quarta-feira, 16 de janeiro de 2013

FRENPROF: “Professores na rua a 26 de Janeiro”


Nesta fase de enormes dificuldades vividas pelos portugueses, nas famílias, nas empresas, nos serviços públicos, em todas as vertentes de actividade, serão os protestos a melhor resposta aos constrangimentos sentidos por tantos? Em alguns sectores, é possível; em domínios do sector público, como o da Educação, com certeza, não.    
É lamentável que a estrutura sindical mais representativa dos professores continue a encarar o ensino público como sempre fez: manutenção do funcionamento das escolas sem grandes limitações de recursos e com poucas exigências de qualidade do ensino. Isto é: muitos professores, formação manhosa, poucos alunos, maus resultados, muitos tempos não lectivos, poucas aulas semanais, e por aí fora.   
Aqui chegados, o que importa é fazer crer, a tantos docentes em situação precária, que todos estes privilégios serão para conservar, que continuará a ser viável o desperdício do sistema educativo, que é possível manter um dos piores ensinos da Europa (pelos recursos consumidos e pelos escassos resultados). Desde que se grite: “a luta continua até chegar a hora do governo ir embora”... Assim não vamos lá.
As mudanças no País passarão sempre por uma Escola cuja matriz seja a competência e o mérito, de quem ensina e de quem aprende. Portugal ainda está no início e com muitos obstáculos para ultrapassar. Mas o percurso é neste sentido e é irreversível.       

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