinto 

Quando o outro não é a criança. Viriato Soromenho Marques

sexta-feira, 24 de maio de 2013

Momento check up


E o pior é que está resultar. Henrique Raposo


quinta-feira, 23 de maio de 2013

Coisas da irmã Lúcia


UM  MILAGRE

Quando não havia medicina a sério, os santos curavam as doenças. Mas também tinham especialidades. Suponho que não havia ainda o conceito de "internista". A julgar pela composição dessa pequena parte da corte celeste, os maiores taumaturgos só tratavam aflições particulares: o catarro, a gosma, o reumático, as dores de cabeça, o bom sucesso dos partos, de quando em quando uma constipação ou uma pneumonia e por aí fora. De resto, todos respeitavam o território do vizinho. Se fossem, por exemplo, pedir alívio a Santo Eusébio para um achaque de estômago, Santo Eusébio, que era um perito em cãibras, passava a incumbência a um colega. O "comercialismo" ainda não chegara ao Paraíso; e não chegou até o inominável século XIX em que as coisas se baralharam um pouco. 
Os santos não recebiam dinheiro em troca dos seus serviços, recebiam devoção: um Credo, um Padre Nosso, uma Salve Rainha, um Rosário inteiro, uma dúzia de missas, conforme a gravidade do mal e a intensidade das dores. Convinha, aliás, que o penitente lhes rezasse de manhã e à noite para estabelecer e conservar uma espécie de conhecimento pessoal que os fizesse, num aperto, agir depressa. Para a classe média, os santos substituíam o Serviço Nacional de Saúde. Mas não consta dos tratados, nem dos breviários, que eles se interessassem por economia e finanças. Não se encontra nenhuma dessas benéficas criaturas preocupada com o défice, a dívida e o "crescimento" (excepto, evidentemente, em anos maus, com o crescimento das culturas), mesmo porque os políticos, que se diziam "liberais", blasfemavam e atormentavam S.S. Pio IX. 
Foi preciso o acto destemido e original do sr. Presidente da República (decerto encorajado por sua mulher), desprezando a hierarquia do Céu, para que Nossa Senhora, a intercessora máxima junto do Altíssimo, resolvesse conceder à troika e ao governo a "inspiração" para se entenderem e ao CDS a humildade e a paciência para se pôr de lado. O dr. Cavaco, como devia, agradeceu em público esta divina benesse, que Portugal inteiro espera que não pare de se renovar. E, de caminho, o dr. Cavaco descobriu uma nova fonte de influência, que lhe é hoje muito necessária. Dois dias depois, já invocava S. Jorge em prol da Pátria, apesar de esse S. Jorge, bispo de Alexandria, ser também o patrono da Inglaterra e um homem excessivamente zeloso que provocou uma guerra civil local. De qualquer maneira, demonstrada a incapacidade desta República laica e, se calhar, ateia para se governar, o acesso do dr. Cavaco ao Omnipotente é sem sombra de dúvida uma garantia de ventura e paz.

Vasco Pulido Valente - Público

quarta-feira, 22 de maio de 2013

Apesar das ajudas

Antonio Passos Coelho - pai de Passos Coelho

ATÉ O TEU PAI, PEDRO!

Pai de Passos Coelho aconselha filho a demitir-se. "Isto não tem conserto. Entrega isto". Uma recomendação que, há algum tempo, também por aqui te fizeram. Já pensaste com que entusiasmo a "inconsciência indígena" receberia tal notícia? A expectativa com que aguardariam pelo dia seguinte, achando que tudo voltaria a ser como dantes? Não seria melhor deixar o "colectivo martirizado" experimentar novo trambolhão? Pensa bem. Não deixes de dar ouvidos à experiência do teu pai


