"Afinal parece que estamos todos de acordo. Com crescimento
económico resolvem-se os nossos problemas. Diminui o desemprego, diminui o
défice e paga-se a dívida. Perfeito. Só é estranho porque não se lembraram disso
mais cedo. Ou talvez não. Há no debate público em Portugal uma tendência para o
pensamento mágico: diz-se o que era bom que acontecesse e espera-se que
aconteça mesmo. Mesmo que se faça exactamente o oposto do necessário. A
redescoberta do crescimento como mezinha para todos os males é apenas a mais
recente manifestação desta doença cognitiva que confunde desejos com realidade.
Ora a realidade é muito mais dura e intratável do que os desejos. Até porque o
crescimento não é apenas uma quimera portuguesa, está a tornar-se num problema
em todo o mundo desenvolvido". Ler mais. José Manuel Fernandes - Público
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