segunda-feira, 3 de junho de 2013

A propósito de risadas


Se não fosse pelo principal bastaria para lembrar o ditado popular: "Quem não se sente não é filho de boa gente". António Marinho Pinto

Helena Matos GENTE DE QUE NINGUÉM RI  (Helena Matos)
Ser progressista ou dizer coisas que agradam a esse sector sobretudo nas chamadas causas fracturantes é actualmente  em Portugal sinónimo de ter muito boa imprensa e ficar a salvo do ridículo. Quem por falta de previdência está ou parece estar em desacordo com o pensamento correcto arrisca ser passado a cromo. Ouçam-se por exemplo Ricardo Araújo Pereira ou Bruno Nogueira sobre tudo e todos de que discordam. O problema não está no que dizem mas sim no que não dizem, nas pessoas e assuntos que piedosamente deixam de fora dos seus textos ou que versam de forma reverencial. O resultado não é humor pior ou melhor – a parcialidade não afecta a qualidade – mas sim reforçada a intocabilidade de um grupinho sempre convencido da superioridade das suas razões e que não consegue rir nem do mundo nem de si mesmo.

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