Mário Soares, bem ao seu estilo, nunca perde qualquer
ocasião que lhe permita provocar. Como no caso destas referências a Pacheco
Pereira e Francisco Assis.
No último encontro das esquerdas, Mário Soares aproveitou o
apoio manifestado por Pacheco Pereira para salientar a abrangência da reunião
na Aula Magna com algumas provocações: “Em Portugal, os sociais-democratas
sempre foram do centro ou centro-esquerda, como o próprio Sá Carneiro defendia.
O meu camarada Pacheco Pereira (?) não pôde vir mas pediu que lesse um pequeno
texto. E continuou com a citação: Apoio o objectivo desta iniciativa para
combater a inevitabilidade do empobrecimento. Sem política e sem escolhas, não
há democracia. A ideia de que para um social-democrata lhe caem os parentes na
lama por estar aqui só tem sentido para quem esqueceu Sá Carneiro: acima do
partido e das suas circunstâncias está Portugal."
"Um caso estranho no PS. Sempre tive uma grande consideração
e estima pelo dr. Francisco Assis, meu correligionário, embora não o tenha
apoiado para líder do PS. Achei que depois de ter sido vencido por António José
Seguro se comportou com enorme dignidade. Mas desde há um ou dois meses começou
a descarrilar, fazendo elogios a quem os não merece e tomando posições
inverosímeis para um socialista. Em que ficamos? Espero que reflicta - porque o
estimo - para que não seja visto como oportunista."
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