sábado, 4 de maio de 2013

Se me perguntam



PARA POUPAR "ALERGIAS" A PAULO PORTAS

Se me perguntam, se alguém pode concordar com medidas que se destinam a repor equidade entre os sectores público e privado... quem discordará, se estiver preocupado com uma justa reorganização dos serviços do Estado;
   
Se me perguntam, se as exigências duma mobilidade que conduz à perda de vínculo na função pública são uma violência para os funcionários... não são, por serem condições que nunca protegeram os empregos do sector privado;

Se me perguntam, se o actual horário de trabalho nos serviços públicos está de acordo com o tempo de serviço nos restantes sectores... nem pensar, para não falar do que se produz em tempo útil; 

Se me perguntam, se o prolongamento na idade da reforma é razoável... pois claro, sendo acompanhado pela evolução da esperança de vida e das condições para trabalhar;

Se me perguntam, se faz sentido racionalizar os serviços públicos, agravando o desemprego e a recessão... faz, porque nesta situação de crise, o sistema estatal que vigora é demasiado injusto;

Se me perguntam, se já tardavam autênticas medidas de reforma do Estado... sem dúvida, e por serem tardias, não são dispensáveis. A não ser que, sendo mais austeridade: nem pensar (como disse António José Seguro); um desastre (como disse Manuela Ferreira Leite).


Sem comentários: