quarta-feira, 27 de março de 2013

Lugar para tudo



SEMELHANÇAS E DIFERENÇAS - MAIS OU MENOS PROSÁPIA

Em Espanha, tanto na rádio como na televisão, as tertúlias sobre a actualidade e também especializadas sobre desporto, cinema, tourada e outros espectáculos, preenchem grande parte dos horários com maior audiência. O formato do analista individual (invariavelmente político sem cargo na reserva) que semanalmente por cá se pronuncia sobre a actualidade política é coisa estranha na comunicação social espanhola. Daí terem achado muito estranho o regresso de um ex-chefe de governo como José Sócrates ao espaço mediático. 
Na classificação para o mundial de futebol, portugueses e espanhóis disputaram jogos quase decisivos para o apuramento. Previamente, todos referiam a necessidade de não falharem para evitarem jogos de repescagem entre os que não vençam os seus grupos. Conclusão óbvia. Com tal preocupação, foi discutida numa dessas tertúlias sobre futebol, a eventualidade da Espanha não conseguir evitar os jogos entre aflitos. Sem reservas e algum desplante concluíram o seguinte: a FIFA não deixaria de ter em conta os azares de grandes selecções como Espanha, Portugal ou Inglaterra, facilitando a sua tarefa, por serem presenças imprescindíveis no mundial do Brasil. Estamos entendidos. Depois não querem que o Mourinho se indigne e proteste contra as trafulhices que o prejudicaram em benefício do seleccionador espanhol. Parece que vale qualquer coisa. Por fala em vícios...




COMO AS COISAS FORAM E SÃO - JAMAIS FICARÁ "ELA POR ELA" 

Há 60 anos, 20 países, entre eles Grécia, Irlanda e Espanha, decidiram perdoar mais de 60% da dívida da Alemanha (República Federal ou Alemanha Ocidental). O tratado, assinado em Londres, foi determinante para o país se tornar numa grande potência económica mundial e num importante aliado dos Estados Unidos, durante as décadas da Guerra Fria contra a antiga União Soviética. Quem te viu e quem te vê, Alemanha. Outros tempos.



Miguel Relvas

COM TANTA CHUVA COMO A RELVA CRESCE 

É oficial. Já foi proclamado em Diário da República e tudo: acabaram-se os subterfúgios, a camuflagem, a vergonha até. O chamado “superespião” vai usufruir, presume-se que nos intervalos do seu julgamento, de um gabinete com ar condicionado para suavizar a travessia do deserto. A lata é tudo.





As estátuas antes e depois dos trabalhos exigidos por Berlusconi, em 2010. Agora, voltaram ao seu estado inicial

É A PROEMINÊNCIA ARTÍSTICA ESTÚPIDO... 

Duas estátuas antigas de Marte e Vénus, expostas na sede do Governo italiano, perderam os "acrescentos" polémicos que tinham sido acrescentados a pedido do então primeiro-ministro Silvio Berlusconi: Marte perdeu os seus atributos viris e Vénus as duas mãos. Como achava as estátuas em mármore incompletas, Berlusconi solicitou em 2010 que o caso fosse solucionado, apesar das críticas dos historiadores de arte. Marte recuperou então uma mão, o seu escudo, o pénis e a ponta da espada. Já Vénus recuperou as duas mãos. Datadas de 175 d.C e encontradas em 1918 em Óstia, perto de Roma, as estátuas de 1,4 toneladas e de 2,28 metros representam o deus da guerra, na forma do imperador Marco Aurélio, e da deusa do Amor, como a sua mulher Faustina.


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