E Paulo Portas, o que achará da ideia? José Manuel Fernandes




QUANDO ELAS ESTRAGAM TUDO

Oeiras perdoa Isaltino Morais . “O erro dele foi gostar de mulheres e meter-se com a secretária”. Quando o autarca foi preso, ”Otília teve pena, Zilda até chorou e outros ainda quiseram arrombar a prisão.” É difícil encontrar munícipes a dizer mal do presidente. “Era um grande doutor e foi preso assim como um cão. Não assaltou bancos nem matou pessoas. Um criminoso não pára o carro para saber se está tudo bem e mete uma nota na mão. Os homens bons não cometem crimes. Trafulha pode ser, patife é que não. Que fez o gajo que a gente não fizesse?” Eis um concelho rendido a um presidente condenado que conquistou os oeirenses, pela simpatia e pelo estômago. Ler mais...   


terça-feira, 21 de maio de 2013

Tirem-me daqui!



Deixai vir a mim as criancinhas. Helena Matos




segunda-feira, 20 de maio de 2013

Socialismo para sempre


ISTO É QUE É SOCIALISMO

Os três anteriores presidentes da República – Ramalho Eanes, Mário Soares e Jorge Sampaio custam aos contribuintes cerca de um milhão de euros por ano, mantendo privilégios inalterados desde 2011. Apesar das subvenções serem iguais para todos, os rendimentos auferidos por cada um não podiam ser mais díspares. Dos três ex-presidentes, Mário Soares é o que tem a remuneração anual mais fixe, num valor que ultrapassa os 500 mil euros, mais de metade do montante. Quanto a Ramalho Eanes é o que tem o rendimento total mais modesto, à volta dos 60 mil euros. A Jorge Sampaio cabe o diferencial até próximo do milhão anual destinado a Suas Excelências. Ler mais...


Excelente para irritar idiotas patuscos destes tempos. Inês Teotónio Pereira

Livre trânsito para perverter inocentes em sinal aberto. João Pereira Coutinho

Socialismo por toda a parte em forma de conto do vigário de sotaina. Henrique Raposo

domingo, 19 de maio de 2013

O que sobra da semana




O CANCRO E O MEDO

Angelina Jolie revelou que se submeteu a dupla mastectomia preventiva. Ainda bem que pôde contar com todos os recursos que no presente a medicina põe ao nosso dispor. Só que foi bem mais que isso. 
Um dilema comum a muitas mulheres que são portadoras de mutações genéticas ou pré-disposições capazes de potenciar o risco de cancro da mama. Mas aquilo que está em causa é a decisão corajosa numa escolha do possível. Certamente uma oscilante luta pessoal para enfrentar o medo.
Muito bem, pela opção de realizar a cirurgia, tal como se a preferência fosse não a realizar. Muito bem em qualquer dos casos.



 

MAIS UMA BOA NOTÍCIA

Porque foi a melhor escolha, duma mente das mais lúcidas. E já agora, para que não digam que o País, além da capital, é paisagem, D. Manuel Clemente é o novo Bispo de Lisboa. A indicação do, atá agora, Bispo do Porto, para a sucessão de D. José Policarpo, acaba de ser anunciada. Por tradição, Lisboa tem direito a que o seu Bispo seja nomeado Cardeal Patriarca, elevação que será feita mais tarde num consistório.




QUE SE LIXE A TAXA E OUTRAS ADOPÇÕES

É tempo de adoptar qualquer causa. O Governo adopta uma taxa que não é para ser adoptada mas que, mesmo assim, é adoptada, embora na condição de nunca vir a ser adoptada. A esquerda modernaça investe com energia fracturante para adoptar mais qualquer coisa liberal, porque ainda há tanto por fazer, mais um passo desta vez e já não falta tudo, com essa coisa assim-assim da co-adopção. Adopta não adopta, belos momentos circenses.



