quinta-feira, 17 de janeiro de 2013

Laboratórios de trapalhadas


Finalmente, as tão aguardadas conferências do LIPP tiveram início. Um extravagante laboratório dedicado ao amanho de umas tretas manhosas sobre Portugal, constituído por cinco mil cabeças para tarefas de congeminação, e com o patrocínio de peritos do PS. Trabalho que, apesar de repartido por tantos crânios, não será fácil concretizar. Os tempos estão difíceis para tudo, quanto mais para descobrir alternativas ao desastre.

Arrancaram os trabalhos, começaram as trapalhadas. O mote foi dado com a entrevista de Miguel Beleza, um dos secretários de especialidade do Partido Socialista, quando defendeu a extinção da ADSE. A mesma ideia defendida para concretização posterior, tanto por Correia de Campos, ex-ministro da Saúde dos socialistas, como por António Arnaut, o socialista intitulado de pai do SNS. Como o tempo para rupturas já lá vai, entrou em cena o líder parlamentar Carlos Zorrinho, para aconselhar calma e dizer que tudo deve continuar como está. Para encerrar o assunto, José Lello avisou que é preciso cuidar dos votos fiéis, pois os funcionários públicos são eleitores do PS e as eleições não tardam. Da parte de Tó Zé Seguro, um silêncio cúmplice e algum embaraço com a balbúrdia e o desplante da corja de que faz parte. 

Com tanta barafunda e ligeireza, faz sentido questionar: com que cara pode aparecer o PS, agora que alinhava umas ideias para servirem de alternativas à política do Governo? Parece ter deixado de ser importante a defesa de muito estudo antes de avançar qualquer reforma.  Apenas e só porque nas hostes socialistas em nada mais se pensa que não sejam as eleições antecipadas e na eventualidade de chegar ao poder.

Quanto à ADSE, apesar do seu enorme défice e de ser um injusto sistema de saúde , apesar da necessidade de fazer profundas reformas no Estado social, apesar de tudo, ninguém pensa a sério no País. Passos Coelho prometeu muitas reformas e deixou passar o tempo de as concretizar. Seguro andou por aí tempos sem fim à descoberta de alternativas e nem com as medidas já acordadas avançou, apesar de programadas até final do ano. Casos da alteração do número de deputados e das mudanças na lei eleitoral. O único interesse desta gente, quando está afastada do poder, é "o regresso ao local do crime".

Como o principal objectivo do PS é "deitar mãos à massa" com entusiasmo e determinação, os socialistas já preparam eleições, afincadamente. Para tal, já chegou ao Largo do Rato a profissional equipa de comunicação que produziu o inefável Sócrates. Segundo consta, a grande alternativa para o País é o tal de "crescimento", sustentado na estratégia do esforçado Luís. E se para funcionar com Seguro for útil a presença do original, contem com ele. Atento e venerador, está ao dispor. Chamem o Zé.


Sem comentários: