Se não fosse pelo principal bastaria para lembrar o ditado popular: "Quem não se sente não é filho de boa gente". António Marinho Pinto
GENTE DE QUE NINGUÉM RI
(Helena Matos)
Ser progressista ou dizer coisas que agradam a esse sector
sobretudo nas chamadas causas fracturantes é actualmente em Portugal sinónimo de ter muito boa
imprensa e ficar a salvo do ridículo. Quem por falta de previdência está ou
parece estar em desacordo com o pensamento correcto arrisca ser passado a cromo.
Ouçam-se por exemplo Ricardo Araújo Pereira ou Bruno Nogueira sobre tudo e
todos de que discordam. O problema não está no que dizem mas sim no que não
dizem, nas pessoas e assuntos que piedosamente deixam de fora dos seus textos
ou que versam de forma reverencial. O resultado não é humor pior ou melhor – a
parcialidade não afecta a qualidade – mas sim reforçada a intocabilidade de um
grupinho sempre convencido da superioridade das suas razões e que não consegue
rir nem do mundo nem de si mesmo.
Sem comentários:
Enviar um comentário