Uma delícia de gafanhotos e minhocas (REUTERS)

AGORA LAGOSTA COM ASAS

Esta semana, a Organização para a Alimentação e a Agricultura (FAO) defendeu que os insectos são uma alternativa promissora à produção convencional de carne, com vantagens para a saúde e o ambiente, quer como alimento para humanos, quer para animais.
Uma preocupação do século XXI, devido ao custo crescente da proteína animal, à insegurança alimentar, às pressões ambientais, ao crescimento da população e à procura crescente de proteínas por parte das classes médias. Assim, a “entomofagia” (consumo de insectos) pode ter futuro.
Segundo a FAO, há registo do consumo de mais de 1.900 espécies de insectos. Os mais consumidos são escaravelhos (31%), lagartas (18%), abelhas, vespas e formigas (14%). Gafanhotos, cigarras, térmitas, libelinhas e moscas são outras espécies consumidas. Agora, esta organização vem defender a criação de insectos como uma solução para a insegurança alimentar, já que são nutritivos, com altos níveis de proteínas, gordura e minerais, além de ser baixo o risco de transmitirem doenças de origem animal.
Compreendido. Mas não haverá verduras (fora o Sporting) ricas nessas coisas todas? Comam grelos e nabiças!




LEVITAÇÕES SOBRE FUTUROS INCERTOS 

Cavaco Silva prepara afincadamente a reunião do Conselho de Estado da próxima semana. Apesar de qualquer indígena saber de sobra que o destino do País em nada depende das lucubrações da suprema criatura e das birras das restantes luminárias convocadas. Só que, ao Senhor Presidente interessa o seu presente e o futuro da República, isto é, se haverá bananas suficientes para entreter a macacada, quando deixarmos de ser vigiados pelos tratadores-avaliadores da troika. Melhor dizendo, se o pós-troika será o princípio de alguma coisa ou o fim de tudo.     



Quando Portas escrevia que Cavaco 'merecia um estalo'

RECORDANDO "O INDEPENDENTE"

Quando Portas escrevia que Cavaco “merecia um estalo"…Nos sete anos em que esteve na direcção do jornal "O Independente" com Miguel Esteves Cardoso, de 1988 a 1995, Paulo Portas "malhou" da esquerda à direita. O Expresso publica esta semana um "best of" na Revista deste semanário.




DESTES E DOUTROS FESTIVAIS

Passados muitos anos, dou por mim, de novo, a ver o Festival da Eurovisão. Nada mudou de significativo. Talvez o "olho festivaleiro" do observador que nunca votava em quem ganhava. Se bem me lembro, deve ter sido a primeira vez que apostei tão certeiramente na canção vencedora. Soube a seguir que a Dinamarca já era a predestinada. Confrontando com outros tempos, verifiquei agora: que os ingleses devem ir por lá gozar com os que não são das ilhas britânicas; que a Espanha nada tem a ver com os pergaminhos de outrora, que Portugal pobrezinho nem lá vai; que do desmembramento da União Soviética resultaram nacionalidades musicais interessantes. De resto, nada estranho. 

sábado, 18 de maio de 2013

É melhor dar ouvidos a isto


UMA NOVA ERA

Nasci numa família comunista e cheguei a adulto durante a guerra das colónias, o que naturalmente não me inclinou para o nacionalismo ou sequer para qualquer espécie de patriotismo ardente. Mas de qualquer maneira, quando o sr. Schäuble fala de Portugal como falaria de um protectorado longínquo e recalcitrante, não consigo escapar a um estado de fúria e de frustração que julguei que nunca conscientemente teria. A Alemanha e a troika, muito para lá da "austeridade", estão a inspirar (talvez sem perceber) sentimentos de um radicalismo que tarde ou cedo mudarão um país, na aparência calmo e resignado a um destino de miséria. A humilhação que se acumula já fez desaparecer a mais leve ideia de responsabilidade pela catástrofe em que nos metemos (ou em que nos meteram). Ficou só o ódio.
E nem sequer um ódio cerimonioso e disfarçado. A vida pública começa a tomar um "tom" muito semelhante às piores fases do PREC. Comentadores da televisão, que eram pessoas em geral pacatas, passaram de repente a oradores de comício, que propõem, ou aceitam, mesmo o indizível para se verem livres do governo e da intervenção estrangeira. Nos debates, cada partido (ou representante de um partido) estoira de indignação perante as "verdades", frequentemente razoáveis, da outra parte. Os jornais não hesitam em distorcer ou inventar os factos e acabaram num coro de queixas quase completamente inútil. As sessões da Assembleia da República parecem as sessões da última câmara monárquica na sua agonia. Não se sabe quem manda no governo ou se o governo realmente manda. E o dr. Cavaco arranjou para si um "exílio interior", que o protege das baixas realidades do mundo.
O ministro das Finanças altera impostos, taxas, contribuições (parece que até hoje 65 vezes), para se conformar aos "conselhos" da troika, que são os da Alemanha. O próprio Ricardo Salgado (do Banco Espírito Santo) declara com impecável clareza: "Não há nada absolutamente garantido"; e de facto não há - nem o presente nem o futuro -, a não ser que Portugal caiu e, a seguir, foi empurrado para um buraco sem fundo. E, como sempre, o desespero inspira e multiplica a mentira: a mentira sistemática ou a mentira ocasional. Toda a gente mente, com raiva e com maldade ou pura e simplesmente por inconsciência. Portugal entrou numa nova era de pobreza, de conflito e de isolamento: e essa era promete durar.

