domingo, 19 de maio de 2013

O que sobra da semana




O CANCRO E O MEDO

Angelina Jolie revelou que se submeteu a dupla mastectomia preventiva. Ainda bem que pôde contar com todos os recursos que no presente a medicina põe ao nosso dispor. Só que foi bem mais que isso. 
Um dilema comum a muitas mulheres que são portadoras de mutações genéticas ou pré-disposições capazes de potenciar o risco de cancro da mama. Mas aquilo que está em causa é a decisão corajosa numa escolha do possível. Certamente uma oscilante luta pessoal para enfrentar o medo.
Muito bem, pela opção de realizar a cirurgia, tal como se a preferência fosse não a realizar. Muito bem em qualquer dos casos.



 

MAIS UMA BOA NOTÍCIA

Porque foi a melhor escolha, duma mente das mais lúcidas. E já agora, para que não digam que o País, além da capital, é paisagem, D. Manuel Clemente é o novo Bispo de Lisboa. A indicação do, atá agora, Bispo do Porto, para a sucessão de D. José Policarpo, acaba de ser anunciada. Por tradição, Lisboa tem direito a que o seu Bispo seja nomeado Cardeal Patriarca, elevação que será feita mais tarde num consistório.




QUE SE LIXE A TAXA E OUTRAS ADOPÇÕES

É tempo de adoptar qualquer causa. O Governo adopta uma taxa que não é para ser adoptada mas que, mesmo assim, é adoptada, embora na condição de nunca vir a ser adoptada. A esquerda modernaça investe com energia fracturante para adoptar mais qualquer coisa liberal, porque ainda há tanto por fazer, mais um passo desta vez e já não falta tudo, com essa coisa assim-assim da co-adopção. Adopta não adopta, belos momentos circenses.



Uma delícia de gafanhotos e minhocas (REUTERS)

AGORA LAGOSTA COM ASAS

Esta semana, a Organização para a Alimentação e a Agricultura (FAO) defendeu que os insectos são uma alternativa promissora à produção convencional de carne, com vantagens para a saúde e o ambiente, quer como alimento para humanos, quer para animais.
Uma preocupação do século XXI, devido ao custo crescente da proteína animal, à insegurança alimentar, às pressões ambientais, ao crescimento da população e à procura crescente de proteínas por parte das classes médias. Assim, a “entomofagia” (consumo de insectos) pode ter futuro.
Segundo a FAO, há registo do consumo de mais de 1.900 espécies de insectos. Os mais consumidos são escaravelhos (31%), lagartas (18%), abelhas, vespas e formigas (14%). Gafanhotos, cigarras, térmitas, libelinhas e moscas são outras espécies consumidas. Agora, esta organização vem defender a criação de insectos como uma solução para a insegurança alimentar, já que são nutritivos, com altos níveis de proteínas, gordura e minerais, além de ser baixo o risco de transmitirem doenças de origem animal.
Compreendido. Mas não haverá verduras (fora o Sporting) ricas nessas coisas todas? Comam grelos e nabiças!




LEVITAÇÕES SOBRE FUTUROS INCERTOS 

Cavaco Silva prepara afincadamente a reunião do Conselho de Estado da próxima semana. Apesar de qualquer indígena saber de sobra que o destino do País em nada depende das lucubrações da suprema criatura e das birras das restantes luminárias convocadas. Só que, ao Senhor Presidente interessa o seu presente e o futuro da República, isto é, se haverá bananas suficientes para entreter a macacada, quando deixarmos de ser vigiados pelos tratadores-avaliadores da troika. Melhor dizendo, se o pós-troika será o princípio de alguma coisa ou o fim de tudo.     



Quando Portas escrevia que Cavaco 'merecia um estalo'

RECORDANDO "O INDEPENDENTE"

Quando Portas escrevia que Cavaco “merecia um estalo"…Nos sete anos em que esteve na direcção do jornal "O Independente" com Miguel Esteves Cardoso, de 1988 a 1995, Paulo Portas "malhou" da esquerda à direita. O Expresso publica esta semana um "best of" na Revista deste semanário.




DESTES E DOUTROS FESTIVAIS

Passados muitos anos, dou por mim, de novo, a ver o Festival da Eurovisão. Nada mudou de significativo. Talvez o "olho festivaleiro" do observador que nunca votava em quem ganhava. Se bem me lembro, deve ter sido a primeira vez que apostei tão certeiramente na canção vencedora. Soube a seguir que a Dinamarca já era a predestinada. Confrontando com outros tempos, verifiquei agora: que os ingleses devem ir por lá gozar com os que não são das ilhas britânicas; que a Espanha nada tem a ver com os pergaminhos de outrora, que Portugal pobrezinho nem lá vai; que do desmembramento da União Soviética resultaram nacionalidades musicais interessantes. De resto, nada estranho. 

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