segunda-feira, 17 de junho de 2013

Vai sobrar para alguém



Enquanto os artistas lembram maravilhas... há quem recupere outras memórias estudantis:
"No liceu, recordo meia dúzia de almas competentes e uma dúzia de almas esforçadas. E é claro que não esqueço um certo professor de história económica na faculdade. O resto foi uma imensa perda de tempo, às vezes uma tentativa de desvitalização do cérebro e, muito por feitio meu, uma longa tortura, que nem as benesses escolares alheias às aulas resgataram. Levei com gente que nos forçava à escuta de "Zeca" Afonso, gente que presumia a familiaridade de adolescentes com Schrödinger, gente convencida de que Pierre Bourdieu era um pensador, gente parcialmente analfabeta, gente que corria para a janela a cada avião, gente que sumia o ano inteiro mediante "baixa" (e juro que não me importava), etc. Fabricar uma imagem idílica da docência é equivaler as fraudes aos profissionais sérios - e caluniar estes". 
Isto, quando alguns representantes dos trabalhadores acreditam numa grande jornada de luta, e quando já pouco tempo falta para acabar a ansiedade de grande parte dos alunos. Alberto Gonçalves

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