Vasco Pulido Valente - Público

sexta-feira, 17 de maio de 2013

Democracia que se arranja


Perspectivas no 40º ano da democracia

"Elite antidemocrática" João César das Neves

"Sistema político e felicidade" Gabriel Leite Mota

"A ilusão reaccionária" Helena Matos

quinta-feira, 16 de maio de 2013

Conselhos da OCDE para reformar o Estado


Como a OCDE não é o FMI, por ser "mais experiente e menos comprometida", chegou a hora dos consensos. Propostas:

Convergência das regras dos sistemas de pensões público e privado;
Fim das reformas antecipadas, antes dos 65 anos;
Aprofundar reformas do mercado de trabalho e reduzir a protecção;
Limitar influência da contratação colectiva no trabalho;
No subsídio de desemprego, reforço da protecção para os mais jovens;
Redução dos impostos sobre o rendimento: IRS e IRC;
Reduzir Taxa Social Única (TSU) dos trabalhadores com baixos salários;
Aumentar o número de bens sujeitos à taxa normal de IVA (23%);
Reduzir isenções do IVA e os produtos sujeitos à taxa reduzida (6%);

Ler mais: Diário Económico

quarta-feira, 15 de maio de 2013

Para lavar e durar



SILVA LOPES – Economista e antigo ministro das Finanças defende as taxas que o governo pretende aplicar sobre as pensões e admite que os mais velhos estão a prejudicar a geração mais nova: “A geração grisalha não pode estar a asfixiar a geração nova da maneira como tem feito até aqui. Não pode ser. Eu sou pensionista, sou da geração grisalha, quem me dera a mim que não toquem nas reformas, mas tocam, vão tocar e eu acho muito bem. Não há outro remédio. Sou a favor desta taxa como fui a favor da contribuição de solidariedade social. Mas, se calhar, também vai ser declarada inconstitucional. A Constituição e a interpretação que o Tribunal Constitucional faz da lei podem contribuir para o agravamento da crise em Portugal. E digo uma coisa: se nós temos a Constituição e a interpretação do Tribunal Constitucional a impedir estas coisas, isto rebenta tudo.”

JORGE MIRANDA – Constitucionalista considerado “pai” da Constituição tem manifestado discordâncias e dúvidas de constitucionalidade sobre as alterações previstas para os regimes de pensões: “Eu acho que a retroactividade no corte das pensões é, manifestamente, inconstitucional. É uma violação de um princípio básico do Estado de Direito, que é o princípio da protecção da confiança, que tem sido muitas vezes afirmado e reafirmado pela doutrina, pela jurisprudência, do Tribunal Constitucional. Há também uma violação do direito de propriedade, porque as pessoas contribuíram para essas pensões com o seu dinheiro. A violação seria menos flagrante caso a mesma medida fosse aplicada às pensões não-contributivas. Nas pensões contributivas dos funcionários públicos não se pode admitir que se venha retirar aquilo que as pessoas deram. Nas pensões de titulares de cargos políticos, não contributivas, que continua a haver e são escandalosas, aí é que eu gostaria de ver manifestações de solidariedade com as pessoas a renunciarem a essas pensões, mas ainda há, nesta fase, antigos deputados a reclamar por essas pensões.”

