SEMELHANÇAS E DIFERENÇAS - MAIS OU MENOS PROSÁPIA
Em Espanha, tanto na rádio como na televisão, as tertúlias sobre a actualidade e também especializadas sobre desporto, cinema, tourada e outros espectáculos, preenchem grande parte dos horários com maior audiência. O formato do analista individual (invariavelmente político sem cargo na reserva) que semanalmente por cá se pronuncia sobre a actualidade política é coisa estranha na comunicação social espanhola. Daí terem achado muito estranho o regresso de um ex-chefe de governo como José Sócrates ao espaço mediático.
Na classificação para o mundial de futebol, portugueses e espanhóis disputaram jogos quase decisivos para o apuramento. Previamente, todos referiam a necessidade de não falharem para evitarem jogos de repescagem entre os que não vençam os seus grupos. Conclusão óbvia. Com tal preocupação, foi discutida numa dessas tertúlias sobre futebol, a eventualidade da Espanha não conseguir evitar os jogos entre aflitos. Sem reservas e algum desplante concluíram o seguinte: a FIFA não deixaria de ter em conta os azares de grandes selecções como Espanha, Portugal ou Inglaterra, facilitando a sua tarefa, por serem presenças imprescindíveis no mundial do Brasil. Estamos entendidos. Depois não querem que o Mourinho se indigne e proteste contra as trafulhices que o prejudicaram em benefício do seleccionador espanhol. Parece que vale qualquer coisa. Por fala em vícios...
COMO AS COISAS FORAM E SÃO - JAMAIS FICARÁ "ELA POR ELA"
Há 60 anos, 20 países, entre eles Grécia, Irlanda e Espanha,
decidiram perdoar mais de 60% da dívida da Alemanha (República Federal ou
Alemanha Ocidental). O tratado, assinado em Londres, foi determinante para o
país se tornar numa grande potência económica mundial e num importante aliado
dos Estados Unidos, durante as décadas da Guerra Fria contra a antiga União
Soviética. Quem te viu e quem te vê, Alemanha. Outros tempos.
COM TANTA CHUVA COMO A RELVA CRESCE
É oficial. Já foi proclamado em Diário da República e tudo:
acabaram-se os subterfúgios, a camuflagem, a vergonha até. O chamado
“superespião” vai usufruir, presume-se que nos intervalos do seu julgamento, de
um gabinete com ar condicionado para suavizar a travessia do deserto. A lata é tudo.
É A PROEMINÊNCIA ARTÍSTICA ESTÚPIDO...
Duas estátuas antigas de Marte e Vénus, expostas na sede do
Governo italiano, perderam os "acrescentos" polémicos que tinham sido
acrescentados a pedido do então primeiro-ministro Silvio Berlusconi: Marte
perdeu os seus atributos viris e Vénus as duas mãos. Como achava as estátuas em
mármore incompletas, Berlusconi solicitou em 2010 que o caso fosse solucionado,
apesar das críticas dos historiadores de arte. Marte recuperou então uma mão, o
seu escudo, o pénis e a ponta da espada. Já Vénus recuperou as duas mãos. Datadas
de 175 d.C e encontradas em 1918 em Óstia, perto de Roma, as estátuas de 1,4
toneladas e de 2,28 metros representam o deus da guerra, na forma do imperador
Marco Aurélio, e da deusa do Amor, como a sua mulher Faustina.
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