sexta-feira, 4 de outubro de 2013

Erosão democrática



O relevante das eleições autárquicas de domingo, não foi o aumento da influência da CDU e o desaparecimento do Bloco do poder local do País. O fundamental foi a erosão de votos sofrida pelos partidos do arco da governação. E nem a existência de independentes conseguiu levar quase metade dos portugueses à urna de voto. O PSD viu desaparecer o apoio de quase 500 mil e o PS de 300 mil votantes. Para além da enorme e crescente abstenção que ultrapassou os 47%, houve 350 mil votos brancos e nulos, correspondentes a 7% de votantes, eleitores que foram às urnas para não votar em ninguém. Estes 7% que se mobilizaram para dizer não aos partidos, juntos com quase 5 milhões que se abstiveram, correspondem a uma larga maioria de 54% do eleitorado que não se revê nos agentes políticos que se candidataram. Algo vai mal na democracia portuguesa.

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