quinta-feira, 11 de abril de 2013

Margaret Thatcher




Margaret Thatcher, depois de vencer um concurso de poesia, ouviu a professora dizer-lhe que ela "era uma sortuda". Com dez anos, "Maggy" respondeu-lhe: "Não foi sorte, mereci ganhá-lo." Este episódio serve para recordar a personalidade de uma grande líder política, obstinada em fazer da liberdade individual um fim da própria política. Como candidata a primeira-ministra, alcançou três maiorias absolutas e nunca perdeu uma eleição popular. 

Poucos políticos em tempo de paz podem dizer que mudaram o mundo. Margaret Thatcher pertence a este grupo. Ela transformou não apenas o seu Partido Conservador, mas toda a política da Grã Bretanha. Hoje, é por muitos considerada a maior líder política britânica do século XX, depois de Winston Churchill. Juntamente com Ronald Reagan e o Papa João Paulo II, foram os grandes impulsionadores duma revolução global e da luta contra a tirania que ajudou a derrubar o Muro de Berlim e a pôr fim à União Soviética. 

Thatcher pega num país em bancarrota, resgatado por greves de sindicatos fortíssimos, paralisia dos serviços públicos, impostos altos sobre o trabalho e pouca criação de riqueza. Depois de evitar a hecatombe e com a popularidade a descer e o desemprego a subir tem a sociedade virada contra si. Aguentou-se, esperou pelos resultados e disparou. Foi às Falkland defender-se da invasão pela ditadura argentina, venceu-a e veio para casa levada em ombros. No ano seguinte, já com melhorias na economia e a segunda maioria, iniciava o plano generalizado de privatizações reforçando o Tesouro nacional. Foi incentivada a desregulação da bolsa londrina emergindo o protagonismo da banca e o fim do Estado como motor económico. Por esta altura, Mitterrand conduzia a França pelo caminho oposto das nacionalizações e da reforma das esquerdas europeias que pouco vingaram. Entretanto, Thatcher chega à terceira maioria e o seu modelo, articulado com o de Reagan, mostraria à Europa de Leste e à América Latina que havia uma alternativa ao centralismo político estatal. 

A essência do Thatcherismo era a oposição à paralisia a que os estados condenavam os países e uma aposta na liberdade. Ela achava que as nações se podiam tornar grandes, apenas se as pessoas fossem livres, A sua luta tinha um lema: o direito dos indivíduos em gerir as suas próprias vidas, tão livres quanto possível da interferência do estado. 

O sucesso de Thatcher  Pedro Lomba 

O que ela fez  Miguel Esteves Cardoso 



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