PRÓS E CONTRAS NA RTP1 – Curioso foi assistir ao último programa deste suposto serviço público de televisão onde, a coberto da discussão do assunto se patrocinou a defesa de movimentos de aposentados como o “APRE” – reformados e pensionistas, que ocupavam toda a plateia. Jorge Miranda e o Provedor de Justiça também estavam presentes para a discussão do tema. Depois do arengar dos ilustres convidados, achando que “a sociedade vive actualmente uma erosão de valores éticos e de solidariedade intergeracional”, seguiu-se uma passagem pela primeira fila da plateia para os “desabafos sentidos” dos que se dizem “vitimas do despudorado ataque desta gente sem alma que não lhes dá um minuto de sossego”. A seguir, o “constitucionalíssimo” professor de Direito arrancou excitados aplausos da “assistência de t-shirt preta” com as sentenças proferidas. Mas quando exortou que todos fizessem como ele, que prolongassem o período de trabalho para lá da idade da reforma, porque fazia bem a tanta coisa… mãos no bolso, tudo quieto, apenas burburinho (sic). Quanto à famigerada (in)sustentabilidade da Segurança Social, só em relação à CGA, os descontos feitos pelos funcionários públicos em 2012, apenas cobriram 40% das despesas com pensões. Estamos entendidos.

 "Jorge Miranda acha que o meu dinheiro é dele" Henrique Raposo

terça-feira, 14 de maio de 2013

Brincar ao taxa não taxa



PASSEIO DOS TRAQUINAS

Depois de mais um drama no Governo e da enorme trapalhada de declarações, o Conselho de Ministros reuniu de urgência no domingo. Analisadas as tropelias e os malabarismos dos delegados da turma, Portas, o da coragem e dos princípios, engoliu as pastilhas, Passos, o da determinação e dos sacrifícios, ignorou a indisposição. Ao final do dia, ainda tiveram tempo para dar uma voltinha. "Ratinhos" João Pereira Coutinho - "Grisalhos" José Manuel Fernandes

segunda-feira, 13 de maio de 2013

Lábia de moribundo


A pretexto duma admiração manhoso pelo Papa Francisco, da sensibilidade social e do espírito revolucionário do Chefe da Igreja Católica, Mário Soares resolveu utilizar pensamentos de Santo Agostinho como ponto de partida para sentenciar: sobre a interferência do Papa na pretensa mudança de rumo político no Ocidente; sobre as superiores virtudes de tudo o que pela esquerda vai ressuscitando nos governos europeus; sobre os malefícios de tudo o que por aí continua a ser influenciado pelo liberalismo de Thatcher; sobre o que considera ser o silêncio cúmplice da Igreja portuguesa com o poder político actual. É a impunidade de que goza um pré-defunto: Mário Soares .  

Com o que sonham irresponsáveis sem escrúpulos que se enquadram no politicamente correcto. Paulo Pinto Mascarenhas 

domingo, 12 de maio de 2013

De boa memória


EU TAMBÉM FUI UMA DESSAS CRIANÇAS

Não foi no Douro (que tanto me encanta) foi no Minho (de que muito gosto); não foi com o prof. Morais, foi com a profª Maria Emília. Sobre o restante, idênticas sensações dos primeiros desafios e recordações duma infância feliz... de coisas e de afectos.


