terça-feira, 1 de janeiro de 2013

O órgão de soberania de 2012


Começo do ano possível


O Supremo Magistrado da Nação, dos desígnios da República, dos despachos essenciais, das excitações frívolas, das insignificâncias do dia-a-dia, vai falar a seguir...



...para cagar sentenças transcendentes, do cada um olha por si e do todos olham pelo mesmo. O quase-inútil vai falar para nada dizer sobre coisa nenhuma.


“Não vale a pena esperar muito das revisões da Constituição. Na actualidade como nos primórdios da República, as clientelas de vária espécie e pêlo tomaram conta dos partidos com uma única ideia: usar o Estado para se fortalecer e se instalar no governo. Por isso, não serão os arranjos do texto constitucional que impedirão a desordem dos poderes públicos existentes. Hoje, um ministro das Finanças e os seus técnicos de contas mandam no primeiro-ministro; um ministro metediço trata da reforma administrativa nas costas do titular da pasta e decide sobre o futuro da RTP; Pedro Passos Coelho ignora o parceiro da coligação na discussão do orçamento. Basta abrir um jornal ou uma TV para encontrar um escândalo sem explicação e sem desculpa. Não vivemos, com certeza, num Estado de direito. Mas, no assento etéreo onde subiu, Cavaco Silva contempla o arraial com serenidade e deleite.” (Vasco Pulido Valente)     

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