O primeiro ministro
ou o ministro da Economia deviam ter evitado esta situação embaraçosa, criada com
a escolha do novo membro do Governo. A nomeação de Franquelim Alves para secretário
de Estado do Empreendedorismo, Competitividade e Inovação não deixaria de
levantar problemas, pelo simples facto de ter sido administrador da SLN/BPN,
domínio onde se concretizou a maior fraude financeira do País. Independentemente
do perfil pessoal que possa ter, da moral irrepreensível e da competência
demonstrada, é uma pessoa ligada a um crime que a todos os portugueses diz
respeito. Do seu curriculum sempre fará parte essa mancha, mesmo que
nunca venha a ser responsabilizado criminalmente. Bem pode agora o ministro
Santos Pereira atestar a sua dedicação à causa pública e protestar contra a
perseguição a que tem sido sujeito, uma vez que não deixou de informar sobre o
que verificou na passagem pelo banco desaparecido. Tal como de pouco vale reiterar
que não houve intenção de esconder informação e que tudo se fez com transparência no processo da sua nomeação.
Agora, a saída possível é não ceder aos excessos
inquiridores dos parlamentares, mesmo que seja impossível evitar as persistentes e
repetidas suspeições O que não devia ter
acontecido era o convite para fazer parte do Governo. Ou seja: não havia necessidade. Paulo Pinto Mascarenhas
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