Chega de dramatizações com bebés-adultos e papás-infantis. Helena Matos 

Deixem a criançada stressada fazer os exames em paz. Henrique Monteiro

sábado, 11 de maio de 2013

Destinos


Só faz sentido destacar o fado. João Pereira Coutinho

Por falar em instintos artísticos mortíferos. João Lopes 


sexta-feira, 10 de maio de 2013

Haja moralidade mesmo


António José Seguro visitou hoje a Feira do Fumeiro em Vinhais

ENQUANTO É TEMPO

E a tão apregoada preocupação com o futuro de filhos e netos? Isto é um salve-se quem puder, um quem vier atrás que feche a porta? Sobre "lavouras e outras colheitas", vamos lá ver se a gente se entende. Henrique Raposo

Já tardava que o Governo enfrentasse alguns dos principais problemas que afectam o "estado social". Esta intervenção era urgente, para o sistema de protecção continuar sustentável e se tornar mais justo. Fora de horas? mais vale tarde do que nunca.

quinta-feira, 9 de maio de 2013

Os bons e os maus


A "LATA" AGARRADA À "TETA" 

Desde que nos ministérios da Saúde e da Educação se decidiram pôr as mãos na massa do descontrolado despesismo e desperdício dos dinheiros públicos, o que se repete com alarido são protestos daqueles que por lá tem actuado impunemente e agora se limitam a distorcer a realidade com que sempre pactuaram. Importa-lhes que a boa gente a quem dedicam tanto esforço tenha consciência disto: se há muita coisa a funcionar mal, que ninguém peça contas aos profissionais dos sectores da saúde e educação. Há os maus (aqueles que exigem o cumprimento das obrigações-deveres); há os outros (aqueles que lutam para conservar tradicionais privilégios-direitos). No meio da barafunda, pois claro, bons são todos os médicos e professores 

Entretanto, bebedeira, o que o povo quer. Alberto Gonçalves 

quarta-feira, 8 de maio de 2013

Realidades de conveniência


Há dias foi publicada uma sondagem sobre resultados nas presidenciais francesas, se as eleições fossem realizadas agora. Primeira volta: 19% votaria em François Hollande; 34% daria o seu voto a Nicolas Sarkozy; 23% elegeria Marine Le Pen. 
Surpreendentemente o actual chefe de Estado não estaria presente na segunda volta da eleição. Um ano depois da última eleição presidencial, uma mudança devida a grande diminuição no apoio a Hollande, essa esperança residual da social democracia dos saudosos do descalabro.

Em Espanha, os resultados do último estudo também surpreenderam, com o declínio do PSOE (esquerda) e do PP (direita), partidos que habitualmente alternam no poder, muito próximo de em conjunto não atingirem metade dos votos dos eleitores. O novo partido de dissidentes dos socialistas, a esquerda tradicional comunista e os partidos nacionalistas estão prestes a somar metade do eleitorado.
O consenso também tem sido tema de muita discussão em Espanha, por lá, uma preocupação bem diferente. Tanto o PP como o PSOE têm visto fugir-lhes eleitorado tradicional o que os força a estabelecer compromissos em políticas de recurso anti-crise. Enquanto isso, nenhum deles quer ouvir falar de eleições. 
     




Por cá, entre os lusitanos, como os partidos que mais chafurdam na gamela do poder contam ainda com o apoio dos incorrigíveis eleitores, o consenso não passa de conversa mole para iludir patetas. José Manuel Fernandes 

Dado que a austeridade é para esquecer, as grandes preocupações dos entendidos são o crescimento e o desemprego, assuntos para resolver a toque de caixa dos donativos. Depois restará devolver a crise à procedência a ver se cola. João Pereira Coutinho    

Apesar do primeiro-ministro ter dito que se lixem as eleições e do Presidente da República ter sentenciado que os votos não vão resolver nada, os que vivem dessa pândega querem brindar arraial ao povo. De caminho, atiram-se ao encarregado das finanças, como se fosse Gaspar o culpado da coisa.


terça-feira, 7 de maio de 2013

Às voltas com a indignação



Sobre o banzé e os privilégios acumulados pelos funcionários públicos. Henrique Raposo

Não há nada como fazer de conta que só se percebe o que convém. Nuno Saraiva

segunda-feira, 6 de maio de 2013

Hoje dia de chuva de estrelas


Olhos no céu - uma no cravo outra na ferradura

Esperam-se que 69 meteoros por hora atinjam a atmosfera, em fenómeno observável à meia-noite. Antes disso há outras estrelas cintilantes.





Alegre acusa Marques Mendes de se “autoproclamar porta-voz” do Conselho de Estado 

Manuel Alegre considerou que “Marques Mendes faz parte de um órgão que não tem porta-voz”. O histórico socialista sublinhou que o Conselho de Estado só pode ser convocado pelo chefe de Estado e quer que o anúncio do ex-líder do PSD seja alvo de um esclarecimento. Marques Mendes, também membro do Conselho de Estado, anunciou no seu comentário na SIC na noite de sábado que Cavaco Silva deverá reunir o órgão consultivo do Presidente da República nas próximas semanas, mas não adiantou uma data. “Isto é um dado que eu tenho por confirmado e adquirido”, afirmou o antigo dirigente social-democrata. “A agenda não sei, mas imagino que seja a preocupação com a estabilidade”. Acrescentou ainda que Cavaco Silva deverá tentar “evitar que haja rupturas”.





Nogueira Leite revela: "Passos Coelho convidou-me para presidir à CGD e 'desconvidou-me' uma semana depois"

Economista e ex-dirigente do PSD considera que ninguém na equipa de Vítor Gaspar domina a máquina da administração pública. Elogia a "maturidade democrática" de António José Seguro, mas defende que as medidas anunciadas pelo primeiro-ministro na passada sexta-feira vão no sentido certo.





Paulo Portas opõe-se à taxa sobre as pensões

Depois do anúncio de um novo pacote de austeridade, o CDS discordou frontalmente da proposta de impor uma contribuição aos pensionistas e reformados como uma das medidas de redução de despesa pública anunciadas por Passos Coelho há dois dias. Paulo Portas tornou pública a sua contestação à proposta de uma contribuição adicional depois do primeiro-ministro ter referido ser a única medida que o Governo admite ponderar no pacote de redução da despesa do Estado até 2015. Deixando transparecer divisões no interior da coligação, assumiu que nas suas posições pesou o apelo à concórdia do Presidente da República. “Não quero que em Portugal se verifique uma espécie de cisma grisalho, que afectaria mais de três milhões de pensionistas. Queremos todos, no Governo, uma sociedade que não descarte os mais velhos; um ajustamento que não prejudique sobretudo os que não têm voz.”





PS acusa Governo de mergulhar “o país num pântano político”

Segundo o porta-voz dos socialistas, “não há lugar para consensos com Passos Coelho, um primeiro-ministro que foi humilhado por Paulo Portas, descredibilizando-o perante o exterior”. O PS pretende assim capitalizar as divergências no seio da coligação governamental e insiste na ideia da “crise política muito grave”. Depois de ter já ontem reagido às declarações do líder do CDS, hoje os socialistas acusaram de novo os parceiros da coligação que sustenta o Governo, de serem “um obstáculo para sair da crise”.





Fundador do euro pede fim da moeda única para deixar o sul recuperar

Sempre o €uro. Primeiro o colorido da coisa com a nova nota de 5 euros e a cruzada contra as notas de 500 por apenas servirem para processos de lavagem de dinheiro. Depois Oskar Lafontaine, um dos fundadores da moeda única europeia, quando era ministro das Finanças da Alemanha, a pedir o fim do euro para deixar os países do sul recuperarem. Sublinhou que "os alemães ainda não perceberam que o sul da Europa, incluindo a França, será forçado pela sua miséria actual, a lutar, mais cedo ou mais tarde, contra a hegemonia alemã“. O ex-ministro não deixa de apontar o dedo à Alemanha por ter baixado os seus salários para proteger as suas empresas exportadoras”. Para este político da esquerda alemã, “Merkel vai despertar do seu sono hipócrita quando os países europeus unirem forças para fazer um ponto de viragem na crise, penalizando inevitavelmente as exportações alemãs”. E concluiu afirmando que a chancelar é “uma das principais responsáveis da crise na Europa”.